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The Walking Dead: Season 2 Episode 4 – Review

Atenção: Spoilers no texto todo. Não leia depois daqui se você não jogou ainda o capítulo.

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A Telltale liberou ontem o mais novo episódio de The Walking Dead e a impressão que eu fiquei foi de que… eu estava jogando um episódio de Game of Thrones, ou pelo menos um ensaio de como será Game of Thrones assim que a Telltale terminar essa temporada de The Walking Dead e iniciar a de Game of Thrones, ou também a de Borderlands, já que esse é outro jogo onde a morte impera nos quatro cantos do cenário.

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Enfim, o jogo começa exatamente onde o episódio anterior terminou, logo após ele obrigar você a tomar uma decisão complicadíssima entre dar uma machadada na mão de Sarita ou na cabeça do zumbi que havia acertado a mão dela. Seja qual for a sua decisão, fique sabendo que Sarita morre nas duas, com mais ou menos sofrimento, dependendo do que acontece, e você já começa a sentir pena de Kenny, que mais uma vez tem que enfrentar a morte de alguém que lhe é querido.

  • Nome: The Walking Dead: Season 2: In Harm’s Way
  • Plataforma: PC (usado no review), Xbox 360, PS3, PS Vita, iOS
  • Desenvolvedor/Publisher: Telltale Games/Telltale Games
  • Lançamento: 22/07/2014

Pobre Kenny, parece que a Telltale gosta de torturar o nosso caipira malucão. É como ele mesmo diz, “Eu continuo caminhando, mas os socos continuam vindo, e vindo, e vindo”. O episódio pode ser basicamente resumido nessa frase, pois a segunda temporada de The Walking Dead resume-se a isso, mas com o personagem principal sendo Clementine e os socos continuarem vindo.

Nesse episódio, nós temos uma oportunidade de vermos um pouco mais sobre outros personagens, como Rebecca e Jane, que entrou no grupo no capítulo passado. É interessante que, mesmo dando algum espaço para Rebecca, ela continua sendo um personagem dispensável, além de chato pra caramba. Ela parece ser aquela desgraça estra que todo grupo numa má situação costuma receber, afinal de contas, o que diabos fazemos com uma mulher grávida? É horrível dizer isso, mas ela era um estorvo, e não fazia a mínima questão de ser pelo menos simpática para atrair a afeição do público, tudo o que ela fazia era reclamar. Continuou reclamando nesse episódio.

Já Jane pode ser uma futura imagem de Clementine, como a Telltale sugeriu. Na verdade, Clem é uma mistura de todas as pessoas que já passaram pela vida dela, de Lee, a Luke a Jane. Ela parece ser um Carver menos louco e déspota, mas igualmente “fêmea alpha” e altamente prática no instinto de sobrevivência. As duas personagens passam boa parte do episódio juntas, com Jane ensinando alguns truques de sobrevivência para Clem e a garota basicamente assumindo toda a coordenação do grupo. Para vocês verem como eles estão esfacelados.

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Esse desenvolvimento pessoal é interessante, e o ápice do episódio acontece nas situações chave que isso implica. A principal, acredito que todos vão combinar comigo, é a morte ou salvamento de Sarah. Aquilo é algo que define o caráter de uma pessoa e a faz lembrar da decisão tomada para sempre. Eu acabei deixando Sarah. Ela não era uma personagem que me inspirava empatia. A garota era completamente louca e conseguia ser um estorvo maior ainda ao grupo do que a Rebecca era. Graças a ela, Nick morre e quase Luke se vai também.

É interessante notar que aqui começa a sacanagem da Telltale nesse episódio. Os personagens morrem como moscas daqui pra frente. Se você salvou Sarah, maravilha, mas ela morre logo em seguida num evento extremamente idiota. A garota estava marcada para morrer, por mais que você tivesse se esforçado e gasto até o último segundo para ajuda-la. É interessante, também, notar que o monumento da Guerra Civil representa exatamente o que está ocorrendo com o grupo, com um soldado carregando outro ferido nas costas. Se no meio da guerra eles fizeram isso, você também deveria ter feito. Ou pelo menos vai se sentir bem mal vendo aquela imagem e pensando se salvaria Sarah se tivesse outra oportunidade para isso.

Algo que eu gostei nesse episódio foi que houve bem mais situações de interação do jogador do que no episódio anterior. Por mais que The Walking Dead seja um jogo focado na história, poder fazer alguma coisa com ela às vezes é bom, e esse episódio conseguiu captar basicamente o que acontecia em todos os episódios da primeira temporada, ao invés de tornar-se um grande capítulo de “Você Decide” (me inspirei na nostalgia agora) onde você aperta um botão aqui, espera 30 minutos e aperta outro lá.

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Já no fim do episódio, uma nova complicação surge para o grupo de Clem e mais uma vez você é colocado em situação decisiva: atirar em Rebecca (que morreu e virou um zumbi) para salvar o filho dela ou pede a ajuda de alguém. Parece que nesses momentos eu só consigo tomar a decisão errada e, mais uma vez, a merda acerta o ventilador de maneira bonita. Eu sinceramente não sei o que pensar dos Russos. Ok, foi sacanagem ter roubado o russo manco, mas era uma situação inevitável, e parecia uma má ideia ir exatamente para onde Arvo havia ido, mas como Clementine não vai morrer nessa temporada (espero eu ao menos), todos os outros vão (ou boa parte deles), e nada melhor do que um bom e velho tiroteio para resolver as coisas.

O problema disso é que mais uma vez não dá para saber exatamente a que essa temporada se propõe além de mais uma série de tragédias na ida de Clem. Eles estão indo para algum lugar? Tentando fazer algo além de sobreviver? Eu espero que o último episódio da temporada nos traga essas respostas.

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Resumo para os preguiçosos

The Walking Dead chega a mais um momento decisivo de temporada com personagens entrando e saindo do grupo e, fora o crescimento de Clem como pessoa, não há um objetivo claro. Esse é um episódio extremamente pesado e cheio de perdas, mas que acaba sendo arranhado por algumas mortes bem bestas só para cortar parte do elenco que não é tão interessante assim.

Pros

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+ Os momentos com Kenny e Sarah são o ponto alto, assim como a relação entre Clem e Jane

Contras

– Algumas mortes sem o mínimo sentido só para cortar elenco

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Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

!

Contras

!

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.