A temporada 3 de Record of Ragnarok apresenta uma das batalhas mais emocionantes da série: o confronto entre Hades, rei do submundo, e Qin Shi Huang, o primeiro imperador da China. O sétimo round do torneio não foi apenas mais uma luta, mas sim o embate entre dois reis que carregam o peso de seus povos de maneiras distintas.
Hades entra na arena por vingança
Hades não participaria do Ragnarok inicialmente, mas decidiu lutar após a traição de Buda no round anterior. Sua real motivação, porém, era pessoal: vingar a morte de seu irmão Poseidon, derrotado por Kojiro Sasaki no terceiro round. Antes da batalha, Hades funde seu tridente com os restos da arma de Poseidon, criando uma nova lança simbólica da união entre os dois irmãos.
Mais do que um deus, Hades se mostra um irmão mais velho disposto a honrar o legado familiar. Sua seriedade e postura imponente demonstram que ele não encara a luta apenas como dever divino, mas como missão pessoal.
Qin Shi Huang e a dor de sentir tudo
Qin chega à arena com sua habitual confiança, mas a temporada revela uma verdade dolorosa: ele sofre de sinestesia do toque espelho, uma condição que o faz sentir fisicamente qualquer dor que vê em outros. Isso marcou sua infância, vivida como refém em território inimigo, sentindo o ódio ao seu redor.
Sua mãe adotiva, Chunyan, ensinou que sua “maldição” poderia se tornar uma força. Qin aprendeu a liderar compreendendo profundamente o sofrimento do povo, tornando-se um imperador que literalmente sente a dor de sua nação.
A batalha se intensifica com novas técnicas
Hades inicia o combate usando Persephone-Kallichore, criando uma onda de choque devastadora. Qin responde com o estilo de luta Chiyou, que combina cinco artes marciais. Seu golpe especial, Abraço do Poder da Fênix Celestial, absorve o impacto do inimigo e o devolve com força equivalente.
Ao tirar sua venda, Qin passa a enxergar o Qi dentro do corpo de Hades, identificando pontos fracos chamados cruxes. Com sua técnica Tartaruga Flutuante, ele dispara projéteis de ar nos pontos vitais, enfraquecendo as investidas do deus.
Hades libera sua arma suprema
Hades corta o próprio peito e banha sua lança com o sangue divino Plutônio Ícor, transformando sua arma em Ícor Desmos. A nova versão atravessa as defesas de Qin, arrancando dois dedos e parte do ombro do imperador. O cenário fica dramático, mas mesmo gravemente ferido, Qin continua lutando com firmeza.
A luta não reduz a grandeza de nenhum dos dois. Hades se mostra um dos deuses mais formidáveis da série, enquanto Qin impressiona com sua resistência física e determinação inabalável.
O golpe final entre dois reis
Após perder o braço esquerdo, Qin se lembra do que define um verdadeiro rei: não duvidar, não recuar, não depender dos outros e nunca se render. Sua valquíria parceira, Alvitr, transforma sua armadura na espada Shi Huang Goujian.
No confronto final, Qin identifica um crux dentro da própria arma de Hades. Ele atinge o ponto fraco com um disparo de ar e enfraquece o golpe final do deus, conseguindo atravessar sua defesa e cravando sua espada no coração de Hades.
Um duelo marcado por respeito
Apesar do confronto mortal, o respeito entre os dois permanece até o fim. Hades chama Qin de magnífico, enquanto o imperador, ao vencer, não o vê como inimigo, mas como amigo. No último suspiro, Hades sorri e diz: “Não esperava menos de um rei.”
A vitória de Qin marca o placar de 4-3 para a humanidade no Ragnarok. No entanto, mais do que números, a luta revela que deuses e humanos não são tão diferentes assim. Ambos podem agir com honra, sacrifício e empatia.
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