Miyoo Mini Plus vale a pena? Análise – Review

O Miyoo Mini Plus é o mais novo portátil de emulação da Miyoo, uma companhia chinesa que causou um verdadeiro alvoroço no ano passado ao lançar o Miyoo Mini, um com um preço extremamente atrativo e com uma qualidade muito boa, tornando-o imbatível na sua faixa de preço. Mas será que essa nova encarnação do produto, um pouco maior agora, vale a pena?

Miyoo Mini Plus – Review

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Especificações e Ficha Técnica

• Processador: ARM Cortex A7 Dual-Core @1.2GHz
• Tela: 3.5” IPS  com resolução de 640×480
• Memória: 128MB RAM
• Armazenamento: 64GB
• Plataformas: NES, Master System, Game Boy, Game Boy Color, SNES, Mega Drive, GBA, CPS1, CPS2, CPS3, Mame, NeoGeo, WonderSwan Color, NeoGeo Pocket Color, PS1, Dos Box
• Bateria: 3000 mAh (duração de cerca de 5 horas)
• Conexões: USB-C (carregamento) e WiFi (Netplay)
• Preço: Aproximadamente R$370,00 no vendedor original com 64GB a partir de R$ 370,00 sem cartão de memória em revendedores

Primeiras impressões e Ergonomia

A primeira coisa que notamos ao pegar o Miyoo Mini Plus é que ele é um pouco maior do que o seu irmão Mini.

O portátil anterior parecia um tanto desconfortável para se usar para jogos por mais de 30 minutos usando as duas mãos, e parecia perfeito para jogar jogos como Final Fantasy Tactics e Tactics Ogre do GBA ou RPGs por turno com apenas uma mão, e no caso do irmão mais novo e maior dele, parece o contrário, sendo melhor para usar com as duas mãos para todos os tipos de jogos do que com apenas uma.

Vale ressaltar que esse novo design conta com botões L1, L2, R1 e R2 melhorados, mas eles ainda não são tão bons assim como deveriam ser, e não é lá a melhor coisa do mundo usar os botões em jogos de luta, por exemplo.

Fora isso, os botões A, B, X, Y, Start e Select são bons de se apertar, e jogos que usem apenas eles podem ser jogados tranquilamente.

A tela do Miyoo Mini Plus é de 3,5 na proporção 4:3, sendo ótima para os emuladores que acompanham esse portátil, mas caso você queira que eles funcionem com múltiplos das resoluções originais da maioria das plataformas, você verá barras pretas ou molduras nos emuladores. Além disso, ela tem uma resolução de 640×480 e uma qualidade de vídeo muito boa para o preço do portátil.

Ainda sobre a tela, é muito importante ressaltar que ela é extremamente frágil, assim como a do seu irmão do ano passado, então coloque o protetor assim que você receber o seu portátil, pois ela pode quebrar até mesmo em quedas pequenas.

Na caixa que acompanha o produto, o portátil vem com um protetor de tela, um cabo de carregamento, leitor de cartão e cabo para você caregá-lo, além do manual.

Vale ressaltar que o cartão de memória que equipa o Miyoo Mini Plus é um cartão genérico, equipado de roms. Se eu fosse você, aproveitaria para comprar além do portátil, um cartão de memória novo, de uma marca confiável para você não dar o azar desse cartão morrer (o que acontece com certa frequência) e você perder seus jogos salvos.

Performance

O Miyoo Mini Plus se propõe a ser um portátil de custo benefício, oferecendo emulação de todas as plataformas de 8 e 16 bits, além de fliperama (CPS1 a CPS3, NeoGeo e alguma coisa de Mame) e PlayStation.

No firmware original dele, em quase todos os casos, eu recomendo você usar o emulador da pasta de Games, pois eles funcionam como deveriam, com apenas duas exceções: Game Boy Color e Advance e PlayStation.

No caso dos Game Boy, eu recomendo você usar os cores específicos deles no Retroarch ao invés do emulador que vem implementado pois nesses emuladores o “Real Time Clock” (relógio em tempo real) não funciona, e no Retroarch isso veio corretamente.

Já no caso do PlayStation, é mais pela performance mesmo. Apesar do Miyoo Mini Plus conseguir rodar praticamente todos os jogos de PS1 perfeitamente, há casos em que ele demora para carregar no emulador da pasta Game, e isso não acontece no Retroarch.

Ainda sobre a performance do PS1, na maioria dos jogos que eu testei, ele rodou perfeitamente, apenas em dois jogos em específico: Tekken 3 e Blood Roar 2, deu para notar slowdowns, onde o jogo roda a cerca de 5/6 da velocidade que deveria, e isso acaba causando distorções e mastigadas na música dos jogos.

Para completar, vale ressaltar que o carregamento de jogos de fliperama demora bastante. Em jogos de NeoGeo, até o jogo abrir mesmo leva cerca de 90 a 100 segundos, ou seja, se a sua ideia é jogar uma partida rápida, talvez Metal Slug, King of Fighters ou Garou não seja a melhor escolha.

No mais, todas as outras plataformas funcionam perfeitamente, e as roms incluídas no cartão de memória original na maioria das plataformas já vem com a região dos EUA corretamente, ainda que em algumas em específico (como NES) a maioria dos jogos tenham vindo em japonês, sendo necessário que você faça a troca desses jogos.

Conclusão

O Miyoo Mini Plus é um portátil de excelente custo benefício, contanto que você consiga comprá-lo pelo preço certo. Como todo mundo quer comprá-lo, os estoques oficiais acabam rapidamente (eu tive que ficar acordado até 2 da manhã para conseguir comprar o meu e o estoque durou exatos 2 minutos).

No preço dele, ele se comporta muito bem como uma máquina que consegue emular tudo até o PS1, e tem um firmware muito melhor do que o RG35XX, seu principal concorrente (que só supera o Miyoo Mini Plus com o Garlic OS, mas caso você não seja um entusiasta de portáteis e só queira comprar um e sair jogando, o Miyoo é a escolha para você).

Assim como sua versão de 2022, ele é uma ótima escolha para você que queira reviver os dias de infância jogando um portátil, mas vale ressaltar que o principal problema do portátil, junto com a sua escassez, permanece: a tela extremamente frágil.