Um dos momentos mais intrigantes de Bleach: Thousand-Year Blood War ocorre quando Orihime Inoue falha em curar o Rei das Almas, mesmo utilizando sua poderosa habilidade Soten Kisshun. Depois que Yhwach usa Ichigo Kurosaki para cortar o Rei das Almas ao meio, Yoruichi, Chad e Ganju tentam conter Yhwach, dando a Orihime a chance de usar seus poderes para tentar curar a entidade divina.
Embora inicialmente parecesse que Orihime havia sido bem-sucedida em sua tentativa, o feitiço se quebrou pouco depois. Para os fãs que já conhecem bem as habilidades de Orihime, sua técnica permite “rejeitar” um resultado. Ou seja, ela pode curar alguém rejeitando o fenômeno que causou o dano ou mesmo ferir seu oponente ao rejeitar uma área específica.
No entanto, a questão permanece: por que ela não conseguiu salvar o Rei das Almas?
O Rei das Almas e a Acausalidade
As habilidades de Orihime estão baseadas na manipulação da causalidade. Em termos simples, ela pode usar seus espíritos para remover a causa de um evento, fazendo com que algo nunca tenha acontecido. É assim que Orihime consegue rejeitar fenômenos trágicos e curar seus aliados. Em teoria, suas habilidades transcendem espaço e tempo, sendo eficazes em quase qualquer ser.
Porém, o Rei das Almas é uma entidade transcendental com uma característica única: ele possui acausalidade, o que significa que ele existe fora das leis normais de causa e efeito. Sendo o alicerce que sustenta os três reinos (Humano, Espiritual e Hueco Mundo), o Rei das Almas opera em um nível diferente de qualquer outro ser no universo de Bleach. Isso faz com que as habilidades de Orihime, que manipulam causalidade, sejam ineficazes contra ele.
A Singularidade Temporal de Mimihagi
Outro detalhe importante é que apenas personagens com um status similar ao Rei das Almas, como Mimihagi, poderiam salvá-lo temporariamente. Mimihagi, que é o braço direito do Rei das Almas, possui uma habilidade chamada Stillness, que opera em um nível de singularidade temporal. Isso significa que ele pode interagir com o tempo de uma forma singular, algo que Orihime não pode fazer.
Se Orihime tivesse poderes como os de Mimihagi, ou até mesmo fosse uma candidata ao posto de Rei das Almas, como Ichigo Kurosaki, que carrega em si as linhagens de Shinigami, Quincy, Hollow e Fullbringer, talvez ela tivesse uma chance de salvar o Rei das Almas.
A Importância da Cena
Apesar de sua falha em curar o Rei das Almas, a cena em que Orihime tenta salvar a entidade divina destaca a complexidade de Bleach: Thousand-Year Blood War. Ela nos lembra que há limitações nos poderes, mesmo em personagens extremamente fortes como Orihime. Mais do que isso, o momento mostra a resiliência da personagem, que mesmo em um cenário de desespero, faz o que pode para ajudar.
Por fim, essa falha também adiciona profundidade à narrativa, reforçando a importância do papel de Ichigo na luta contra Yhwach e o Rei das Almas, e o porquê apenas ele era capaz de realizar tal ato.
Bleach é um mangá e anime criado por Tite Kubo, tendo sido publicado entre 2001 e 2016, encerrando sua história em 366 capítulos.
No mundo de Bleach, conhecemos as aventuras de Ichigo Kurosaki, um jovem que ganha poderes de Ceifador de Almas após salvar Rukia Kuchiki.
Com os seus novos poderes, Ichigo é forçado a assumir o dever de guiar almas boas ao mundo pós-vida à Soul Society, e derrotar os Hollows (monstros espirituais malignos) que tentam devorá-las.
Atualmente, o arco final de Bleach está sendo produzido e exibido em partes no Japão. No Brasil, é possível assistir ao anime no Star Plus.
Nessa temporada final, Ichigo e seus amigos enfrentam Yhwach e os Sterniritters, e precisam salvar a Soul Society e o mundo todo da maior ameaça de todas, enquanto Ichigo continua descobrindo sobre o próprio passado.