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The Ascent – Review

O universo Cyberpunk nunca esteve tão em alta quanto na atualidade, seja em filmes como a recente revitalização das franquias Mad Max e Blade Runner, seja com jogos como Rage 2 e Cyberpunk 2077, e The Ascent é mais um jogo para somar-se a este gênero. Com o lançamento garantido no Xbox Game Pass a partir do dia 1, será que The Ascent vale a pena?

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Em The Ascent, você controla um personagem criado por você mesmo que foi escravizado por uma megacorporação chamada The Ascent Group. Depois da queda desta corporação, a arcologia (uma espécie de cidade autosuficiente futurista) em que você e milhares de pessoas vivem acaba degenerando para o caos, e agora você deve evitar uma guerra generalizada entre as facções e descobrir o que causou esta queda do The Ascent Group.

Para isso, você jogará uma mistura de twin-stick shooter com RPG, onde você terá que avançar pelos mais diversos setores da Arcologia, enfrentar tanto inimigos humanos e humanoides quanto robôs e criaturas mutantes, conversar com outros NPC, ler toneladas de texto e assim por diante.

The Ascent - Review

Apesar da jogabilidade ser no estilo Twin Stick Shooter, ou seja, onde você corre com um analógico e mira com o outro, The Ascent tem um gameplay que lembra bem mais o estilo dos jogos inspirados em Diablo, com você correndo por cenários, pegando loot, melhorando técnicas, subindo de nível e assim por diante, ou seja, se fosse para definirmos a jogabilidade do jogo, ela seria uma mescla desses dois, com algumas adições interessantes, como você poder esconder-se atrás de paredes e muros para diminuir a precisão dos tiros dos seus adversários.

Mas ela é divertida? Sim, ela é, apesar de bastante repetitiva, The Ascent conta com um gameplay que é interessante e que daria tranquilamente para você passar as tardes jogando, não fossem os problemas que o jogo acabou apresentando no tempo em que eu estive com ele.

Para começar, o jogo tem um sistema de progressão muito quebrado. Mesmo que você esteja no nível dos seus inimigos, há momentos em que eles vão te derreter na bala, te forçando a fazer quests opcionais (que acabam virando obrigatórias, pois sem elas você simplesmente não consegue avançar na história) e a caçar inimigos por aí para subir de nível e melhorar os seus equipamentos.

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The Ascent - Review

Aqui, na minha opinião, acaba sendo o maior pecado de The Ascent. Diferente de jogos como Diablo e Path of Exile, ele é punitivo demais no sistema de combate, o que acaba transformando uma experiência que deveria ser divertida em algo frustrante. Não é legal estar um ou dois níveis acima dos seus inimigos e o jogo jogar 20 inimigos na tela e você não ter o que fazer a não ser fugir, pescar um, matar ele, fugir de novo e assim repetir mais 10 ou 15 vezes.

Isso acaba tornando o gameplay repetitivo do jogo, que poderia ser algo positivo já que The Ascent poderia ser um ótimo jogo para se espairecer, por exemplo, num exercício de frustração e pouco progresso. E se esse fosse o único problema de The Ascent ainda vá lá, mas o jogo é cheio de problemas técnicos.

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Eu simplesmente não consegui terminar o jogo porque ele insistiu em travar sempre na mesma missão da história principal, me jogando de volta para a tela de começo do jogo, e me colocando no começo da missão quando eu recarregava o save, cinco vezes seguidas. Foi nesse momento em que eu disse chega e desisti do jogo, e essa não havia sido a primeira vez em que eu encontrei problemas técnicos no game.

The Ascent - Review

Antes disso, numa das primeiras missões do jogo, eu tive que recarregar o meu save para que o jogo entendesse que eu tinha chegado numa área e fazer os inimigos aparecerem para então matá-los. Depois disso, numa missão o sistema de waypoints do jogo travou e me mostrou dois caminhos para seguir no mapa, e eu que adivinhasse o caminho certo.

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Para completar, o sistema de navegação do jogo também está cheio de problemas, já que mais de uma vez ele me mandava para o lado oposto do caminho certo (vai ver ele queria que eu provasse que a Terra era redonda e chegasse pelo outro lado) e direto para inimigos 10 a 15 níveis mais altos do que o meu que me matavam em dois tiros.

Isso sem falar no problema da localização do jogo em português. Há diversos menus que misturam português e inglês, dando a impressão de desleixo ou de um lançamento realmente apressado e que acabou ignorando todos esses problemas para cumprir um prazo.

The Ascent - Review

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O pior de tudo é que todos esses problemas acabam triando o brilho de duas características muito positivas de The Ascent: os gráficos do jogo e a história que foi criada para ele.

O mundo de The Ascent é um lugar cheio de vida e cheio de histórias e personagens interessantes, mas que infelizmente por causa dos problemas técnicos acabaram me fazendo me importar muito pouco com ele. Se o jogo tivesse sido lançado redondinho, e balanceado, a coisa provavelmente seria diferente.

E os gráficos do jogo são um show à parte. O jogo realmente ficou extremamente bonito. No Xbox Series X, onde eu joguei a maior parte do jogo, principalmente, ele é um espetáculo visual. No Xbox Series S ele também está muito bonito e com uma ótima performance. Já trilha sonora de The Ascent é ok, não chega a ser maravilhosa, mas também não compromete.

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Mas e aí, The Ascent vale a pena?

The Ascent é um jogo que eu provavelmente conseguiria terminar na inércia ou para esvaziar a cabeça tranquilamente, não fossem os problemas de balanceamento e os diversos problemas técnicos que o jogo apresentou durante o tempo que eu fiquei com ele. Como ele está incluso no Gamepass, vale a pena testar e ver se você vai gostar, mas se a compra fosse necessária, eu não recomendaria o jogo, a menos que os problemas técnicos fossem corrigidos, e mesmo assim, somente numa promoção generosa.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox Series X e Series S disponibilizada pelo Xbox Gamepass.

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Resumo para os preguiçosos

The Ascent é um jogo que eu provavelmente conseguiria terminar na inércia ou para esvaziar a cabeça tranquilamente, não fossem os problemas de balanceamento e os diversos problemas técnicos que o jogo apresentou durante o tempo que eu fiquei com ele. Como ele está incluso no Gamepass, vale a pena testar e ver se você vai gostar, mas se a compra fosse necessária, eu não recomendaria o jogo, a menos que os problemas técnicos fossem corrigidos, e mesmo assim, somente numa promoção generosa.

Nota final

40
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Belos gráficos
  • Mundo bastante rico

Contras

  • Gameplay repetitivo
  • Jogo cheio de problemas técnicos, como travamentos em missões e mapas que te mandam pro lugar errado
  • Balanceamento mal feito, com o jogo te obrigando a perder tempo em quests opcionais para avançar na história mesmo estando com o nível mais alto que os mobs
  • Localização pela metade, vários menus do jogo estão com termos em inglês
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.