Jujutsu Kaisen conquistou os fãs com personagens icônicos como Satoru Gojo e Sukuna, que dominaram a popularidade da série. No entanto, Kenjaku também se destacou como um dos favoritos, graças à sua inteligência estratégica e papel central na trama. Apesar disso, a fusão idealizada por ele, que deveria combinar todos os feiticeiros dos Culling Games e a energia amaldiçoada, nunca foi concretizada, levando muitos fãs a considerarem sua história desperdiçada.
No entanto, uma análise mais detalhada revela que a falha da fusão não foi um acaso, mas sim parte de um desfecho planejado para o personagem e sua narrativa.
Kenjaku e a fusão que nunca deveria acontecer
Desde o capítulo 10, Kenjaku se estabeleceu como uma figura central e enigmática da história. Com sua habilidade de possuir corpos, ele influenciou eventos fundamentais no universo de Jujutsu Kaisen, incluindo sua identidade como Noritoshi Kamo, responsável pelos ventres amaldiçoados, e sua posse de Kaori Itadori para gerar Yuji como receptáculo de Sukuna.
A fusão, descrita como a união literal de feiticeiros e energia amaldiçoada, era um conceito de destruição total. Para ser realizada, ela dependia da morte de vários personagens centrais, incluindo Yuji e seus aliados, configurando um cenário de “fim de jogo” incomum para o gênero shonen. Essa impossibilidade narrativa já sugeria que a fusão nunca seria concluída, tornando-a mais um “e se?” que impulsionou a história e as motivações de Kenjaku.
A queda de Kenjaku e a falta de consistência no desfecho
Embora a fusão nunca tenha sido concretizada, a morte de Kenjaku decepcionou muitos fãs pela maneira como foi conduzida. Após anos de construção como um dos vilões mais inteligentes e perigosos, ele foi morto em uma emboscada liderada por Yuta Okkotsu, sem demonstrar as camadas de preparação e contramedidas que definem seu personagem.
Kenjaku era frequentemente comparado a vilões estrategistas como Sosuke Aizen, de Bleach, conhecido por sempre ter planos de backup. Sua morte sem reservas ou armadilhas reflete uma quebra na consistência de seu trope. A narrativa, ao apressar o encerramento de seu arco, não deu espaço para uma batalha adequada ou para que Kenjaku mostrasse todo o seu potencial como estrategista e combatente.
Kenjaku: uma subversão de expectativas ou desperdício de potencial?
A decisão de subverter o trope do vilão estrategista é uma abordagem arriscada, mas que nem sempre agrada. Em Jujutsu Kaisen, isso foi interpretado por muitos como um desperdício do potencial de Kenjaku. Ao longo da série, ele se mostrou um mestre manipulador, arquitetando eventos grandiosos como os Culling Games. Sua eliminação abrupta contradiz sua construção como um personagem meticulosamente planejador.
Ainda assim, a falha da fusão em si não é um erro narrativo. Ela reforça que Kenjaku era mais um idealista obcecado por sua visão, mesmo que impraticável. O verdadeiro problema reside na execução de seu desfecho, que não correspondeu à complexidade do personagem.
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Jujutsu Kaisen (traduzido para Batalha de Feiticeiros no Brasil) é um mangá japonês escrito e ilustrado por Gege Akutami, e publicado na revista Weekly Shōnen Jump desde 5 de março de 2018.
Jujutsu Kaisen conta a história de Yuji Itadori, um jovem gênio do atletismo que acaba juntando-se a um clube de ocultismo e então descobrindo ser o receptáculo perfeito para Ryomen Sukuna, a maldição mais poderosa de todos os tempos.
Jujutsu Kaisen tem um anime desenvolvido pelo Studio Mappa (o mesmo de Attack on Titan) com duas temporadas disponíveis no Crunchyroll.
