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Wolfenstein: The Old Blood – Review

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Eu acho que estou ficando velho. E não sou só eu, alguns jogos também estão ficando bem velhos. Wolfenstein é um deles. Produto de quase um milagre concebido por John Romero e John Carmack, esse foi um dos pilares que assentaram o gênero de tiro em primeira pessoa, mas que foi esquecido por muitos após ter ganho poucas sequências realmente dignas e ter sido ofuscado por títulos mais modernos como Call of Duty e Battlefield. No ano passado, Wolfenstein: The New Order foi lançado, e o jogo foi um excelente exemplo de como criar um shooter retrô, porém moderno. Será The Old Blood uma continuação digna ou só mais do mesmo?

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Em Wolfenstein: The Old Blood, você novamente controla William “B.J.” Blazkowicz, desta vez em eventos que se antecedem ao jogo lançado em 2014. A ideia aqui é invadir o Castelo Wolfenstein e obter a localização do laboratório secreto do General William “Deathshead” Strasse, cujas invenções viraram o jogo e colocaram os nazistas a caminho de uma vitória decisiva em cima dos Estados Unidos. Se The New Order foi um reboot da franquia, The Old Blood é na verdade uma releitura do capítulo que colocou a franquia nos livros de história dos jogos e eu digo sem medo de estar errado, ela é uma releitura a altura.

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Dentro de Castle Wolfenstein, você tem que se valer tanto do seu poder destrutivo quanto da furtividade para combater os inimigos. O jogo infelizmente começa meio lento, com você mais tendo que usar o stealth do que os músculos, mas logo as coisas mudam de figura e você pode inclusive escolher o caminho para passar pelos obstáculos, optando pelo combate direto, por passar desapercebido ou até uma mistura dos dois, que é o mais divertido, pois você meio que vira um fantasma cujo único objetivo é infernizar a vida dos nazistas.

A jogabilidade de The Old Blood e boa parte do arsenal de BJ permanecem os mesmos, você ainda usa armaduras, facas e afins, apesar de haver algumas armas novas, como um rifle de precisão e algumas áreas dedicadas a ele. Outra novidade também é um cano que BJ encontra logo no começo do jogo e que pode ser usado para escalar paredes e também para golpes de Takedown, onde você mata os inimigos silenciosamente, ainda que com mortes bem brutais.

Essa parte do Castle Wolfenstein é apenas a primeira de duas partes desse DLC Standalone. Ela geralmente é situada em ambientes mais fechados do que as cidades mostradas em The New Order, e não há tanto tempo assim para interações e desenvolvimento de personagens como no capítulo predecessor, aqui a ação é focada, mas ainda assim, é uma releitura bastante interessante do jogo de 1992, que curiosamente foi lançado exatamente 23 anos antes de The Old Blood.

Além dessa parte inicial, The Old Blood ainda tem um segundo ato, chamado de “The Dark Secrets of Helga Von Schabbs”. Nele, você praticamente entra de cabeça num filme B daqueles dos anos 80 e enfrenta zumbis. Não é algo que eu esperava encontrar aqui, mas sinceramente? É divertido pra caramba, até porque são zumbis nazistas, ainda que o tópico esteja meio que mega saturado.

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No fim das contas, The Old Blood é mais um exemplo de como se fazer jogos com a qualidade de antigamente mas com um ar de modernidade. O jogo é mais uma expansão do que um DLC. Ele ao todo tem 8-10 horas de duração e não apresenta tanto assim em termos de história do ponto do desenvolvimento dos personagens, mas faz adições significativas ao gameplay e, pelos 20 dólares que cobra, é um excelente custo benefício que não exige nenhum conhecimento prévio da franquia (ainda que haja alguns elementos que quem jogou The New Order vá lembrar).

Graficamente, o jogo continua mais ou menos como em The New Order. Os gráficos estão até um pouco mais bonitos, e continuam rodando em 1080p e a 60 frames por segundo. Algo que realmente me impressiona em The Old Blood são os corpos dos inimigos após as mortes e os detalhes que eles deixam após serem dilacerados pelos tiros das suas balas. Os ambientes são bem detalhados também, tudo seguindo a mitologia megalomaníaca nazista.

A trilha sonora do game também é muito boa, com músicas que ajudam a criar o clima do jogo e uma dublagem sensacional. O cara que fez o papel de Blazkovicz realmente merece os parabéns, pois a interpretação dele é muito boa. Vale ressaltar ainda que o jogo infelizmente não vem dublado em português, nem legendado, o que pode ser uma dificuldade para quem não tem domínio do idioma.

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Resumo para os preguiçosos

Wolfenstein: The Old Blood é um ótimo standalone que te dá entre 8 a 10 horas de FPS de qualidade com elementos que não deveriam ter sido abandonados por outras franquias. O jogo realmente começa de maneira meio devagar e com você morrendo bastante, mas logo ele acelera e você começa a ver cabeças de nazistas voando pela tela. Recomendadíssimo.

Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Bom mix entre ação e stealth
  • Belos gráficos
  • Excelente dublagem
  • Zumbis nazistas
  • Combinação muito boa entre elementos clássicos dos jogos de tiro e modernos
  • Excelente custo benefício

Contras

  • Sem legendas em português
  • Pouco desenvolvimento dos personagens, se comparado com The New Order
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.