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Watch Dogs 2 – Review

A Ubisoft cometeu o grave erro de tentar criar o “GTA Killer” com Watch Dogs original e todo mundo sabe como essa história acabou. Dois anos depois, a companhia passou bem longe de qualquer ação publicitária que colocasse Watch Dogs 2 frente a frente com GTA, prometendo focar-se nos pontos fortes do predecessor e melhorar em tudo o que ela havia prometido e não cumprido. Será que ela consegue?

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Em Watch Dogs 2, você controla Marcus Holloway, um hacker autodidata que, ao ser confundido com um criminoso importante, acabou pagando uma pena que não era ele. Isso foi motivo o suficiente para ele detestar o ctOS e juntar-se ao DedSec, o grupo hacker com o qual Aiden Pearce se alia em Watch Dogs original. Na sequência, o seu objetivo é apenas um: acabar com a Blume, companhia que domina toda a tecnologia que gira em torno da vida das pessoas.

Como fazer isso? Com seguidores, e é em torno disso que todas as missões de Watch Dogs 2 giram. Cada missão que você faz traz como recompensa mais seguidores. Cada seguidor a mais é mais poder computacional que o DedSec arrecada para atacar o ctOS 2.0 e tentar de uma vez por todas derrubar a Blume, e as missões de Watch Dogs 2, felizmente, variam bastante.

Diferente de Watch Dogs, as missões de Watch Dogs 2 são bastante variadas, seja nas missões de história, seja nas missões extras. Como o jogo envolve hackers, você passa boa parte das missões com o objetivo de hackear, mas felizmente, as missões não são apenas aquela sequência de vá até um lugar, use as câmeras pra explodir as bombas nos bolsos dos soldados, mate os soldados que sobraram, vá até o objetivo e aperte um botão. Desta vez, você tem que interagir com personagens, resolver puzzles de hackeamento e assim por diante.

Além do próprio telefone celular, Marcus ainda conta com um drone e com um hover (um daqueles carrinhos de controle remoto) que pode ser usado para hackeamento remoto. Esses dois acessórios novos dão uma dinâmica interessante às missões, já que nem sempre você fisicamente vai invadir locais perigosos, mas sim o seu drone, ou o seu carro de controle remoto. Como eles são extremamente frágeis, você acaba tendo que ser mais cuidadoso ainda para não ter que começar tudo de novo.

Na parte de missões extras, há uma infinidade de ideias bem interessante sendo aplicadas no jogo, como numa missão, que ficou famosa nos sites de notícias sobre games, onde você tem que roubar o trailer de um jogo não anunciado ainda pela Ubisoft. Além dessa, ainda temos missões envolvendo pichação, e outros tipos, além de um aplicativo de smartphone semelhante ao Uber, onde você tem que pegar passageiros e levá-los a certos lugares, ou cumprir as tarefas que eles te dão e que raramente são lá muito certas da cabeça (como ficar pulando de rampas para uma Youtuber que quer gravar vídeos radicais).

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No geral, as missões de Watch Dogs 2 são uma melhora gigantesca em relação às originais, seja as que você é obrigado a fazer, seja as que você encontra por aí recebendo dos seus aliados ou hackeando telefones de pessoas aleatórias na rua.

Outro ponto forte do jogo são os personagens. Ao invés daquela casca sem graça que era Aiden Pearce, tanto Marcus quanto os colegas de DedSec dele são personagens interessantes, divertidos e com histórias bem trabalhadas, além de não terem visuais que parecem a forma como um adulto imagina que os adolescentes de hoje em dia se vestem (em alguns casos, em outros, os visuais ainda são bem bizarros, como os do Wrench).

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Fora a estrutura de missões e os personagens, boa parte do que a Ubisoft já havia feito de certo no primeiro jogo da franquia permanece, mas uma mudança ainda precisa ser citada e muito exaltada: o jogo não tem torres de captura. Só essa mudança já garantiria ao jogo muitos pontos, afinal de contas, uma das tarefas mais chatas e monótonas de Watch Dogs era subir torres gigantes para hackeá-las com um personagem que não sabia meia linha de parkour.

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O que acabou não ficando tão bom assim em Watch Dogs 2? A motivação da história do jogo poderia ser melhor. O objetivo principal dos hackers é derrubar a Blume e… aí? A impressão é que a motivação de Aiden Pearce era bem melhor do que a de Marcus e companhia (e de fato era), mas se você ignorar esse pequeno detalhe, Watch Dogs 2 acaba sendo melhor do que o seu antecessor em praticamente tudo.

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O sistema de combate do jogo lembra bastante o que The Division apresentou ao mundo (que na verdade já era uma evolução do que vimos em Watch Dogs original), apesar do combate ser bem menos necessário e o jogo em si ter bem menos combates mesmo (o que acaba sendo um ponto positivo, já que o seu foco é na obtenção de informações e na hora de hackear, e não de sair por aí quebrando cabeças).

Outro ponto que acabou mudando um pouco foi a forma como você hackeia servidores e outros itens mais complexos. Ao invés de entrar numa espécie de realidade virtual, tudo acontece no mundo real, você controlando o personagem, ou o drone dele, e ligando as terminações de energia para concluir o hacking. A forma como você hackeia a cidade ao seu redor mudou um pouco também, e agora você tem mais controle de certos objetos e hacks mais úteis para concluir objetivos sem precisar dar lá muitos tiros.

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Graficamente, Watch Dogs 2 apresenta melhorias em relação ao antecessor, além de praticamente não ter slowdowns, pop-ins e outros problemas gráficos. Vale ainda aqui exaltar o sandbox que a Ubisoft desenvolveu em San Francisco. A cidade é muito viva e interessante de se ficar observando, com NPCs que não parecem nem um pouco robóticos. A trilha sonora do jogo também é muito boa, e a dublagem faz bem o seu trabalho. Outro ponto positivo do jogo é deixar você escolher entre diálogo em inglês e legendas em português, ao invés de ser forçado a ter que ficar com diálogos e legendas do mesmo idioma sempre.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One fornecida pela Ubisoft do Brasil.

Resumo para os preguiçosos

Watch Dogs 2 melhora muitos pontos fracos de seu antecessor, como carisma dos personagens, design de missões, extras dentro do jogo, gráficos e física. Particularmente, eu achei a história do primeiro melhor, ainda que Aiden Pearce seja um personagem não lá muito bom, mas se você gostou de Watch Dogs, você certamente vai gostar muito de Watch Dogs 2, a melhora é impressionante, e o jogo finalmente entrega o que a Ubisoft havia prometido para a franquia.

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Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Excelente design de missão
  • Personagens carismáticos e interessantes
  • Diversas atividades extras para desenvolver em San Francisco
  • Uma cidade viva e interessante

Contras

  • A história do jogo é um pouco fraca
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.