Visions of Mana – Análise – Vale a Pena – Review

Visions of Mana é o mais novo capítulo de uma franquia que não recebia novidades há 18 anos, mas será que esse jogo consegue apresentar ideias que agradem os fãs de longa data e tragam novos fãs para a franquia?

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Em Visions of Mana, controlamos Val, um guerreiro do Vilarejo do Fogo de Tianeea, que se torna Guarda de Hiina, uma amiga de infância escolhida para realizar a peregrinação até a Árvore de Mana.

O jogo se passa em um mundo de fantasia sustentado pela Árvore de Mana, uma árvore mágica cujas energias sustentam o mundo. A cada quatro anos, um ser chamado de Fada viaja para vilarejos ligados aos elementos e escolhe um residente como uma “oferenda”, que fará uma peregrinação para restaurar o fluxo da Árvore de Mana sob a guarda de um soldado da Guarda da Alma.

Ao longo da aventura de Val, vamos conhecendo outras pessoas que também são oferendas para a árvore de Mana, como Morley, Careena, Palamena e assim por diante.

A cada novo personagem apresentado na história, conhecemos mais sobre como era a vida dele antes de se tornar uma oferenda e como essa história se liga no vilarejo em que ele vive.

A princípio, a história de Visions of Mana é bem direta e até um tanto bobinha, é apenas uma viagem para restaurar o fluxo de Mana do mundo e salvar a todos, mas conforme ela vai avançando as coisas vão ficando cada vez mais complexas e até mesmo algumas bolas curvas da história acabam surgindo e que me pegaram completamente de surpesa, me deixando ainda mais engajado e ansioso para desventar ainda mais sobre a história do jogo.

No departamento de gameplay, Visions of Mana é um jogo de RPG e Ação em terceira pessoa bastante tranquilo de se jogar. O jogo é dividido em diversos mapas onde você e seu grupo de companheiros podem explorar, enfrentar inimigos, coletar baús e assim por diante.

O combate de Visions of Mana não chega a surpreender, você tem um ataque normal, um ataque forte além de acesso a magias, habilidades e itens. No começo do jogo, você tem apenas uma magia de fogo, e conforme desbloqueia novas classes (o que acontece quando você vai conhecendo novas pessoas oferenda à Árvore de Mana), você vai ganhando mais destas habilidades.

Além de Val, você pode controlar a maioria dos outros personagens que você vai conhecendo durante a sua aventura e que vão se juntando ao seu grupo. Ao todo, você tem três heróis lutando simultaneamente na maior parte do tempo, e pode escolher qual deles você vai usar naquele momento, podendo alternar sempre que quiser e dando assim uma maior variedade no combate do jogo, já que cada personagem possui o seu próprio moveset além das suas classes que são liberadas conforme você progride na história.

Os inimigos de Visions of Mana também não apresentam um grande desafio na maior parte do tempo. Só é engraçado que em alguns pontos do mapa às vezes você acaba encontrando inimigos 30 ou 40 níveis acima do nível do seu grupo, principalmente no começo do jogo.

Além dos inimigos comuns do jogo, você também pode acabar encontrando versões super poderosas de alguns inimigos para desafiar. Quando isso acontece, a música muda e você encontrará um inimigo muito mais poderoso do que o normal, que às vezes vai dar trabalhho e às vezes vai ser bem simples.

Para completar o combate, ainda temos chefes, que são divertidos no geral, mas nenhum deles chega a ser um grande desafio também.

Além dos inimigos, você também encontra diversos tesouros nos mapas de Visions of Mana, sejam eles baús ou “xaropes de urso” que você vai coletando por aí para trocar por itens depois. Outro opcional dos mapas também são desafios de matar uma quantidade grande de inimigos no menor tempo possível, e desafios de travessia que vão sendo liberados conforme você coleta novos itens elementais para seguir sua jornada.

Além dos mapas, você passa por diversas cidades onde a história do jogo costuma avançar e onde você também pode pegar sidequests para ganhar novas recompensas e conhecer um pouco a mais sobre o mundo do jogo.

Graficamente, Visions of Mana é um jogo bonito no que se propõe. O jogo não tenta usar um estilo gráfico super realista, ficando mais dentro do cartoon mesmo e usando visuais extremamente coloridos e vibrantes. Na minha análise, eu joguei na versão de PS5 do jogo, e não encontrei nenhum tipo de problema de performance no game.

A trilha sonora do jogo também é boa, principalmente os temas de batalha contra chefes e inimigos especiais, e a dublagem do jogo também é muito bem executada. Aqui, porém, vale uma ressalva: Visions of Mana não recebeu nem legendas em português, o que é realmente um problema para a nossa região, já que o jogo é carregado de textos e a menos que o jogador tenha algum conhecimento de inglês ou de japonês, ele vai acabar patinando na história e não aproveitando-a como poderia.

Mas e aí, Visions of Mana vale a pena?

Visions of Mana é um jogo que vai agradar aos fãs da franquia, mas que acaba levando bastante tempo até a história começar realmente a ficar interessante, o que pode acabar afastando os jogadores mais impacientes.

Até lá, o jogo é sustentado por um combate que é bem fácil, e essa facilidade acaba causando até um certo tédio em alguns momentos.

Além disso, o jogo comete o erro, pelo menos aqui no Brasil, de não vir nem com legendas em português, o que acaba prejudicando bastante a experiência e provavelmente a performance local dele.

Análise elaborada com uma cópia do jogo para PS5 fornecida pela publisher.