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World of Warcraft: Battle For Azeroth – Review

Quando a Blizzard anunciou Battle For Azeroth, a sétima expansão World of Warcraft, a comunidade do jogo ficou relativamente dividida, entre aqueles que apoiavam a volta do jogo as raízes do confronto de Horda vs Aliança, e outros que estavam um pouco receosos por alguns problemas que ficaram mais evidentes no final da expansão passada.

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Para analisarmos BFA, precisamos voltar um pouco, mais especificamente para Warlords of Draenor, sem dúvida a expansão mais questionável do jogo, tanto em relação as mudanças de mecânicas, quanto sobre o desenvolvimento da história, que basicamente pode ser tratado como filler. Sendo sem dúvida foi um dos pontos mais baixos do WoW, mas felizmente a Blizzard conseguiu se recuperar com o lançamento de Legion, ima expansão cheia de batalhas épicas, onde finalmente colocamos um fim na Legião Ardente.

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A história realmente foi para frente, a Blizzard corrigiu os erros cometidos em WoD e trouxe dezenas de novas mecânicas. Entretanto, com o desenvolver da expansão era notável que essas novidades criavam novos problemas no jogo. Os itens lendários pareciam ser uma ideia ótima, mas devido ao fator sorte e a força desproporcional desses itens, acabaram criando abismos de poder entre os jogadores de uma mesma classe. Ainda existiu o problema das Armas Artefatos, que praticamente obrigava os jogadores a se focar em somente uma especialização durante toda a expansão.

Dessa forma, mesmo que o começo de Legion tenha sido muito bom, esses e outros problemas deixaram os jogadores um pouco receosos com Battle For Azeroth. Mas já adiantando, felizmente essas preocupações não se confirmaram e mesmo ainda estando bem no começo, essa nova expansão já demonstra muito potencial.

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Em Legion, nos finalmente derrotamos o titã Sargeras, mas esse momento de união das facções durou pouco e a descoberta de um poderoso recurso chamado “Azerita”, reacendeu com força total o confronto entre a Horda e a Aliança. Em relação a como a história foi contada, a Blizzard mais uma vez foi impecável, tanto nas missões e cinematics dentro do jogo, que colocam o jogador literalmente no meio dessa guerra, quanto no conteúdo apresentado em outras mídias, como os dois excelentes curtas animados, a série de vídeos das Warbringers e as HQs.

Já sobre as decisões tomadas em relação ao desenvolvimento da história, aí entramos em um ponto mais polêmico, que provavelmente desagradou jogadores da Horda e da Aliança.

Começando pelo Anduin, após a morte do seu pai, a Blizzard tinha o trabalho difícil de tornar o personagem mais carismático, já que agora ele é o principal líder dos Humanos. Infelizmente no começo dessa expansão o jovem rei ainda não tem uma personalidade bem estabelecida e carece de desenvolvimento, fazendo com que até mesmo os jogadores da Aliança não consigam enxergar em Anduin um líder como foi Varian.

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Já sobre o desenvolvimento da Sylvanas, aqui chegamos em uma das principais polêmicas, mais especificamente após a sua decisão de invadir Darnassus, a cidade dos Elfos Norturnos e queimar a árvore sagrada Teldrassil. É impossível nesse review entrar em detalhes sobre toda a história da Rainha das Banshee, entretanto, mesmo que o seu alinhamento justifique essa decisão, ainda é extremamente questionável os motivos e o rumo que a Blizzard resolve dar para essa personagem tão amada pelos fãs.

A parte boa disso é que esse debate entre os jogadores sobre se a atitude da Sylvanas foi certa ou errado também é representado no jogo, mas especificamente pelo personagem Saurfang, um dos mais antigos guerreiros da Horda, que demonstra a sua insatisfação com as atitudes da Chefe Guerreira, criando uma clima interessante de conflito interno dentro da facção.

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Indo para a parte de mecânicas, talvez a principal novidade seja o Coração de Azeroth, esse poderoso item é parte da essência do nosso planeta e basicamente vem substituir o sistema das Armas Artefatos. O Coração de Azeroth também pode ser evoluído indefinitivamente, mas em vez de liberar talentos, ele permite que você extraia o poder das Armaduras de Azerita.

Essas armaduras podem ser adquiridas completando quest, fazendo dungeons ou derrotando chefões de raids, e o seu principal diferencial é que possuem círculos de poder, onde os jogadores podem escolher talentos passivos. Atualmente as armaduras têm três ou quatro círculos e você vai tendo acesso aos círculos mais internos à medida que o seu Coração de Azeroth vai evoluindo. O sistema como um todo é um pouco mais simples que os das Armas Artefatos e corrigi a loucura que era o farm de Poder de Artefato em Legion.

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Sobre as novas áreas, Battle For Azeroth traz duas novas ilhas, Kul Tiras e Zandalar, a campanha de cada facção é focada em uam dessas regiões.

Se você é da Horda o seu primeiro destino será Zandalar, onde está localizado o império Zandalari. Lá você precisará ajudar o rei Rastakhan e a princesa Talanji a combater a ameaça de um culto sedento por sangue, enquanto ainda precisa lidar com alguns problemas políticos internos e derrotar dinossauros raivosos.

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Zandalar é claramente inspirada na cultura de diversas civilizações antigas da América do Sul, desde as suas vestimentas sempre com muitas cores e utilizando de penas, até as suas construções, lembrando fortemente a arquitetura Maia e Asteca. Nesse cenário ainda temos todo um desenvolvimento bem aprofundado da relação dos Trolls com os seus Loas, espíritos poderoso que são representados como Deuses da Natureza.

Já os personagens da Aliança irão viajar para Kul Tiras, ilha habitada por humanos, que é a terra natal de Jaina Proudmoore. A sua principal missão será restaurar a popularidade de Jaina perante o seu povo, já que ela é considerada uma traidora por ter se aliado com Thrall e Rexxar, ainda durante os eventos de Warcraft 3.

A trama em Kul Tiras carrega um peso emocional bem maior se comparada a Zandalar, principalmente se você tem algum conhecimento prévio do mundo de Warcraft. Entretanto, para os jogadores novatos, a Blizzard também fez um bom trabalho em relembrar o mal-entendido que levou a Jaina a ser considerada traidora na sua própria terra e a sua busca eterna pelo perdão do seu povo

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Embora seja agradável passear pelas duas ilhas enquanto faz as missões, o leveling de World of Warcraft ainda continua com a mesma estrutura, você basicamente pega uma coisa e leva para outro lugar ou tem que matar uma determinada quantidade de monstros. A novidade mesmo fica por conta do Modo de Guerra, que ao ativado permite que jogadores da Horda e da Aliança possam se enfrentar em qualquer parte do mundo. Além de trazer um pouco mais de emoção enquanto você está upando, esse modo ainda oferece um pequeno bônus de experiência e algumas recompensas extras em missões mundiais.

Por fim, para a alegria dos amantes do PvE todas as masmorras da nova expansão estão incríveis, tanto na ambientação, quanto na dificuldade. Ao todo são dez dungeons, sendo que o Cerco de Boralus e o Repouso do Rei estão disponíveis apenas a partir da dificuldade mítica.

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Seria inviável falar detalhadamente sobre cada masmorra aqui, mas os meus principais destaques vão para a Mansão Capelo, que é toda ambientada em uma casa mal assombrada, se assemelhando com uma versão macabra de Karazhan e a MEGAMINA!!!, onde você enfrenta uma ilha lotada de Goblins – a melhor raça do jogo –  tentando te matar ao mesmo tempo que também fazem uma boa festa.

Somando tudo isso, podemos dizer que Battle For Azeroth tem um começo tão bom quanto Legion. Além de trazer novos conteúdos criativos e de qualidade, a Blizzard conseguiu corrigir diversos problemas nas mecânicas implementadas na expansão passada e continua com o trabalho impecável se enriquecer o seu universo tanto dentro como fora do game. Battle For Azeroth é mais uma vez a prova que no mundo dos MMOs, World of Warcraft ainda reina com folga.

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Review elaborado com uma cópia do jogo fornecida pela Blizzard.

Resumo para os preguiçosos

Battle For Azeroth é mais que uma simples expansão de World of Warcraft, é o retorno do jogo as suas raízes do antigo confronto entre Horda e Aliança. Junto com esse retorno a Blizzard corrige diversos problemas que afastaram os jogadores no final de Legion, como a eterna necessidade de farmar Poder de Artefato e o desequilíbrio dos itens lendários. O trabalho de apresentação das duas novas ilhas também fantástico, tanto do ponto de vista da ambientação, com inspirações em culturas do nosso mundo, quanto em relação ao desenvolvimento da história de cada uma, enriquecendo ainda mais o universo de World of Warcraft.

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Melhora do sistema de Poder de Artefato
  • Level design das masmorras bem construído
  • Opção de PvP Global
  • Ambientação das duas novas ilhas
  • Aprofundamento na história ods principais lideres da Horda e da Aliança

Contras

  • Tomada de decisões questionáveis em relação ao rumo de alguns personagens
  • Pouca evolução na estrutura das quest
  • Resumo para os preguiçosos
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João Victor Albuquerque
João Victor Albuquerque
Apaixonado por joguinhos, filmes, animes e séries, mas sempre atrasado com todos eles. Escrevo principalmente sobre animes e tenho a tendência de tentar encaixar Hunter x Hunter ou One Piece em qualquer conversa.