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Strider – Review

Strider é um personagem da Capcom que você provavelmente conheceu graças a Marvel vs Capcom, mas, para os desavisados, ele está completando 25 anos agora em 2014, tendo surgido em 1989, numa época distante em que a Capcom era conhecida pelos seus jogos de luta e beat them ups.

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Após alguns jogos sem dar as caras, a Capcom colocou a missão de recomeçar a série nas mãos da Double Helix, empresa responsável por Killer Instinct, e o trabalho não poderia ter sido tão bem executado como nesse game.

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Em Strider, você controla Strider Hiryu, um ninja com uma única missão: infiltrar-se na base de Grandmaster Meio, um ditador que tomou conta da Terra (e tão megalomaníaco que até iniciou uma nova era, já que o jogo se passa no ano Meio 48, ou seja, 24, ok, parei de besteiras) e cortar tudo o que ousar aparecer na sua frente, ou seja, não espere uma história elaborada de Strider, o jogo está aqui apenas para diversão.

Nessa missão, você conta apenas com suas habilidades ninja, como sua espada e agilidade. Durante o jogo, esse leque de habilidades vai aumentando, e Strider vai ganhando algumas das técnicas que você provavelmente conheceu em Marvel vs Capcom, como aqueles robôs que circulam o herói, causam dano em quem tocar nele e lançam lasers, ou até a pantera e a águia que ajudam ele, mas você parte da aventura praticamente do zero.

O jogo todo tem um esquema de jogabilidade metroidvaniano, ou seja, você pode explorar à vontade os mapas e ir acessando locais anteriormente proibidos pela falta de habilidades para acessá-los. Às vezes isso é necessário para avançar na história, às vezes isso é necessário apenas para ganhar power ups, que estão aos montes espalhados pelo mapa.

Apesar desse esquema, aqui há uma diferença entre Strider e outros jogos do gênero, como Castlevania, Metroid e Guacamelee: o jogo é rápido pra cacete. Strider possui um combate bem frenético, ágil e divertido pra caramba. Você nem vai ver o tempo passando enquanto corre pelo mapa metendo porrada em todos os inimigos da tela com a sua espada.

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O ponto alto do jogo realmente é o combate dele. Os cortes de espada são ágeis, bonitos de se ver e, melhor de tudo, podem ser feitos em qualquer direção, o que ajuda bastante, já que os inimigos atiram em você sem trégua. O jogo tem um combate que pode ser muito fácil ou muito difícil, e volta e meia tem algumas subidas desproporcionais na dificuldade, mas nada que uma morte ou duas não façam você aprender o que fazer para passar daquele chefe.

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Por falar em chefes, Strider tem uma porrada de chefes que aparecem toda hora. Nem todos são impossíveis, mas a grande maioria é muito divertida de se enfrentar, além deles serem bem variados. Como o arsenal de técnicas de Strider vai aumentando conforme você avança no jogo, é possível usar diversas táticas para derrotar os inimigos que se colocam na sua frente, quebrando a monotonia em potencial que correr por aí balançando uma espada poderia gerar.

A aventura toda do jogo dura cerca de 5 horas pro caso de você querer concluir apenas o jogo. Se você for daqueles chatos que querem pegar até o último extra, o jogo consome o dobro do tempo. Considerando que ele está custando entre 15 dólares e 29 reais (dependendo da loja e da região em que você se encontra), é bastante conteúdo pelo preço cobrado.

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Strider conta ainda com belos gráficos, que só seriam impecáveis não fosse um pequeno “problema”: os personagens não têm animações faciais. É meio estranho ver os personagens falando e a boca deles não se mexendo, ainda mais considerando que eu estou jogando o jogo no Xbox One, e que isso é algo comum da época do PlayStation.

Fora isso, os gráficos do jogo são realmente bonitos. Há uma série de partículas na tela, lasers, explosões e nenhuma lentidão. Além disso, o estilo de arte escolhido pela produção, com aquele ar mais retrô, apesar de tridimensional, casou bem com o clima do jogo.

A trilha sonora do game é muito bem feita também. As músicas combinam com a ação, apesar de eu ter achado um pequeno problema: o som do jogo é baixo demais. Eu tive que baixar o som dos efeitos especiais do jogo para poder ouvir direito a bela trilha sonora de Strider. É uma pena ela ser mascarada pelos efeitos sonoros do jogo. Outra pena é ter que botar o volume da televisão lá nas alturas para poder aproveitá-la e depois quase morrer de susto quando você vai assistir algum canal de televisão.

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Como nem tudo pode ser perfeito, um problema que eu encontrei no jogo é que volta e meia ele não salva o seu progresso. Eu realmente não entendi direito o esquema de save do jogo. Às vezes parece que ele só salva quando tu entra numa sala em específico, às vezes a qualquer momento. O problema disso é que se você sai do jogo logo após vencer algum chefe, o jogo não salvou, e você vai ter que enfrentá-lo novamente. Isso pode ser um saco para quem estava levando uma surra do chefe e o venceu por pouco. Imagine ter que fazer tudo de novo.

Resumo para os preguiçosos

Strider é um reboot muito bem conduzido pela Double Helix. Extremamente divertido e com uma trilha sonora muito bem feita, o jogo não perde nada para os lançamentos anteriores da franquia. Aliás, ele ganha. Um dos melhores jogos desse começo de ano sem sombra de dúvidas.

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Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Combate rápido e extremamente divertido.
  • Belos gráficos
  • Desafio na medida certa

Contras

  • Som das músicas volta e meia é abafado pelos efeitos do jogo
  • Nem sempre o jogo salva o progresso onde você quer
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.