Jujutsu Kaisen é um dos mangás e animes shonen mais populares da atualidade. Mesmo após o fim do mangá em setembro de 2024, sua popularidade não diminuiu: os volumes continuam vendendo muito, e a terceira temporada do anime é uma das mais aguardadas, prometendo adaptar os arco Extermínio de Yuji e Preparação Perfeita, antes de avançar para o arco do Jogo do Abate.
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Porém, apesar de todo esse sucesso, há uma crítica constante entre os fãs que poderia ter elevado a obra a outro nível. Vamos entender qual é essa reclamação e por que ela faz tanta diferença.
A Falta de Interação Entre os Personagens de Jujutsu Kaisen
Desde os primeiros arcos, Jujutsu Kaisen conquistou os fãs com personagens carismáticos e momentos leves e divertidos entre batalhas intensas. Mas à medida que a trama avançou, especialmente após o Arco do Incidente de Shibuya, o ritmo ficou cada vez mais acelerado, e o foco passou a ser quase exclusivamente nas lutas e estratégias.
Os fãs não estão errados em apontar que as interações entre os personagens diminuíram drasticamente. Não há mais espaço para vermos esses personagens construindo relações naturais, fortalecendo laços fora do campo de batalha, ou até mesmo compartilhando momentos descontraídos. Isso empobrece a experiência emocional, porque no final, os leitores não querem apenas ver guerreiros poderosos — eles querem ver pessoas.
Por Que as Interações São Tão Importantes?
As interações ajudam o público a se conectar emocionalmente com os personagens. Momentos em que eles brincam, discutem, confessam inseguranças ou simplesmente relaxam fora das lutas são essenciais para que deixem de ser apenas “instrumentos do enredo” e passem a ser vistos como indivíduos reais.
Um exemplo disso seria a relação entre Yuji e Choso. O vínculo deles cresce ao longo da história, mas o mangá praticamente não mostra esse desenvolvimento; simplesmente acontece. Perde-se, assim, a chance de tornar essa irmandade mais palpável e emocionante para o público.
A Falta de Reação Emocional às Tragédias
Outro problema está relacionado às mortes no mangá. O falecimento de um personagem querido não deve servir apenas para mostrar o poder do vilão, mas também para aprofundar a dimensão emocional da história.
Veja o caso da morte de Gojo Satoru: ela deveria ter sido um dos momentos mais impactantes de Jujutsu Kaisen, mas muitos leitores sentiram que a reação dos personagens foi apática. Apenas Yuji demonstrou certo luto, enquanto os outros simplesmente seguiram em frente, como se o maior aliado deles não tivesse morrido.
Em comparação, One Piece construiu momentos emocionantes em torno da morte de Ace porque mostrou Luffy despedaçado emocionalmente, precisando reconstruir sua força e propósito. Esse tipo de reação humana cria conexão com o público e amplia o peso dramático da narrativa.
Megumi Ficou Apático Demais?
O caso de Megumi Fushiguro é ainda mais frustrante: ele conhecia Gojo desde a infância, e além de lidar com Sukuna usando seu corpo e matando sua irmã, parecia emocionalmente indiferente à perda de seu sensei. Mesmo que o personagem estivesse sofrendo por dentro, a falta de cenas mostrando isso tornou tudo vazio para o leitor. Enquanto isso, Yuji e Yuta — que conheceram Gojo há muito menos tempo — pareciam ter uma ligação emocional mais forte com ele.
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Jujutsu Kaisen (traduzido para Batalha de Feiticeiros no Brasil) é um mangá japonês escrito e ilustrado por Gege Akutami, e publicado na revista Weekly Shōnen Jump desde 5 de março de 2018.
Jujutsu Kaisen conta a história de Yuji Itadori, um jovem gênio do atletismo que acaba juntando-se a um clube de ocultismo e então descobrindo ser o receptáculo perfeito para Ryomen Sukuna, a maldição mais poderosa de todos os tempos.
Jujutsu Kaisen tem um anime desenvolvido pelo Studio Mappa (o mesmo de Attack on Titan) com duas temporadas disponíveis no Crunchyroll.
