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Toy Soldiers: War Chest – Review

O gênero de Tower Defense geralmente é um tipo rápido de jogo onde você controla tudo de cima, prepara a base e assiste a ação desenrolar enquanto tenta corrigir os próprios erros estratégicos eventualmente cometidos. Fora isso, não há lá muita interação. Como dar uma mexida nesse tipo de jogo? Adicionando uma penca de novidades, como um modo em primeira pessoa e licenças de várias franquias famosas, ou pelo menos é isso o que Toy Soldiers: War Chest tenta fazer: dar uma chacoalhada no gênero. Será que o jogo consegue? Veja no nosso review.

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Em Toy Soldiers: War Chest, a ideia é basicamente recriar uma brincadeira de criança. Você tem o seu forte e inimigos começam a ataca-lo. Você deve defende-lo usando as mais variadas torres de tiros e outras estruturas e, como em qualquer Tower Defense, arrasar com qualquer unidade inimiga que ousar aparecer na sua tela. Após um nível tutorial que foi um pouco mais minucioso do que eu gostaria, o jogo começou de verdade e… sinceramente? Eu fiquei entediado rapidamente.

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O jogo te dá basicamente duas tarefas: construir torres e um modo de tiro em turrets semelhante ao que você joga em alguns jogos como nos mais variados FPS. Como as torres que você constrói não são lá muito inteligentes,você é basicamente forçado a assumir o controle de uma sempre, e ficar atirando em inimigos que vão aparecendo na tela e morrendo. O desafio do jogo é basicamente esse, e, claro, lidar com o constante aumento de unidades que vão aparecendo na tela e, novamente, isso acaba ficando velho rapidamente.

Para dar uma mexida no gameplay, você tem direito a usar algumas unidades especiais após encher uma barra de especial (que só se enche se você matar inimigos o suficiente com a torre no modo em primeira pessoa). Essas unidades são controladas exatamente como um jogo em terceira pessoa, ou seja, você anda pelo cenário e vai matando os soldados inimigos enquanto tenta desviar dos tiros que eles te dão e também tenta evitar que o seu personagem fique sem baterias (afinal, brinquedos precisam de baterias, senão eles não funcionam).

Os personagens que você pode controlar nesse modo são um pouco limitados a princípio e, caso você queira usar os personagens anunciados para o jogo, como o He-Man, ou algum personagem de Assassin’s Creed, é aí que as coisas ficam nada divertidas, afinal, eles estão disponíveis apenas a quem comprou a edição a edição Hall da Fama do Game. Obviamente, nem todo mundo ficou sabendo disso quando comprou o jogo a princípio, e descobrir isso só depois dentro do jogo não é a surpresa mais legal do mundo. Você também pode comprar esses personagens via DLC dentro do próprio game, o que é uma opção tão ruim quanto a anterior, e eu sinceramente me pergunto por que uma das novidades mais alardeadas do jogo está bloqueada atrás de um adicional pago. Não me parece uma boa ideia.

No mais, o jogo é basicamente o mesmo por doze fases. Você controla as suas defesas, dá upgrade nas torres para que elas sejam mais efetivas, mata unidades terrestres, aéreas, blindadas e assim por diante, enquanto tenta administrar seus recursos e evitar que a sua base seja atacada pelos inimigos. Eu realmente gostaria que houvesse algo a mais além disso, pois a experiência não foi lá muito divertida no primeiro nível. Repeti-la doze vezes certamente não é uma ideia tão animadora assim.

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Graficamente, Toy Soldiers: War Chest é mediano. O jogo não chega a ser lindo, mas também não é feio. Vale ressaltar que a versão de PC vem com os gráficos idênticos aos da versão de PS4 e Xbox One. Algo que me deixou realmente intrigado é o tempo que o jogo leva pra carregar. Um jogo com visuais simples como esse não deveria levar mais de 2 minutos pra carregar. Parece que o jogo tem que passar por todas as mensagens engraçadinhas de carregamento enquanto você fica ali esperando (tipo em The Sims). Isso é algo que deveria ser observado num patch futuro.

A trilha do jogo é interessante, mas vale ressaltar que o jogo não vem em português. Não que seja um desafio entender o que o jogo está te falando em inglês, mas seria legal se a Ubisoft tivesse localizado o jogo, afinal, a maioria esmagadora dos títulos deles vêm em português por essas bandas. Estranho um jogo focado mais no público infantil ter vindo apenas em inglês.

Resumo para os preguiçosos

Toy Soldiers: War Chest não empolga. O jogo realmente não me conquistou no tutorial e a repetição das mesmas tarefas por doze níveis não melhorou muito a minha opinião sobre o jogo. Se você gosta de atirar em alvos indefesos e manejar torres de defesa, esse jogo é pra você, mas fique atento: os personagens famosos anunciados na capa do jogo estão disponível apenas na edição Hall da Fama, que custa o dobro da versão normal.

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Nota final

50
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • O jogo tenta variar um pouco o estilo Tower Defense com a possibilidade de você controlar torres ou unidades especiais em meio ao campo de batalha

Contras

  • Jogo mal otimizado, os tempos de carregamento são absurdamente grandes
  • Parte significativa do conteúdo está presa atrás do DLC
  • O jogo não empolga, continua o mesmo durante todo o trajeto
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.