A série The Last of Us encerrou sua segunda temporada de forma intensa e surpreendente. Após um confronto explosivo entre Abby e Ellie, o episódio final termina com um tiro e uma tela preta, deixando o público em suspense. Mas, nos segundos finais, a narrativa revela algo ainda mais intrigante: a história volta no tempo para mostrar Abby em seu primeiro dia em Seattle. Esse momento marca uma possível mudança radical na perspectiva da série.
Abby no centro da narrativa
Abby, interpretada por Kaitlyn Dever, assume um papel central ao final da segunda temporada. Após ser introduzida como antagonista nos primeiros episódios, Abby ganha uma nova camada de protagonismo ao acordar no estádio de futebol de Seattle, agora sede da WLF. O letreiro na tela indica que estamos vendo o “Dia Um”, sinalizando o início de sua trajetória paralela à de Ellie.
Essa mudança narrativa segue fielmente os passos do jogo The Last of Us Part II, onde o jogador passa a controlar Abby e conhece sua versão dos eventos que antes haviam sido apresentados apenas sob a ótica de Ellie. No jogo, esse deslocamento de perspectiva é essencial para que o público compreenda os dilemas morais, traumas e motivações que guiam Abby ao longo da história.
O que esperar da terceira temporada
A renovação da série para uma terceira temporada já foi confirmada, e os roteiristas Craig Mazin e Neil Druckmann tiveram tempo de planejar a nova fase sem depender da recepção da segunda temporada. Isso deve permitir uma continuidade coesa da trama, agora focada no ponto de vista de Abby.
Espera-se que a próxima temporada aprofunde a convivência de Abby com os demais membros da WLF e traga à tona seus conflitos pessoais, especialmente com Isaac, interpretado por Jeffrey Wright. A relação entre os dois, apenas sugerida no final da segunda temporada, promete ser um dos pilares dramáticos da nova etapa da série.
Além disso, os eventos que culminaram na morte de Jesse e no aparente destino incerto de Ellie deverão ser revisitados, mas agora sob outra perspectiva. A proposta da série, ao seguir a estrutura do jogo, é justamente explorar os mesmos acontecimentos por diferentes ângulos, mostrando que, em um mundo destruído como o de The Last of Us, não existem heróis absolutos nem vilões incontestáveis.
Uma abordagem ousada e necessária
A mudança de foco narrativo pode causar estranhamento entre espectadores que não jogaram o segundo título da franquia, especialmente os que ainda veem Abby como antagonista. No entanto, essa reestruturação da narrativa é uma das decisões mais ousadas e elogiadas do jogo original. Ela obriga o público a reconsiderar seus julgamentos e compreender que todos os personagens carregam culpas, dores e razões para suas escolhas.
Se a série conseguir reproduzir com fidelidade essa complexidade moral, a terceira temporada pode não apenas manter o alto padrão da produção, mas também elevar o debate sobre empatia, justiça e perdão em um mundo colapsado.
Sobre a série
Com direção de Craig Mazin e Neil Druckmann, The Last of Us adaptada o aclamado jogo desenvolvido pela Naughty Dog. Se passando 20 anos depois que uma pandemia devastou a sociedade como conhecemos, a história acompanha a jornada do sobrevivente Joel e da jovem Ellie, interpretados respectivamente por Pedro Pascal e Bella Ramsey.
The Last of Us está disponível na HBO Max.
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