One Piece – O elemento mais criticado da série é, na verdade, sua maior força

Apesar de One Piece ser uma das obras mais aclamadas da história dos mangás, não é incomum ver críticas quanto à sua estrutura repetitiva. No entanto, esse padrão, que acompanha Luffy desde sua partida do vilarejo no East Blue, pode ser justamente o maior trunfo da narrativa criada por Eiichiro Oda. Cada ilha, cada vilão e cada revolução repetem um ciclo, mas com propósitos muito bem definidos e resultados profundos no desenvolvimento da trama e dos personagens.

Critical Hits
Entre nos canais oficiais do Critical Hits e acompanhe as últimas notícias, guias e novidades sobre games, animes e cultura pop

O padrão narrativo reforça o mundo e os temas da obra

Desde o início, Luffy chega a uma ilha, se envolve com a população local, enfrenta um tirano e parte após libertar o lugar. Embora essa estrutura pareça previsível, ela cumpre um papel essencial: permitir que o universo de One Piece se expanda de forma orgânica, com revelações constantes sobre o Século Perdido, o Governo Mundial e a verdadeira história do mundo.

Critical Hits
Entre nos grupos de promoções do Critical Hits e receba as melhores ofertas de games, tecnologia e cultura geek

Cada novo arco não apenas fortalece a tripulação dos Chapéus de Palha, como também introduz personagens-chave que voltam a aparecer no enredo, principalmente agora na Saga Final. Figuras como Vivi, Shirahoshi e Rebecca são frutos diretos dessa abordagem, tornando-se aliados valiosos justamente por terem sido salvos por Luffy em diferentes momentos.

Lutas que sempre reforçam a mensagem de liberdade

One Piece – O elemento mais criticado da série é, na verdade, sua maior força1

Mais do que lutas espetaculares, One Piece se fundamenta na ideia de liberdade. Luffy não é movido por ideais políticos ou por desejo de poder, mas por sua vontade de viver livremente — e garantir essa liberdade a quem encontra pelo caminho. Desde o East Blue, ele confronta a opressão e oferece esperança às pessoas ao seu redor.

Essa jornada cíclica ganha ainda mais significado com a revelação do Fruto do Sol – Nika, mostrando que Luffy sempre foi, mesmo sem saber, o símbolo da libertação com um sorriso no rosto. O arco de Wano resume esse conceito ao máximo: um povo escravizado por décadas encontra em Luffy a força e a alegria para lutar, mesmo diante da dor.

A leveza com que Luffy enfrenta seus inimigos, transformando batalhas brutais em momentos quase cômicos por causa de seus poderes de borracha, é o reflexo daquilo que One Piece representa como obra — esperança em meio ao caos.

O ciclo que construiu uma lenda

O que muitos chamam de repetição é, na verdade, uma estrutura intencional que costura o mundo de One Piece com profundidade, coerência e emoção. A cada ilha libertada, a cada vilão derrotado, Luffy se aproxima não apenas do One Piece, mas de seu papel como símbolo de um novo mundo. E é justamente por repetir esse processo tantas vezes que ele se tornou digno de ser chamado de Imperador dos Mares.

Confira também:

Jujutsu Kaisen (traduzido para Batalha de Feiticeiros no Brasil) é um mangá japonês escrito e ilustrado por Gege Akutami, e publicado na revista Weekly Shōnen Jump desde 5 de março de 2018.

Jujutsu Kaisen conta a história de Yuji Itadori, um jovem gênio do atletismo que acaba juntando-se a um clube de ocultismo e então descobrindo ser o receptáculo perfeito para Ryomen Sukuna, a maldição mais poderosa de todos os tempos.

Jujutsu Kaisen tem um anime desenvolvido pelo Studio Mappa (o mesmo de Attack on Titan) com duas temporadas disponíveis no Crunchyroll.

Valteci Junior
Valteci Junior
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.