PUBLICIDADE
InícioReviewsSteep - Review

Steep – Review

A Ubisoft aproveitou para tentar algumas coisas diferentes agora no final de 2016, com uma reformulada total nos conceitos de Watch Dogs em sua sequência e com Steep, um jogo que não é exatamente o título AAA tradicional o qual estamos acostumados. Com a ideia de abordar esportes radicais como um todo, e não como jogos separados como na época do PlayStation, onde eles fizeram bastante sucesso, será que Steep tem o que é necessário para triunfar?

PUBLICIDADE

Em Steep, a ideia é que você basicamente entre de cabeça nos Alpes e ataque os desafios da forma como você quiser. Você pode participar dos percursos de quatro formas diferentes: Snowboarding, Esquiando, com uma Wing Suit e com um Paraquedas. O jogo basicamente começa te dando um tutorial rápido de como cada um desses estilos de jogo funciona, e já de cara algumas coisas, no mínimo, estranhas, acontecem.

PUBLICIDADE

Por exemplo: quando você vai usar o Windsuit, a menos que o seu personagem esteja exatamente onde você deveria estar para pular, o jogo vai acabar te surpreendendo com algo inesperado: o seu personagem se atirando de cara no chão. Ele não caminha nesse modo, ele simplesmente se joga, onde quer que ele esteja, contra o que quer que seja. É um bom simulador de risadas, mas pelo amor de deus, custa deixar o boneco andar e detectar quando é hora de fazer isso e quando é hora de se atirar?

https://www.youtube.com/watch?v=0hdRiRlxh9M

Esse “defeito” pode ser um bom resumo de como o jogo tem algumas ideias interessantes mas acaba falhando na execução. Na cabeça da Ubisoft, Steep era para ser como um Forza Horizon ou até The Crew na neve. Você é jogado num grande sandbox (no caso aqui seria um snowbox?) e vai indo de desafio em desafio, abordando eles da forma como você deseja. Mas tem um pequeno problema aqui: você está na neve e… você já tentou caminhar na neve?

Para cada desafio novo, o jogo exige que você se desloque até ele ou se desloque o suficiente até que o seu personagem consiga usar o binóculo para ativar o fast travel para esse desafio. Isso significa que se você não encontrar um ponto mais alto que o que o jogo quer que você vá, prepare-se para andar por um bom tempo a quase zero por hora até chegar num local onde o binóculo do jogo resolva aceitar que você quer desbloquear um novo waypoint. Eu não sei onde acharam que a ideia de deslocamento livre de um local ao outro MONTANHA ACIMA seria legal, mas não é. Nem um pouco. Navegar por menos como num bom e velho jogo seria muito melhor, e isso acaba quase que matando a vontade de jogar Steep, pois a cada novo desafio, é mais uma rodada de caminhada.

A jogabilidade do jogo em si, enquanto você faz os desafios é legal, mas tem uma coisa que eu acabei não gostando tanto assim, a duração das corridas. Você passa um tempão indo de um lugar ao outro, caminhando no gelo a zero por hora para ficar um ou dois minutos no ar ou descendo uma montanha. Ok, a ideia é preservar o realismo, mas o progresso geral no jogo é tão lento que ele acaba parecendo ser mais um simulador das partes chatas dos esportes radicais do que um simulador de esportes radicais em si.

Steep-Extreme-E3-2016-Game

PUBLICIDADE

Outro detalhe onde o jogo deixa a desejar é no sistema de manobras que você faz. Ele não é muito preciso em explicar o que você deve fazer para fazer as manobras, além de ser complicado de chegar na velocidade certa para executá-las. No fim das contas, você vai mais cair do que conseguir executar manobras radicais mesmo, exatamente como na vida real. Como a vida real é chata, né? Quando Steep funciona, o jogo é realmente divertido e até dá aquele frio na barriga de voar a mil por hora no meio do gelo, mas é uma pena que isso acontece muito menos vezes do que o necessário para que Steep seja de fato uma experiência positiva, e não um tédio gigantesco.

Graficamente, Steep é um jogo bonito, sem slowdowns nem nada do tipo. Os visuais de gelo do jogo são muito legais e uma das melhores coisas dele é o fato de não haver delas de carregamento. Assim que você desbloqueia um ponto de viagem rápida, o jogo te coloca lá instantaneamente, o que é muito bom. A trilha sonora de Steep também é boa, e o jogo conta tanto com dublagem quanto com legendas em português.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One fornecida pela Ubisoft do Brasil.

PUBLICIDADE

Resumo para os preguiçosos

Steep infelizmente não é um jogo divertido. Você vai passar mais tempo fazendo as partes chatas dos esportes radicais, como caminhar montanha acima na neve, do que realmente voando e descendo montanhas. Isso é frustrante e chato, e a ideia de colocar o jogo num grande sandbox infelizmente acaba mais atrapalhando do que ajudando. Quando Steep funciona, o jogo é realmente divertido e até dá aquele frio na barriga de voar a mil por hora no meio do gelo, mas é uma pena que isso acontece muito menos vezes do que o necessário para que Steep seja de fato uma experiência positiva, e não um tédio gigantesco.

Nota final

45
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Após o carregamento inicial, o jogo não tem mais telas de carregamento
  • Dublado e legendado em português

Contras

  • Você perde muito tempo indo de uma atividade para a outra
  • Descidas e provas curtas demais
  • Sistema de manobras mal feito
PUBLICIDADE

4 COMENTÁRIOS

Comments are closed.

Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.