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The Final Station – Review

Desenvolvido pela Do My Best Games e publicado pela tinyBuild (desenvolvedora de No Time to Explain), The Final Station coloca o jogador na pele de um maquinista de trem em um mundo pós-apocalíptico que tem como missão entregar cargas de uma cidade para outra, enquanto se livra das criaturas que encontra no meio do caminho.

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O jogo nos dá pouquíssimas informações sobre o que está acontecendo ou o porquê de estarmos fazendo as entregas, fazendo com que o jogador apenas siga as ordens dadas pelos superiores. Mas não entenda errado, esse é um dos pontos fortes do jogo, todo o universo e enredo de The Final Station são construídos de uma forma tão enigmática que sempre que você pensa ter encontrado uma resposta, uma pergunta ainda maior surge logo em seguida, deixando o jogador curioso do início ao fim da campanha.

O gameplay de The Final Station é muito simples e se divide em duas partes: A primeira é gerenciar o trem entre uma cidade e outra; cada vagão tem um mecanismo ou válvula que regula a temperatura ou a voltagem de seu respectivo vagão, e o jogador deve ficar atento para não deixar o vagão superaquecer, além de ter que cuidar da saúde e da fome dos sobreviventes que encontramos durante as paradas nas cidades, também temos um menu no primeiro vagão que nos mostra o mapa com as cidades e rotas do jogo, um sistema de crafting muito simples que nos permite criar munição e kits médicos, e uma espécie de chat com outros maquinistas, que vão surgindo conforme avançamos no jogo, e servem apenas para nos dar um pouco mais de contexto sobre o mundo a nossa volta.

A segunda parte do gameplay se inicia sempre que o trem passa por uma cidade; o maquinista é obrigado a descer do trem e ir atrás do código de liberação para poder abrir a rota e avançar até a próxima cidade, porém nem todas as cidades são povoadas — pelo menos não por humanos. Cada cidade possui um código de liberação que deve ser encontrado para podermos prosseguir, e este código sempre fica no fim da fase, obrigando o jogador a enfrentar os inimigos espalhados pela cidade. E infelizmente os inimigos são um dos pontos fracos de The Final Station, sua variedade é mínima. São cerca de seis tipos de inimigos no total e a única coisa que os difere são os seus tamanhos e comportamentos, o que chega a deixar o jogo um pouco monótono.

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E para podermos enfrentar os inimigos do jogo (que não possuem um nome específico), contamos com um minúsculo arsenal de três armas: uma pistola, uma escopeta e um rifle que substitui a pistola. Porém, a munição é um pouco escassa no jogo e bolar uma estratégia sempre que encontrar um novo grupo de inimigos é essencial para a vitória. A maioria dos inimigos morre com apenas um tiro na cabeça, mas a mira é um pouco confusa e rápida demais, fazendo com que o jogador erre bastante tiros até se acostumar com ela. Cadeiras e objetos pesados também podem ser jogados na direção dos inimigos, matando-os instantaneamente, tornando essencial o uso desses objetos em situações mais complicadas.

Enquanto procura pelo código na cidade, o jogador encontrará sobreviventes e refugiados que entrarão no trem na esperança de chegarem vivos até a próxima cidade principal, que é onde o jogador deve levar a carga e conseguir outra missão. Cada sobrevivente possui uma história e uma recompensa única caso o jogador consiga deixá-lo vivo até chegar à cidade. Quanto mais sobreviventes no trem, mais difícil fica de mantê-los vivos, pois tanto a comida quanto os medicamentos são escassos no jogo, então é provável que algum dos sobreviventes irá morrer no caminho. Os sobreviventes também conversam entre si durante o caminho entre uma cidade e outra, falando sobre suas histórias, levantando teorias e perguntas, ou até mesmo discutindo por terem ideologias diferentes. Esses diálogos ajudam muito a deixar o jogador imerso no ambiente e o deixa ainda mais curioso sobre o que está acontecendo no mundo.

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Infelizmente, o jogo termina com mais perguntas do que respostas, e não dura o bastante para satisfazer a curiosidade do jogador. Na verdade, é possível terminar The Final Station em menos de três horas, coisa que não deixará quem pagou o preço total do jogo muito feliz.

Mesmo com gráficos pixelados, The Final Station ainda tem paisagens muito bonitas passando ao fundo enquanto viajamos de trem, e confesso que algumas me deixaram impressionado com a quantidade de detalhes; os jogadores que adoram tirar Screenshots terão várias oportunidades de fazê-lo durante suas viagens. A trilha sonora é melancólica e parada, para combinar com o ritmo do jogo, mas não é muito memorável, mesmo sendo boa.

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Por fim, The Final Station é um jogo com um universo enigmático muito bem construído, que deixa o jogador curioso do início ao fim, mas que acaba rápido demais para satisfazer esta curiosidade. Com um gameplay divertido porém pouco desafiador, paisagens muito bem feitas e uma história bem trabalhada, The Final Station é uma boa opção para aqueles que querem uma experiência diferente do normal, sem precisar gastar muito.

Review elaborado com uma chave do jogo cedida pela desenvolvedora.

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Resumo para os preguiçosos

The Final Station é um jogo com um universo e uma história muito bem feitos, com um gameplay divertido e que leva o jogador a explorar cada cantinho de mapa possível para tentar descobrir mais sobre a história. E mesmo tendo uma variação mínima de armas e inimigos e sendo curto, ainda é um jogo que ficará na memória do jogador por um bom tempo.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Universo e história muito bem construídos
  • Paisagens muito bonitas e bem feitas
  • Deixa o jogador curioso e imerso do início ao fim

Contras

  • Poucos tipos de inimigos e armas
  • Muito curto
  • Cria mais perguntas do que responde
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David Brito
David Britohttp://criticalhits.com.br
Fã de Roguelikes e J-RPGs, David passa a maior parte do seu tempo livre testando novos jogos e lembrando a todos o quanto ele ama a franquia Persona.