A aguardada estreia da segunda temporada de The Last of Us finalmente chegou, e, com ela, uma série de novidades que já começam a diferenciar a adaptação da HBO do material original dos videogames. O primeiro episódio trouxe mudanças significativas na narrativa, nos personagens e até no universo em que a história se desenrola, sinalizando que o caminho até o fim dessa temporada será marcado por surpresas — mesmo para os fãs mais devotos dos jogos.
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Abaixo, reunimos as principais alterações em relação a The Last of Us Part II, o jogo no qual a nova fase da série é baseada.
Abby ganha espaço desde o início
Diferente do jogo, onde Abby só aparece perto de Jackson, o episódio de estreia da nova temporada já a insere em cena bem antes da viagem de seu grupo. A série mostra Abby e seus companheiros ainda em Salt Lake City, lamentando a queda dos Vaga-lumes. Essa antecipação serve para contextualizar melhor suas motivações e aprofundar a história do grupo que busca vingança contra Joel, uma escolha narrativa que promete ressonar ao longo dos próximos episódios.
Dina se aproxima de Joel — e toma o lugar de Ellie nessa dinâmica
Outro desvio importante da trama original é o relacionamento entre Dina e Joel. Enquanto no jogo a ligação entre os dois é pouco explorada, a série investe nessa construção. Dina aparece como uma ponte entre Joel e Ellie, tentando reconciliar a dupla e aprendendo com Joel sobre construção e tecnologia. Ele, inclusive, chega a compará-la com uma filha durante sua sessão de terapia — mais um ponto que enriquece a personalidade dos personagens e altera suas conexões.
Joel está em terapia — e sua terapeuta é uma personagem inédita
Em um esforço claro para humanizar ainda mais Joel, a série introduz uma trama completamente nova: suas sessões de terapia. Interpretada por Catherine O’Hara, a terapeuta Gail é uma adição original que oferece uma nova perspectiva sobre o estado emocional de Joel, ainda afetado pelo distanciamento de Ellie e pelo peso de seus segredos — como a verdadeira razão por trás da imunidade da jovem. Esse enredo não está presente no jogo e acrescenta uma camada emocional mais densa ao personagem.
Joel matou Eugene — e isso pode ser mais importante do que parece
Durante uma das sessões de terapia, é revelado que Joel matou o marido da terapeuta — um homem chamado Eugene. No jogo, Eugene Linden é mencionado como um antigo membro de Jackson, dono de uma plantação de maconha e já falecido por causas naturais. A série, no entanto, dá a entender que a morte foi violenta e causada por Joel, criando um mistério que pode ser explorado mais adiante. É uma mudança sutil, mas que pode ter grande impacto na narrativa.
De trabalhador braçal a chefe de obras: o novo papel de Joel em Jackson
No jogo, Joel exerce trabalhos pontuais de manutenção e construção em Jackson. Já na série, seu papel foi elevado: ele agora coordena projetos de infraestrutura e toma decisões ao lado de Maria. A ampliação de sua posição reforça a ideia de que ele se estabeleceu na comunidade, ganhou respeito e responsabilidade — o que torna sua eventual queda ainda mais trágica.
A cena do mercado foi completamente reimaginada
O momento em que Ellie e Dina exploram o Greenplace Market também foi modificado. No jogo, as duas enfrentam uma horda de infectados após caírem juntas num andar inferior. Na série, apenas Ellie despenca e precisa lidar sozinha com a ameaça. Essa escolha aumenta a tensão e foca na habilidade individual da personagem, além de destacar a presença de um novo tipo de infectado — mais estratégico e silencioso.
Os infectados estão ficando mais espertos?
Uma das grandes revelações do episódio é o comportamento inusitado do novo infectado. Diferente dos clickers ou corredores já conhecidos, esse novo tipo demonstra capacidade de pensar, planejar e se mover furtivamente. Ellie percebe isso durante o confronto e alerta o conselho de Jackson sobre a possibilidade de que os infectados estejam evoluindo — algo que, nos jogos, aparece mais como variedade de inimigos do que como uma evolução consciente.
Mais uma mordida — mais um segredo
Na luta contra o novo infectado, Ellie é mordida novamente — desta vez no abdômen. Essa mordida é inédita em relação ao jogo, onde Ellie só é mordida uma vez, no braço. O fato reforça sua imunidade, mas também complica sua vida, já que precisa esconder o ferimento para não levantar suspeitas. É mais um elemento que mostra como a série está usando a liberdade criativa para reforçar a tensão dramática.
Sinais de alerta: os cordyceps estão em Jackson
Em uma cena final inquietante, vemos as hifas do cordyceps se espalhando pelo encanamento dentro da comunidade de Jackson. Essa imagem não aparece no jogo e pode indicar que a ameaça está mais próxima do que os moradores imaginam. Além disso, abre espaço para o possível retorno dos esporos — um dos elementos mais icônicos do jogo, ausentes na primeira temporada da série.
A linha do tempo foi ajustada
Enquanto o segundo jogo se passa em 2038, a série avança apenas até 2029, já que na cronologia da adaptação o surto ocorreu em 2003, e não em 2013, como no jogo original da Naughty Dog. Esse ajuste não afeta diretamente os acontecimentos, mas serve para manter a coerência com o universo estabelecido na primeira temporada da HBO.
Com direção de Craig Mazin e Neil Druckmann, The Last of Us adaptada o aclamado jogo desenvolvido pela Naughty Dog. Se passando 20 anos depois que uma pandemia devastou a sociedade como conhecemos, a história acompanha a jornada do sobrevivente Joel e da jovem Ellie, interpretados respectivamente por Pedro Pascal e Bella Ramsey.
The Last of Us está disponível na HBO Max.
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