Desenvolvido pela Twirlbound, The Knightling chega com a proposta de ser um jogo de ação e aventura que mistura exploração, combate e resolução de quebra-cabeças. No papel de um aprendiz em treinamento, precisamos assumir responsabilidades maiores após o desaparecimento do lendário Sir Lionstone, o cavaleiro mais poderoso do mundo. Hoje falaremos sobre nossa experiência com o jogo e se ele realmente vale a pena.
A jornada em The Knightling começa com o Aprendiz retornando de uma missão ao lado de Sir Lionstone. No caminho, descobrimos uma caverna cheia de armas feitas de Callyrium, um material raro e poderoso. Antes que possamos decidir o que fazer com a descoberta, um inimigo formidável chamado Earthbound aparece. Enquanto Lionstone o enfrenta diretamente, precisamos agir para ajudar. A batalha culmina com o herói nos salvando de um golpe fatal ao lançar seu escudo lendário, mas o inimigo consegue escapar.
Lionstone parte em perseguição e deixa para trás seu escudo e sua luva, confiando ao Aprendiz não apenas uma arma, mas também a responsabilidade de proteger a cidade. Após algum tempo, recebemos a notícia de que o cavaleiro não retornará tão cedo, pois pretende investigar o surgimento da criatura misteriosa. Cabe a nós seguir em busca de respostas e explorar os perigos de Clesseia.

The Knightling se sustenta em três pilares principais: exploração, combate e resolução de puzzles. Grande parte do tempo será gasta explorando o vasto mundo de Clesseia, enfrentando inimigos e resolvendo enigmas para abrir passagens secretas, acessar criptas ou encontrar tesouros.
O destaque fica para o escudo lendário de Lionstone, que além de ser a principal arma do Aprendiz, também serve como meio de locomoção. Podemos usá-lo para deslizar por colinas ou até como planador, em uma clara inspiração de títulos como Breath of the Wild. Esse elemento dá ao jogo uma sensação única de liberdade e criatividade durante a exploração.
A evolução do personagem se dá por meio dos Elogios, que funcionam como pontos de experiência. Eles podem ser usados em instrutores espalhados pelo mapa, que melhoram habilidades e combos, e também em ferreiros, responsáveis por aprimorar o escudo com novos atributos. Além disso, peças obtidas em baús ou derrotando monstros permitem upgrades adicionais, aumentando dano e desbloqueando novas funções.

O sistema de combate em The Knightling é interessante, embora apresente alguns problemas de ritmo. Inimigos com armaduras, por exemplo, exigem combos aéreos para serem derrotados de forma mais eficiente, enquanto inimigos pesados só sofrem dano significativo após terem a postura quebrada. Para isso, podemos usar golpes básicos com o escudo, arremessos, contra-ataques e o parry, defesa realizada no tempo exato que causa grande dano na postura inimiga.
O ponto negativo do sistema de combate está na lentidão da resposta após executar um ataque. Muitas vezes, ao tentar se defender durante um combo, o Aprendiz não consegue interromper a ação, tornando o combate mais “pesado” do que deveria, principalmente contra inimigos velozes. Ainda assim, a experiência é funcional e divertida, mesmo que alguns inimigos possuam excesso de HP, prolongando batalhas além do necessário.
As missões secundárias do jogo seguem o padrão já conhecido do gênero. Elas envolvem derrotar grupos de monstros ou bandidos, percursos de velocidade com o escudo, investigações de áreas e coleta de segredos. Não há nada inovador, mas cumprem bem o papel de enriquecer o mundo e oferecer conteúdo adicional aos jogadores que buscam explorar tudo o que o game tem a oferecer.

Visualmente, The Knightling é charmoso. O jogo aposta em cores vibrantes, cenários bem detalhados e inimigos estilizados, criando uma atmosfera cativante para a exploração. Porém, a experiência sofre com problemas técnicos, principalmente quedas de FPS no PlayStation 5 base. Apesar de não inviabilizar a jogabilidade, esses problemas prejudicam a imersão e devem ser corrigidos em futuras atualizações.
O jogo apresenta poucos momentos de dublagem, geralmente limitados ao escudo lendário. Outro ponto negativo é a ausência de localização em português, tanto nos textos quanto nas vozes. Isso pode afastar parte do público, já que a experiência envolve grande quantidade de diálogos e descrições.
Mas e aí, The Knightling vale a pena?
No fim, The Knightling se mostra um jogo promissor que equilibra bem o combate, exploração e progressão, mas que precisa de ajustes técnicos para alcançar seu verdadeiro potencial. Para quem aprecia títulos de ação e aventura com foco em exploração e um toque de criatividade nas mecânicas, a jornada pelo mundo de Clesseia certamente vale a pena, desde que esteja preparado para lidar com alguns tropeços técnicos e a barreira do idioma.
Rewiew elaborado com uma cópia do jogo para PlayStation 5 fornecido pela publisher.
Resumo para os preguiçosos
The Knightling entrega uma experiência sólida de ação e aventura, com exploração, puzzles interessantes e um combate competente, mesmo que um pouco travado em alguns momentos. A criatividade no uso do escudo como arma e meio de locomoção é um dos grandes diferenciais do jogo, ainda que a falta de polimento técnico e a ausência de tradução possam pesar para alguns jogadores.
Prós
- Progressão de habilidades
- Variedade de inimigos e formas de enfrentá-los
Contras
- Problemas de FPS
- Combate poderia ser um pouco mais fluído
- Jogo não está disponível em português