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Super Smash Bros. for Nintendo 3DS – Review

Há cerca de 10 anos, lá por 2003 ou 2004, eu cometi um grande erro na hora de escolher meu console da geração marcada por PlayStation 2, Xbox e GameCube comprando o último. Não exatamente por causa do console em si, mas com jogos custando 250 reais no Brasil (que na época valiam bem mais do que nos dias de hoje) as opções de entretenimento eram bem poucas, ainda mais comparadas com a porrada de jogos que se poderia comprar com esse dinheiro para PS2 no camelô mais próximo. Uma destas opções era Super Smash Bros Melee, um jogo que eu joguei à exaustão. Dez anos depois, cá estamos novamente com mais um título da franquia.

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Super Smash Bros para o Nintendo 3DS é mais uma edição do gigantesco fanservice que a Nintendo faz a cada geração. Se tem uma coisa que a companhia realmente é imbatível é nisso, recompensar os fãs pela fidelidade deles, colocando conteúdos que fazem sentido entre si, por mais que façam parte das mais diferentes franquias da empresa, e Super Smash Bros é a definição máxima disso: um jogo de luta envolvendo os mais variados personagens da Nintendo e alguns convidados, como Mega Man, Sonic e Pac Man, mas o jogo vai muito além da pancadaria, trazendo uma cacetada de modos.

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Apesar disso, obviamente o combate do jogo é o ponto principal dele, e Super Smash Bros não decepciona. Cada lutador tem seu estilo de combate e o joystick do 3DS se encaixa bem com o combate. Há uma certa estranheza no início, mas que após algumas lutas acaba passando (principalmente na hora de lembrar que para pular existe um botão dedicado a isso e que os botões de ombro do portátil não são para bonito). O único problema que eu encontrei e que muita gente também encontrou é que o analógico do 3DS provavelmente não dura muito depois do lançamento desse jogo, já que todos os comandos principais de ataque são feitos na combinação do botão de ataque + direção no analógico. Se o seu 3DS sobreviveu ao método de farmar ovos em Louminose City, prepare-se, pois é bem possível que ele acabe dando PT graças a Super Smash Bros.

Para quem nunca jogou, Super Smash Bros é basicamente um jogo de luta. Você e outros três adversários trocam porrada e quem vencer mais rounds (ou melhor, quem joga mais gente pra fora do mapa) vence. Para isso, cada um tem uma barra de energia que vai aumentando a possibilidade do adversário ser arremessado pra fora do mapa. Quanto maior a porcentagem, mais longe ele voa quando é acertado. Você pode tentar evitar cair fora do mapa com alguns truques, como pulos duplos e afins, e é muito legal ver as pessoas se desesperando para não cair fora dele. Além dos ataques de cada um dos personagens, você ainda pode usar itens como sabres de luz, pokébolas (que colocam pokémon na luta e deixam tudo mais caótico ainda), martelos, etc. A quantidade de itens e os efeitos dele são sensacionais e podem virar o rumo de uma luta em questão de segundos.

Ao todo, Super Smash Bros tem 49 personagens, sendo 37 disponíveis desde o começo do jogo. Eu não cheguei a jogar com todos, mas o meu preferido aqui foi o Charizard. Diversos veteranos da franquia voltam ao game, como Mario e Samus. Além disso, temos alguns novos com o Wii Fit Trainer, Mega Man e Sonic. Para ir liberando o conteúdo do jogo, você precisa jogar os mais diferentes modos, como Smash e Smash Run, Classic e All Star, e o Trophy Rush. Completando algum desses, um desafio aparece na tela de desafios e te mostra mais quatro para você tentar vencer. Ao todo são 36 desafios que liberam conteúdos novos no jogo, como troféus, mapas, personagens, enfim, para um jogo de luta, Super Smash Bros vem MUITO recheado de coisas para se fazer.

Além da cacetada de personagens, Super Smash Bros ainda traz mais de 40 arenas para você trocar pancadas. Diferente de outros jogos de luta, as arenas não são apenas um cenário animado que fica rolando atrás da luta. Cada arena é baseada num jogo e cada uma delas traz elementos únicos, como lava que levanta do nada, partes do cenário que somem, transições dentro do próprio cenário mesmo. Tudo isso acaba colocando um desafio a mais no combate já caótico do jogo, já que você tem que evitar ser arremessado para fora da tela e ainda desviar os próprios desafios que o cenário vai colocando no seu caminho, deixando o jogo ainda mais divertido.

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Por ser um jogo de 3DS, um pequeno problema acaba surgindo em Super Smash Bros: a falta de multiplayer. Ou melhor, você tem que ter mais amigos com um 3DS para jogar Smash Bros e trocar porradas. Isso era uma das minhas atividades favoritas com o meu irmão nos bons tempos de Game Cube, a gente sentava na frente da televisão e passávamos a parte toda jogando Smash Bros. É uma pena que isso só seja possível agora via internet, já que meio que não tem como dividir um 3DS em dois, né?

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Graficamente, Super Smash Bros ficou muito bonito no 3DS. O jogo roda fluído pra caramba e não há um engasgo sequer (algo que eu lembro que acontecia de vez em sempre nos meus tempos de Game Cube). As arenas são muito bem detalhadas e os personagens também, por mais que a tela minúscula do meu 3DS normal não me deixe pegar todos os detalhes a menos que eu meta um zoom nela. Vai ser legal ver como esses gráficos se comportarão na versão de Wii U, que chega no mês que vem. A trilha sonora do jogo também é excelente, ela é composta de composições de cada um dos jogos abordados aqui, todas remixadas pro game. As vozes originais dos personagens também marcam presença.

Review elaborado com uma cópia da versão de Nintendo 3DS fornecida pela Nintendo

Resumo para os preguiçosos

Super Smash Bros é o fanservice definitivo da Nintendo. O jogo está recheado de conteúdo, tem uma jogabilidade extremamente precisa, belos e fluídos gráficos e tudo o que você precisa para destruir completamente o analógico do 3DS de tanto jogar o game. O jogo seria perfeito se tivesse um jeito de fazer mais de uma pessoa jogar no mesmo 3DS, mas obviamente isso é impossível, então a versão definitiva do game chega para o Wii U daqui um mês. Ainda assim, se você é fã da franquia, esse game é mais do que obrigatório.

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Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Excelente fanservice
  • Belos e fluídos gráficos
  • Jogabilidade perfeita
  • Extremamente divertido
  • Toneladas de conteúdo e desbloqueáveis

Contras

  • Infelizmente não dá pra jogar numa televisão com o irmão ou algum amigo
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.