Como melhorar o cinema brasileiro? Fazendo filmes melhores? Investindo em bons roteiros e melhores atuações? Ou quem sabe colocando quotas em cinemas e enfiando eles goela abaixo de emissoras de TV e serviços on demand? Pois parece que essa segunda opção é a escolha da Ancine, a agência nacional de cinema.
Segundo a Folha de São Paulo, a Agência quer que os serviços On Demand, como o Netflix, Crackle, Telecine On Demand, Now e afins, tenham no mínimo 30% do seu catálogo preenchido por produções nacionais.
O que isso significa? Que, para não tirar filmes estrangeiros dos catálogos, eles teriam que aumentar o preço, já que cada filme novo adicionado à biblioteca custa um certo valor para ser licenciado.
Essa regra ainda não está valendo, mas seria parte de uma futura regulamentação dos serviços On Demand, que ainda está por ser legislado aqui no Brasil. Além disso, esse serviços podem acabar recebendo impostos específicos, o que pode deixa-los bem mais caros do que atualmente.
Para vocês terem uma ideia de como essa ideia é absurda, o Netflix tem quase 4 mil títulos, sendo destes apenas 189 nacionais, além de 68 relacionados à música, ou seja, menos de 6,5% do catálogo é composto por produções made in Brasil. Caso a regra fosse aplicada, esse número teria que subir para pelo menos 1200 títulos. Eu me pergunto onde eles vão achar tantas produções assim. A outra alternativa seria remover títulos estrangeiros e prejudicar mais diretamente ainda o consumidor.
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