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The Mighty Quest for Epic Loot – Review

O que aconteceu se jogarmos em um caldeirão um jogo hack n’ slash e a mecânica característica de jogos mobile? Algo estranho talvez? Adicione a câmera isométrica consagrada por jogos como Diablo e o resultado final será com certeza The Mighty Quest for Epic Loot.

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Alem de um nome extenso, o game chama atenção por duas características principais. A primeira é por tratar-se de um jogo free-to-play característico da Ubisoft. A segunda é por possuir gráficos muito bonitos, com visual cartunesco e que são bastante agradáveis de olhar. Outro ponto interessante é a tentativa da Ubisoft de oferecer um produto diferenciado e com mecânicas pouco habituais para o público, buscando talvez criar algo que pudesse concorrer com outros títulos gratuitos e bastante jogados como os Mobas disponíveis por ai, ou até mesmo Diablo 3, que apesar de não ser gratuito mantem um público bastante fiel e até pouco tempo atrás também tinha suporte a micro-transações.

Mas vamos por partes. Afinal de contas qual é o objetivo de The Mighty Quest for Epic Loot? Segundo a história do jogo, a gananciosa cidade de opulência possuia cidadão tão ricos e ladrães tão astutos, que a solução para tentar impedir a roubalheira generalizada foi simplesmente elevar os castelos aos céus. Obviamente a tentativa não deu muito certo, já que o seu principal objetivo é invadir os castelos de outros players e roubar todo o ouro que conseguir.

É ai que entra a mecânica mobile citada acima. Quem esta acostumado a jogos como Clash of Clans e Boom Beach, da Super Cell, com certeza vai entender o que estou falando. Nestes dois jogos citados acima, você mantem uma vila como base principal e nela gerencia a coleta e o gerenciamento de recursos. Caso você queira construir alguma coisa mas ainda não possua todos os recursos necessários, uma das saídas é invadir uma vila inimiga e coletar o que precisa do inimigo. Dessa forma você acaba se divertindo no PvP, e de quebra ganha um loot bacana pra investir no que quer que seja.

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É claro que da mesma forma que o jogador pode atacar, ele pode ser atacado. Por isso, é necessário que se estabeleça um forte esquema defensivo caso você não queria que os seus coletores acabem gerando recursos somente para terceiros. Em The Mighty Quest for Epic Loot o esquema é praticamente o mesmo, mas a diferença aqui é que você não é obrigado a esperar longos dias até que tenha recursos suficientes ou construtores disponíveis para fazer alterações no seu castelo. O fato de você poder evoluir na velocidade que quiser sem necessitar esperar tanto tempo quanto em jogos similares para mobile, faz co que o gameplay fique bem mais interessante, e consequentemente, adaptado as mecânicas que agradam o público alvo.

Por mais que este seja o grande chamariz do jogo, essa mecânica acaba sendo também o seu maior problema. Apesar da ideia ser bastante interessante, a forma como a Ubisoft executou-a deixou bastante a desejar, já que o sistema de gerenciamento é um tanto quanto raso demais e não agrada quem gosta de levar esse tipo de jogo mais a sério. Com o passar do tempo e conforme a evolução do seu personagem e castelo o jogador acaba abrindo opções mais elaboradas para defender o seu castelo e consequentemente tem um desafio maior para invadir o castelo de outros jogadores, mas o problema é que até chegar a esse ponto a chance de você enjoar é bastante grande.

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Lembra que eu elogiei o visual do game no início do texto? Pois bem, ele realmente é bacana e tudo mais, só que ele também acaba sendo um ponto negativo depois de um certo tempo, uma espécie de faca de dois gumes. Em alguns momentos o aspecto cartunesco e bem humorado realmente agrada bastante, afinal de contas não é todo dia que se vê uma armadilha de rodas de espinhos sendo pilotada por uma galinha, só que depois de certo ponto esse humor descolado acaba por tornar-se muito bobo e infantil. Em alguns momentos, eu senti como se o próprio jogo não se levasse a sério e simplesmente perdi a vontade de investir mais tempo nele.

A Mecânica é muito semelhante a jogos como Diablo ou até mesmo Torchlight, só que muito mais simplificada. Existem ao todo quatro personagens disponíveis para o jogador escolher, duas meeles e duas ranged. Como meele o jogador pode escolher entre o Knight, um cavaleiro meio abobalhado que possuiu uma defesa bastante grande e dano moderado, e a Runaway “música” que possui um baixo em forma de machado, atributos mais equilibrados e baseia-se mais nas skills do que nos ataques básicos para causar dano. O jogador que tem preferência por classes que causem dano a distância pode escolher entre o Archer, que como o próprio nome já diz usa arco e flecha juntamente com armadilhas para conseguir sobreviver, e o Mago que como em quase todos os outros jogos do estilo tem uma resistência bastante baixa, mas um dano bastante alto através das suas magias.

Por mais que a mecânica seja parecida coma de Diablo, ela resume-se a isso. Parece, mas bem de longe. A quantidade de Skills é bastante baixa na minha opinião, e confesso que quando joguei o beta em 2013 achei que esse fosse um dos pontos a sofre alterações. Em alguns momentos, parece que o jogo tenta tornar o gameplay muito fácil para atrair novos jogadores, mas que esquece de aumentar a dificuldade com o passar do tempo para agradar também quem já possui um pouco mais de experiência ou até mesmo quem busca por desafios maiores. Conheço gente que disse ter se agradado com essa mecânica simples, mas que ela acaba limitando o estilo de jogo, isso é fato.

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Resumo para os preguiçosos

The Might Quest for Epic Loot não deixa de ser um jogo legal. Tem seus pontos altos e um proposta bastante interessante, mas infelizmente resume-se a isso, uma proposta. A Ubisoft teve novamente a chance de criar algo memorável e capaz até mesmo de criar uma tendência se bem executado, mas infelizmente o game acaba se tornando em alguns momentos apenas mais uma plataforma para que a Ubi possa oferecer benefícios a quem quiser desembolsar mais uma graninha. Caso você queira encarar o desafio, com certeza vai se divertir bastante, mas caso concorde comigo, infelizmente essa diversão toda não vai durar muito.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Gráficos bastante aprimorados para um game Free to Play
  • Grande possibilidade de personalização

Contras

  • Visual intantil e cartunesco pode dar a entender que o próprio jogo não se leva a sério
  • Microtransações podem desequilibrar o gameplay de forma bastante acentuada
  • Mecanica de jogo muito rasa
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1 COMENTÁRIO

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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.