Poucos jogos conseguiram marcar uma geração como Zelda Breath of the Wild, que redefiniu o gênero mundo aberto com seu mundo vibrante e sistema de física inovador. Mas mesmo com todo seu impacto no Nintendo Switch original, muitos fãs sonhavam com uma versão mais fluida e visualmente refinada. Agora, com a chegada da edição para Nintendo Switch 2, esse desejo finalmente se tornou realidade.
Essa nova versão do jogo traz melhorias significativas que tornam a experiência ainda mais imersiva, aproveitando o poder do novo console da Nintendo. Com resolução em até 4K, taxa de quadros estável em 60 FPS, tempos de carregamento menores e outras novidades, Zelda Breath of the Wild no Switch 2 entrega uma performance quase impecável, e finalmente faz jus à ambição do título lançado em 2017.
Melhorias gráficas e desempenho
Ao iniciar a aventura e sair do Santuário da Ressurreição, a diferença salta aos olhos. As montanhas ao longe, as árvores detalhadas e a movimentação da câmera revelam a fluidez de uma performance que nunca desacelera, mesmo em locais antes problemáticos como a Floresta dos Koroks.
Com a estabilidade em 60 quadros por segundo, não há mais quedas durante explosões, lutas com guardiões ou travessias por áreas densas. A Nintendo já tinha feito milagre no hardware original, mas agora, o jogo atinge um novo patamar técnico. A resolução em 4K no modo TV (e 1080p no modo portátil) reforça ainda mais a beleza da direção de arte, mesmo que algumas texturas antigas, como as de rochas, revelem a idade do jogo.
Os tempos de carregamento também foram significativamente reduzidos graças à nova arquitetura do Switch 2. Agora, levar Link de uma torre a um santuário leva apenas cerca de cinco ou seis segundos. E como bônus, essa edição traz um segundo arquivo de salvamento, algo simples mas valioso para quem quer começar do zero sem apagar o progresso anterior.
Além disso, novos recursos foram incluídos, ainda que nem todos tenham agradado os fãs. A maior polêmica da edição é o aplicativo móvel Zelda Notes, acessível pelo celular. Ele oferece conteúdos extras como Memórias de Voz da Princesa Zelda, que aparecem como pontos de interesse no mapa e são ativadas com alertas sonoros. Apesar da ideia promissora, a execução falha por exigir atenção constante ao celular, quebrando a imersão do jogo.
O mesmo vale para o sistema de Navegação, que atua como uma espécie de GPS para encontrar Koroks e Santuários. A voz automatizada fornecendo direções em tempo real soa completamente fora de contexto em um ambiente de fantasia.
Outros recursos como o Bônus Diário, que libera recompensas aleatórias como refeições e armas reparadas, são mais interessantes, especialmente por funcionarem como um substituto gratuito para os amiibos. Mesmo assim, todos esses elementos poderiam (e deveriam) estar dentro do próprio jogo, sem depender de um aplicativo externo.
Mas e aí, a versão de Switch 2 do Zelda Breath of The Wild vale a pena?
Tirando o problema do Zelda Notes, o pacote técnico da edição de Switch 2 é quase irretocável. É a melhor forma de jogar um dos maiores jogos já feitos, agora com fluidez, resolução e tempo de resposta dignos da grandeza de Hyrule.
Quem nunca jogou tem agora a versão ideal nas mãos, e mesmo os veteranos encontrarão motivos de sobra para revisitar o mundo aberto com essa nova roupagem. Basta ignorar o aplicativo móvel e você terá uma das experiências mais completas que a Nintendo já ofereceu.
Análise feita com uma chave para Nintendo Switch 2 cedida pela publisher.
Resumo para os preguiçosos
Zelda: Breath of the Wild no Switch 2 eleva ainda mais o clássico de 2017, com melhorias gráficas notáveis e desempenho estável. Agora rodando em até 4K e 60 FPS, o jogo finalmente entrega a fluidez que muitos fãs sempre desejaram, com tempos de carregamento reduzidos e visual mais nítido, sem perder a beleza da direção de arte original. A experiência é praticamente impecável, mesmo em áreas que antes apresentavam quedas de desempenho no Switch original.
Apesar da performance aprimorada, o aplicativo externo Zelda Notes gerou polêmica por quebrar a imersão com notificações no celular e uma navegação com voz fora de contexto. Ainda assim, recursos como o segundo save e o Bônus Diário compensam. No geral, esta edição é a forma definitiva de jogar Breath of the Wild — especialmente para novos jogadores, mas também com boas razões para fãs veteranos revisitarem Hyrule.
Prós
- Gráficos modernos
- 60FPS
- Mundo aberto vivo
Contras
- Zelda Notes