Makima, uma das personagens mais enigmáticas e polarizadoras de Chainsaw Man, é frequentemente vista como uma antagonista que buscava controlar o mundo. No entanto, uma análise mais detalhada de seu objetivo inicial revela uma intenção surpreendentemente nobre, embora distorcida: criar um mundo ideal, livre de morte, medo e até de “filmes ruins.” Para alcançar esse ideal, Makima planejava controlar o Demônio Serra Elétrica, Pochita, e apagar os conceitos que atormentavam a humanidade.
Apesar de suas táticas manipuladoras e frequentemente cruéis, o objetivo de Makima parecia, de certa forma, enraizado no desejo de paz e felicidade. Contudo, sua identidade como o Demônio do Controle impediu que ela formasse relacionamentos genuínos, tornando suas ações tanto fascinantes quanto trágicas.
O objetivo inicial de Makima: nobre, mas distorcido
Makima serviu como a principal antagonista do arco Public Safety de Chainsaw Man. Ela tomou Denji sob sua proteção, manipulando-o com promessas de romance e intimidade. À medida que a série avança, é revelado que ela é o Demônio do Controle, um dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Seu objetivo? Criar um mundo ideal apagando conceitos como Morte, Fome e Guerra ao controlar Pochita.
Embora isso pareça um objetivo típico de “dominação mundial” de vilões, há camadas mais profundas nesse desejo. Makima acredita que um mundo sem esses conceitos seria melhor, mas isso também reflete seu desejo de apagar suas irmãs — os demônios da Morte, Fome (Fami) e Guerra (Yoru) — e criar uma realidade utópica.
As implicações de apagar Morte, Fome e Guerra
Se Makima tivesse sucesso, as mudanças seriam profundas:
- Imortalidade
Sem o conceito de Morte, os humanos poderiam se tornar imortais. Isso eliminaria a maior fonte de medo e sofrimento da humanidade. - Paz absoluta
Apagar a Guerra removeria razões para conflitos e promoveria a paz global. As nações poderiam se concentrar em cooperação ao invés de destruição. - Fim da Fome
Erradicar a Fome garantiria que ninguém mais sofresse de pobreza ou falta de recursos básicos, melhorando significativamente a saúde e o bem-estar global.
Por outro lado, essas mudanças trariam desafios complexos:
- Superpopulação
Sem Morte, a população mundial cresceria exponencialmente, pressionando recursos naturais e causando crises de sustentabilidade. - Estagnação existencial
A mortalidade dá significado à vida, impulsionando criatividade, inovação e urgência. Sem ela, a humanidade poderia enfrentar um vazio existencial e falta de propósito. - Desequilíbrio natural
A morte e a luta são partes intrínsecas do ciclo natural. Apagá-las poderia trazer consequências imprevistas para a natureza e o equilíbrio ecológico.
Makima: heroína ou vilã?
Embora suas ações sejam moralmente reprováveis, o objetivo de Makima levanta questões profundas sobre o que realmente constitui um “mundo ideal.” Sua visão utópica, embora tentadora, carrega um preço alto, mostrando que o sofrimento, a mortalidade e as lutas podem ser partes essenciais da condição humana.
Makima não é uma vilã tradicional; ela é um reflexo de nossas ambições, medos e desejos. Seu plano, embora distorcido, mostra que até os maiores antagonistas podem ter motivações complexas e, em algum nível, altruístas.
Confira também:
Chainsaw Man é um anime e mangá que segue a história de Denji, um jovem que se torna um caçador de demônios ao se fundir com seu cachorro-demônio Pochita, tornando-se um híbrido com uma serra elétrica no lugar de um braço.
Denji é recrutado pela Agência de Segurança Pública de Caça a Demônios e se une a outros caçadores, incluindo a misteriosa e poderosa Makima, para lutar contra criaturas demoníacas e salvar a humanidade.
Você pode assistir à primeira temporada de Chainsaw Man no Crunchyroll. O mangá em que o anime é baseado está sendo publicado no Brasil pela Panini e você pode adquiri-lo aqui.