Desde o final do mangá, Jujutsu Kaisen tem sido frequentemente criticado por não explorar com profundidade as emoções e pensamentos internos de seus personagens. Um dos exemplos mais claros disso está na trajetória de Maki Zen’in durante o massacre de seu clã — um evento impactante, mas que careceu de desenvolvimento emocional e narrativo à altura.
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A importância da mentalidade de Maki no massacre do clã Zen’in
Durante o arco dos Jogos do Abate (Culling Game), Maki é levada ao limite após a morte de sua irmã Mai, causada por seu próprio pai, Ogi Zen’in. Esse acontecimento desencadeia o despertar total do potencial de Maki, que então aniquila todo o clã Zen’in.
Apesar da violência e do peso da cena, o autor Gege Akutami não dedica nenhuma página para mostrar o que Maki sente ao cometer esse ato. Não há monólogos internos, dúvidas ou arrependimentos — apenas a ação pura.
A contradição com o conselho dado a Noritoshi
Mais tarde, durante uma conversa com Noritoshi Kamo, Maki o aconselha a não repetir seus erros e a procurar sua mãe. Isso cria uma contradição narrativa, já que Maki nunca demonstrou arrependimento pelo que fez ao seu clã, exceto pela perda de Mai. Esse tipo de contradição poderia ser resolvido com maior foco em seu estado emocional após o massacre.
O massacre do clã Zen’in deveria ter causado mais impacto
Uma decisão sem peso no universo da obra
A destruição de um clã de prestígio como os Zen’in deveria ter repercussões graves no mundo de Jujutsu Kaisen, especialmente durante uma crise de escala nacional causada por Kenjaku. Porém, o evento é praticamente ignorado pelos outros personagens da obra, sem grandes consequências políticas, sociais ou emocionais.
Um padrão recorrente na escrita de Gege Akutami
Esse desinteresse em explorar o emocional dos personagens tem se tornado uma das principais críticas ao trabalho de Gege. Grandes eventos ocorrem, mas raramente vemos o impacto psicológico deles em quem está envolvido — e o caso de Maki é um exemplo claro disso.
As inconsistências e o desenvolvimento perdido de Maki Zen’in
De favorita dos fãs a figura controversa
Maki conquistou o público com sua determinação, habilidades físicas e conexão com a Restrição Celestial, que a excluiu do clã Zen’in. Sua história era promissora, e o massacre foi inicialmente celebrado como um momento de libertação.
Porém, com o tempo, sua ausência de momentos introspectivos e a forma como foi deixada de lado na trama principal causaram certo distanciamento dos fãs.
Rivalidade com Naoya Zen’in e o power-up questionável
Outro ponto que gera críticas é a maneira como sua rivalidade com Naoya Zen’in foi resolvida. O embate final foi recheado de conveniências narrativas, como um power-up que veio de personagens introduzidos sem desenvolvimento, o que enfraqueceu o impacto da luta.
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Jujutsu Kaisen (traduzido para Batalha de Feiticeiros no Brasil) é um mangá japonês escrito e ilustrado por Gege Akutami, e publicado na revista Weekly Shōnen Jump desde 5 de março de 2018.
Jujutsu Kaisen conta a história de Yuji Itadori, um jovem gênio do atletismo que acaba juntando-se a um clube de ocultismo e então descobrindo ser o receptáculo perfeito para Ryomen Sukuna, a maldição mais poderosa de todos os tempos.
Jujutsu Kaisen tem um anime desenvolvido pelo Studio Mappa (o mesmo de Attack on Titan) com duas temporadas disponíveis no Crunchyroll.