Fala, galera, tudo bom com vocês?
Jogos são cheios de clichês, como outras mídias de massa. No vídeo e no texto de hoje, eu falo sobre alguns dos principais pontos comum que vemos na maioria dos jogos, sejam eles atuais, sejam eles mais antigos.
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Barril vermelho
Nosso primeiro clichê de hoje é um clássico, o barril vermelho. Por que diabos os inimigos são tão burros a ponto de deixar barris de gasolina à vista no meio dos acampamentos e ainda por cima pinta-los de vermelho, a cor quente que mais chama a atenção no meio de um monte de camuflagens?
A menos que o soldado seja daltônico, é a primeira coisa que ele provavelmente vai ver por lá, e certamente vai atirar naquilo, explodindo todo mundo que estiver por perto dele. Nenhum exército de verdade faz isso, por que os desenvolvedores então colocam esses barris explosivos? Porque explosões são legais e porque assim eles podem encher uma tela de inimigos e você dar cabo deles rapidinho, dando aquela impressão falsa de que você é O saldado fodão que pensou o que ninguém ia pensar.
O problema é que isso existe em todo maldito jogo, até em Ryse, um jogo do império romano. Sério mesmo, vamos pensar em algo mais elaborado?
Os espinhos
Furar o dedo num espinho é algo ruim? Bem ruim, mas mortal? Nem tanto, a menos que você esteja jogando videogame. De Mario, a Sonic, a Mega Man, passando por tantos outros games, tocar num espinho é um pecado praticamente capital que pode e vai te levar a morte, e não adianta chorar.
O legal é que os chefes finais adoram ficar em salas cheias desses espinhos. Eu realmente me pergunto o que eles fazem nessas salas antes dos heróis chegarem. Ficam limpando as unhas com as pontas dos espetos?
Sistemas de moral
Se eu pegar a lista de lançamentos futuros, certamente vamos ter pelo menos um jogo com a promessa de fazer você criar uma história baseada nas suas próprias escolhas, onde você pode ser um cara legal, merecedor do nobel da paz, ou um desgraçado que merece um dedo do meio.
Sabe o que isso quer dizer? Que você só pode ser essas duas, pois ser um cara que eventualmente é legal e eventualmente é um cuzão vai acabar te forçando a escolher pra qual dos dois lados você quer pender, seu Marina Silva, e não importa se você era bonzinho até ontem, se você virar do mal, o jogo vai acabar da mesma forma caso você tivesse sido um cuzão o jogo todo. É difícil achar um meio termo disso dentro dos jogos, e quando alguém tenta oferecer, acabamos caindo em algo parecido com isso.
Pontos fracos
Você gasta milhões e milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento para criar a arma perfeita. Qual é a coisa que a arma perfeita não tem? Um ponto fraco. Qual é a coisa que a sua arma perfeita tem se ela estiver dentro dum jogo? Um ponto fraco.
Eu acho que temos um conflito de interesses aqui, mas talvez as coisas fossem mais tranquilas se esses pontos fracos não fossem uma bolota vermelha de pus que chama a atenção a meio quarteirão de distância e que, por mais burro que o salvador do mundo fosse, ele não pensasse “hum, melhor atirar ali”, como nos diversos Resident Evil, por exemplo.
Eu suspeito que os criadores de armas biológicas andaram faltando uma aula ou duas de introdução a atos vilanescos antes de planejarem isso, mas pode ser só impressão minha também.
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