Tembo the Badass Elephant – Review

Eu sou um fã dos filmes de ação dos anos 80 e acho que Rambo é um dos melhores filmes de todos os tempos do gênero. Quando eu vi que o estúdio responsável por Pokémon estava para lançar um jogo onde você controla uma versão paquiderme do soldado interpretado por Sylvester Stallone e deve acabar com uma invasão de um exército, eu fiquei bem intrigado, já que a ideia parece bem maluca. Tembo the Badass Elephant é exatamente isso.

Em Tembo the Badass Elephant, você controla Tembo, o elefante fodão (tradução livre) e tem que libertar seja lá qual país você está das garras de uma invasão militar. Para isso, você conta com uma série de movimentos, como cabeçadas, dashs, tiros de água e pulos, num jogo de plataforma bem tradicional, com uma pequena diferença: ele é bem rápido.

Com Tembo, você pode avançar pelos cenários com uma velocidade impressionante e atropelar inimigos, destruir blocos, coletar amendoins (é claro que eles não poderiam deixar de comparecer) e ainda salvar civis que acabaram sendo capturados pelo exército inimigo. O seu objetivo em toda fase basicamente divide-se entre resgatar civis e matar inimigos e, se você está louco pra chegar no fim do jogo o quanto antes, você vai precisar fazer o segundo.

Um dos pontos mais legais do jogo, aliás, é esse ritmo bem rápido que as fases podem ser concluídas. É possível apertar o botão Quadrado (ou X, se você joga no Xbox One) e segura-lo pela fase toda enquanto você ê inimigos, carros e paredes indo abaixo em sucessão, e isso é realmente divertido de se fazer, ainda que eu volta e meia acabe errando um pulo ou outro e sendo atingido.

A progressão inicial de fases em Tembo é bem simples, e o jogo é bem fácil a princípio, mas a dificuldade vai aumentando gradualmente conforme as fases avançam. Além disso, algumas mecânicas novas são introduzidas, como pulos giratórios, apagar o fogo (você não tem uma tromba por nada) e outros tipos de desafios que variam bem a jogabilidade.

O problema da progressão, e você vai entender agora porque eu falei sobre matar inimigos, é que, para acessar certas fases, você precisa matar um número X de inimigos nas anteriores, o que vai acabar te forçando a rejogar fases antigas só para matar inimigos. Eu tive que fazer isso já na primeira barreira que apareceu por causa de uma fase difícil onde, sem querer, eu acabei ignorando mais de 100 inimigos. Imagine a minha cara de vontade de rejogar toda a fase só por causa disso.

Até aí tudo bem, é só prestar mais atenção, já que as fases de Tembo são bem grandes e com várias áreas opcionais, mas o problema real surge quando o jogo te manda escolher entre dois caminhos. Digamos que você pegue o caminho A, os soldados que você mataria no caminho B não vão estar ali, então, caso faltem soldados pra você seguir pra próxima fase, parabéns, você vai ter que rejogar a fase e aí seguir pelo caminho B. Não que rejogar as fases não é legal, mas ser forçado a isso é meio chato.

Ao todo, são 17 fases no jogo, com objetivos variados e design bem variado entre elas. Como você acaba precisando rejogar algumas fases, o tempo de duração do jogo acaba variando entre 6 e 9 horas, mas saber que parte desse tempo foi gasto sendo obrigado a rejogar parte das fases só porque o jogo colocou uma barreira ali não é legal.

Apesar do visual infantil de Tembo, não se engane, o jogo não é fácil. Eu morri várias vezes durante o tempo em que passei jogando Tembo e acabei fazendo bom uso dos milhares de amendoins coletados durante as fases (junte 300 e troque por um pote de manteiga de amendoim, que serve como uma vida para o nosso herói), então fique atento, o jogo pode te surpreender nesse quesito.

Graficamente, Tembo the Badass Elephant é bem bonito. O jogo tem visuais bem coloridos e, mesmo com a ação frenética na tela, não há slowdowns no framerate. A trilha sonora do jogo é boa, mas nada demais. O jogo realmente não tem músicas marcantes.

Review elaborado numa versão para PS4 do jogo. Código de review fornecido pela produtora.