Spoiler Alert: Não leia caso você não tenha terminado a primeira temporada de The Walking Dead, mas caso você queira começar a história daqui, saiba que dá pra jogar esse primeiro capítulo sem precisar saber muito da primeira temporada. Apesar disso, eu realmente recomendo que você jogue a primeira temporada antes.
Terminar The Walking Dead Season One me deixou com um gosto amargo na boca. O jogo foi uma das experiências mais gratificantes de entretenimento que eu já tive e bate praticamente qualquer seriado ou filme que eu já tenha assistido e, como eu já disse mais de uma vez, foi o primeiro jogo a me fazer chorar enquanto jogava. Eu fiquei triste pra caramba quando o jogo terminou, mas eu queria mais.
- Nome: The Walking Dead: Season 2: All That Remains
- Plataforma: PC (usado no review), Xbox 360, PS3, PS Vita, iOS
- Desenvolvedor/Publisher: Telltale Games/Telltale Games
- Lançamento: 17/12/2013
Passados alguns meses, a Telltale anunciou a segunda temporada de The Walking Dead e eu tinha apenas um medo: será que a companhia iria conseguir manter o mesmo nível da primeira temporada agora que Clementine e não Lee é o personagem principal? Seria um desafio gigantesco e não apenas por isso, já que a companhia tornou-se grande e está com uma porrada de projetos importantes no momento. Eu realmente tinha medo que a continuação de um dos jogos mais especiais para mim acabasse não atingindo as minhas expectativas. Felizmente, depois de ter terminado o primeiro capítulo, eu só tenho uma coisa pra dizer: o jogo é muito mais do que nós esperávamos.
The Walking Dead: Season 2 começa pouco tempo depois do fim da primeira temporada. Você controla Clementine, que começa o jogo com Crista e Omid, os dois sobreviventes da primeira temporada do jogo. Eu obviamente não vou entrar em detalhes sobre o que acontece na história do primeiro capítulo, mas jogo já começa te dando um soco na boca nos primeiros instantes de partida. Logo após isso, a ação pula 16 meses para aí sim a história começar.
E como ficou a história, agora que ela é centrada em Clementine e não em Lee apenas? Bom, se é que é possível, ela consegue ficar melhor ainda. Uma das melhores características de The Walking Dead é o fato de haver um grande senso de urgência enquanto você jogava, aqui, as coisas ficam maiores ainda. Você é uma garotinha de uns 11 anos que tem que sobreviver praticamente sozinho no meio de um mundo onde o pior (e o melhor às vezes) das pessoas aflora. Não bastasse isso, ainda há uma porrada de mortos vivos que estão querendo morder o seu pescoço.
O jogo consegue te grudar na frente da tela colocando uma história que toca o expectador de uma maneira única. Todo personagem da série está ali por algum motivo e vai fazer você gostar dele ou não. Alguns obviamente não aparecem por mais de três segundos, mas a Telltale faz um belo trabalho em inserir dramas e dilemas na vida de cada um dos personagens centrais do episódio.
Clementine está longe de ser um personagem que consegue se impor fisicamente, então você tem que recorrer ao cérebro para escapar das situações. O jogo continua te colocando em diversos apuros durante o primeiro capítulo, e te forçando a tomar decisões rápidas que trazem consequências permanentes à história.
Uma das melhores características da série, o fato de toda escolha ser uma renúncia (pra citar uma música do Fresno, acho eu, não lembro no momento, enfim) continua aqui e você vai ser colocado em momentos onde deve escolher entre um personagem e outro, sem nem ao menos saber que está fazendo isso.
Além desses momentos de escolha, o jogo também oferece alguns momentos de combate, afinal, o ponto fundamental da série é sobreviver. Felizmente, a Telltale melhorou a mecânica de combate e até os ícones das ações, que agora ficaram bem visíveis e mais intuitivos, já que cada botão necessário para executar uma ação recebe uma cor (seguindo o esquema de cores do controle do Xbox 360, se você tem um, jogue The Walking Dead com ele).
Os gráficos do jogo estão longe de fazer o queixo de qualquer um cair, mas fazem bem o papel a que se propõem, contar a história do jogo. A Telltale poderia ter gasto um bilhão de dólares trazendo gráficos de última geração para The Walking Dead, mas eu fico feliz de que o jogo tenha seguido a direção de arte da primeira temporada. Os visuais dão uma bela impressão de desenho animado/história em quadrinhos.
A trilha sonora de The Walking Dead faz um excelente serviço de aumentar a sua imersão dentro do jogo. Ela é composta por temas calmos e agitados, todos tocando na hora certa. Além disso, também há uma bela música que toca nos créditos, e que eu deveria ter anotado o nome para procurar depois.
Sobre os problemas que eu encontrei jogando, acredito que foram apenas dois: esse primeiro capítulo é um tanto curto. Eu demorei apenas 1h30 jogando ele, e fiquei com muito gosto de quero mais na boca após o fim. O segundo problema é que ele não tem a opção de legendas em português, e isso pode acabar afastando quem não entende o idioma inglês da série, já que o enfoque aqui está na narração e nos diálogos e não na ação, então, entenda isso, esse jogo está longe de ser um “vamos explodir os cérebros de zumbis”, ele é praticamente uma história interativa com alguns momentos onde você faz decisões. Pode não ser o que todo mundo está procurando, mas vocês já devem saber disso a essa altura do campeonato.
Resumo para os preguiçosos
The Walking Dead Season 2: All That Remains é um excelente começo de segunda temporada. O episódio infelizmente é meio curto (joguei ele em 1h30) e termina meio que abruptamente, mas se você jogou a primeira temporada, vai encontrar tudo o que você está esperando aqui.
Prós
+ The Walking Dead voltou!
+ Excelente narrativa
+ Clementine é uma protagonista à altura da série
+ O jogo não decepciona quem jogou a primeira temporada
Contras
– Curto demais para quem ficou meses esperando pela volta de The Walking Dead
– Sem legendas em português
Prós
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Contras
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