InícioReviewsWrestleQuest vale a pena? Análise - review

WrestleQuest vale a pena? Análise – review

PUBLICIDADE

WrestleQuest, desenvolvido pela MegaCat Estúdios e publicado pela SkyBound Games, é um jogo carismático que tenta a ousada manobra de misturar luta livre com RPG. A fórmula até que funciona, mas não fica isenta de falhas.

PUBLICIDADE

O jogo se passa em uma brinquedoteca – um baú de brinquedos, onde você encarna o papel de Muchacho Man Savage, um boneco que almeja ser como a lenda do wrestling, Macho Man Randy Savage. Ou seja, é um boneco que pretende se tornar tão grande quanto um dos maiores lutadores do WWE de todos os tempos.

PUBLICIDADE

As peculiaridades de WrestleQuest são o ponto forte do jogo, já que combinadas tornam a experiência atraente e memorável. Além do enredo singular, temos também o estilo de combate que é um tanto diferente do que você possa imaginar ou até mesmo esperar.

WrestleQuest tenta abordar a luta livre através de um sistema de combate baseado nos JRPGs. Ou seja, as lutas transcorrem por turnos, onde você deve escolher seu próximo movimento com base numa série de fatores, se quiser obter o melhor resultado possível.

Reprodução: WrestleQuest

O jogo também consegue assimilar elementos da luta livre ao sistema de combate. É possível, por exemplo, fazer uso das cordas do ringue para causar mais dano, jogando seu oponente nas cordas e usando a força do elástico para potencializar o dano que você causa. No entanto, é preciso tomar cuidado, já que essa manobra pode sair pela culatra, com seu adversário aproveitando o impulso para inverter os papéis e te causar dano.

Visualmente, o jogo se destaca com seu estilo reminiscente dos jogos de arcade. O design “chibi” e o cenário de fantasia são peculiares, embora a fluidez na movimentação dos personagens possa ser aprimorada.

PUBLICIDADE
Reprodução: WrestleQuest

Os gráficos são uma mistura de estilos, combinando pixel art com uma resolução mais alta. As animações são bem fluídas e interpoladas, o que pessoalmente me desagrada um pouco, já que quando estamos falando de jogos pixelados, tenho uma certa preferência por uma animação mais crua e fiel aos jogos clássicos. O fato é que em alguns momentos, WrestleQuest me fez lembrar dos antigos jogos em flash.

Como já mencionado acima, a jogabilidade é inovadora, com combates de luta livre transformados em batalhas por turnos, ao estilo JRPG. Contudo, a execução desta mecânica apresenta alguns desafios, tornando algumas batalhas mais monótonas em alguns momentos. WrestleQuest tenta contornar essa situação exigindo que o jogador aperte determinados botões durante suas ações, a fim de causar mais dano ou defender-se. A solução de fato ajuda a quebrar a monotonia, mas com o passar do tempo também acaba cansando um pouco.

PUBLICIDADE

WrestleQuest também se destaca pela localização para o português brasileiro. A adaptação dos diálogos é feita com maestria, tornando a experiência imersiva para o público brasileiro. A tradução adiciona personalidade aos personagens e faz com que os diálogos sejam mais fluídos e palatáveis.

Apesar da WWE não ser tão popular por aqui, ainda existem algumas referências entendidas pela maioria do público. Por isso, é muito legal ver como o universo de WrestleQuest aborda alguns ícones do wrestling, como Jake the Snake e André the Giant.

PUBLICIDADE

Também é interessante ver como o jogo mescla a jornada dos protagonistas com o universo do wrestling profissional, transformando os lutadores reais em entidades quase mitológicas no universo de WrestleQuest. Na verdade, em alguns momentos, o jogo até acaba soando como uma grande homenagem aos maiores lutadores de todos os tempos.

O problema é que apesar de divertido e interessante, WrestleQuest cansa depois de um tempo. Nem mesmo o fato de possuir dois protagonistas opostos consegue segurar a atenção do jogador no desenrolar da história. Durante meu gameplay, não me senti interessado ou compelido à chegar até o final de WrestleQuest, e conforme a diversão foi minguando, a experiência foi se tornando enfadonha. Sendo assim, tive a impressão de que WrestleQuest talvez funcione melhor para jogadores casuais, sendo perfeito para plataformas como o Switch, por exemplo.

PUBLICIDADE
Reprodução: WrestleQuest

Em resumo, “WrestleQuest” é uma adição interessante ao mundo dos video games de wrestling. Com uma narrativa cativante, visuais atrativos e uma jogabilidade que tem seus momentos, mas que cansa e perde o encanto com o passar do tempo. Contudo, é praticamente um jogo obrigatório para fãs de luta livre em geral e uma bela homenagem aos maiores nomes do wrestling internacional.

Resumo para os preguiçosos

WrestleQuest é um jogo que mistura luta livre com RPG, oferecendo uma experiência única com visuais reminiscentes de jogos de arcade e um sistema de combate baseado em turnos. Apesar de cativante e visualmente atraente, o jogo pode se tornar monótono e enfadonho com o tempo, especialmente para jogadores mais dedicados.

PUBLICIDADE

Nota final

60
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  1. Enredo Singular: A história envolve um boneco que aspira ser uma lenda do wrestling, tornando a narrativa atraente.
  2. Combate Inovador: O sistema de combate baseado em turnos é uma abordagem fresca para a luta livre.
  3. Elementos de Luta Livre: Incorpora elementos reais da luta livre, como o uso das cordas do ringue.
  4. Visual Atraente: O design “chibi” e o estilo de pixel art são peculiares e agradáveis.
  5. Localização em Português Brasileiro: A tradução é bem feita, tornando a experiência imersiva para o público brasileiro.

Contras

  1. Monotonia no Combate: A execução da mecânica de combate pode tornar algumas batalhas monótonas.
  2. Animações: Algumas animações podem ser desagradáveis para quem prefere um estilo mais clássico de jogos pixelados.
PUBLICIDADE
João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.