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Super Time Force – Review

A viagem no tempo é um tópico bastante explorado em diversos tipos de mídia, inclusive nos videogames, mas e se um jogo decidisse pegar esse conceito e jogar na potência mil? É mais ou menos  o que Super Time Force traz para nós, e é divertido pra caramba.

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Em Super Time Force, você comanda um esquadrão de soldados (com nomes baseados em atores de filmes de ação dos anos 80, como Rambo e Blade Runner) que deve modificar uma série de eventos que ocorreram na nossa história, a começar pelo ano de 198x. Nesse ano, a viagem ao tempo foi descoberta por um cientista maluco que é o chefe do Super Time Force. O problema é que o planeta Terra é invadido segundos depois por uma força alienígena. Como você tem o poder de manipular o tempo, isso não é um grande problema, já que é só voltar nele e destruir todos os inimigos que aparecem, certo? E é exatamente isso o que o doutor faz, voltando ao exato momento da descoberta e conversando consigo mesmo.

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Antes do jogo começar de fato, ele te coloca num tutorial que parece um pouco mais complicado do que o jogo é em si. Ele pega cada aspecto do jogo e vai indo passo a passo para que você aprenda todos os truques de cara. Por que isso? Porque as fases não dão arrego, todas são difíceis pra cacete se você não entender as minúcias da viagem no tempo.

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O jogo em si funciona como um bullet hell (no estilo Metal Slug) com uma pequena diferença: você tem 60 segundos para cruzar a fase e você pode manipular o tempo para voltar segundos antes das suas mortes. O jogo te dá 30 voltas ao tempo (chamados aqui de Time Out) que podem ser usados da maneira como você quiser. Cada vez que você usa, o que você fez até agora continua contando, então é possível ter 10 personagens seus ao mesmo tempo na tela atirando pra tudo o que é lado.

Muitas vezes você realmente vai precisar dessa quantidade de poder de fogo pois o jogo faz muitas coisas acontecerem simultaneamente na tela. Você tem que matar inimigos, salvar outros combatentes, pegar power ups, enfim, nada como estar em 10 lugares diferentes ao mesmo tempo para fazer isso.

Uma adição interessante desse sistema é que, caso você tenha morrido e volte no tempo, é possível evitar a morte do seu outro “eu” e assim adquirir esse personagem que deveria estar morto. Ao fazer isso, você controle dois ou mais personagens ao mesmo tempo, duplicando o seu poder de fogo (ou triplicando, quadruplicando, enfim, você pode ter uma cacetada de bonequinhos atirando simultaneamente) e facilitando um pouco a sua vida.

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O sistema de combate de Super Time Force é extremamente divertido, pois como você tem um tempo bem limitado em cada estágio, é necessário que você mande versões suas para executar tarefas diferentes enquanto o seu “eu” principal segue o menor caminho possível para chegar ao fim das fases.

No jogo, você conta com três soldados inicialmente que têm habilidades diferentes. Esse grupo de soldados vai aumentando com o tempo, conforme você vai resgatando sobreviventes de outras eras e adicionando habilidades à sua caixa de ferramentas, além de permitir que você termine fases já completadas de maneira mais rápida ou com mais itens.

Para ajudar um pouco essa tarefa, a Capybara colocou dois power ups que dão uma mãozinha: um relógio que adiciona 10 segundos no seu cronômetro (e que geralmente aparece umas 3 ou 4 vezes por estágio) e uma dobra no tempo que inicia um bullet time no estilo Max Payne. O legal dessa dobra é que, caso você morra após executá-la e volte no tempo, dá para ver uma versão sua a mil por hora na tela metendo bala em tudo o que é canto, bem mais rápido do que as outras versões de você que não tiveram acesso ao power up.

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Os estágios do jogo passam por diversos períodos da história e têm propósitos diferentes. Alguns deles são para salvar a humanidade e outros… porque o doutor quis, como a viagem à pré-história apenas para salvar os dinossauros e criar uma sociedade onde humanos e dinossauros possam conviver juntos. O jogo é maluco assim mesmo.

Ao final de cada fase, o jogo toca um replay mostrando a ação sem voltas ao tempo, com os seus vários eu morrendo, tipo o replay de Super Meat Boy.

Com todas essas adições ao gameplay, infelizmente Super Time Force tem um pequeno problema: o jogo é exclusivamente Single Player. Como não seria nada funcional um personagem voltando no tempo enquanto o outro não morreu, a Capybara preferiu manter o jogo apenas para um jogador. A diversão é muito grande mesmo sozinho e eu sinceramente não imagino como eles conseguiriam fazer duas pessoas diferentes controlarem o tempo simultaneamente, mas fica o registro de que esse é um jogo apenas para uma pessoa.

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Outro probleminha é que de vez em quando o jogo entra no modo bullet time sem querer e sem te tornar mais rápido, ou seja, o tempo se arrasta do nada e você fica preso com tudo lento na tela, incluindo você. Nada que uma morte, ou uma volta no tempo, não resolvam isso, e isso aconteceu duas vezes apenas durante todo o tempo que eu joguei, mas fica aqui o registro.

 Graficamente, Super Time Force é lindo. O jogo tem um pixel art muito bonito e não dá uma engasgada sequer, mesmo com zilhões de tiros na tela. O jogo também está bem animado e tem várias referências sutis a filmes e jogos, como um esqueleto dentro de uma geladeira (quem jogou Fallout 3 e viu Indiana Jones sabe do que eu estou falando).

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A trilha sonora do jogo também ficou muito legal. Ela toda é composta de chiptune e acaba combinando muito bem com os gráficos, inclusive tendo uma ou duas músicas que acabam ficando na cabeça.

Resumo para os preguiçosos

Super Time Force é uma mistura bem interessante de bullet hell com a viagem no tempo. O jogo é muito divertido e, assim que dominados os conceitos iniciais, vai te permitir terminar as fases de diferentes formas. O jogo conta com um pixel art muito bonito e uma trilha sonora que casa bem com a ação. Só é uma pena que não há como mais de uma pessoa jogá-lo ao mesmo tempo.

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Ação frenética sem engasgos
  • Viajar no tempo e ter versões paralelas de si mesmo é muito divertido
  • Gráficos e trilha sonora casam muito bem

Contras

  • Um ou dois momentos em que o jogo vai te colocar num bullet time involuntário que pode acabar fazendo você perder segundos preciosos
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.