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State of Decay: Lifeline – Review

Lançado em maio de 2014, State of Decay: Lifeline é o DLC mais recente do melhor jogo de zumbis de 2013 (mas eu só consegui jogar há pouco tempo, por isso o review só foi publicado agora). Ele trouxe boas novidades à série, como um novo mapa, mais armas, novos personagens, múltiplos finais, e, pela primeira vez nos jogos do gênero, colocou o exército como personagem principal. Infelizmente, os glitches e bugs presentes tanto no jogo original quanto em Breakdown também marcaram presença no DLC, o que desagradou bastante alguns fãs do game.

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Em Lifeline, você controla a Greyhound One, uma pequena unidade do exército americano enviada à cidade de Danforth para resgatar um cientista que pesquisava a possível origem do apocalipse zumbi. A missão não dá certo, e os soldados se vêem obrigados a lutar pela própria vida enquanto tentam ajudar os poucos sobreviventes que restaram na cidade.

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Mas não pense que as coisas estarão mais fáceis por serem militares fortemente armados e treinados. Há, sim, mais armas do que encontramos em State of Decay, mas os soldados também estão suscetíveis aos fatores emocionais e físicos que faziam a diferença entre a vida e a morte no game original.

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Lifeline mantém todas as mecânicas básicas de State of Decay. Você continua tendo que gerenciar seu grupo de sobreviventes enquanto busca por comida, munição, combustível e materiais nos prédios abandonados de Danforth. No entanto, sua base militar é única, mas pode ser aprimorada com postos médicos, workshop, jardins, entre outros. Tudo para manter seus soldados “em forma” para cumprir as missões enviadas pelo comando central na capital, ou para atender aos pedidos de ajuda que chegam constantemente pelo rádio.

Ao completar as missões, você recebe pontos de influência que podem ser trocados por melhorias na base ou por armas e itens. Os pontos também podem ser utilizados em habilidades especiais ativadas pelo rádio, como um bombardeio aéreo ou um socorro urgente de tropas especiais, muito úteis em situações de extremo perigo.

Danforth é menor do que Trumbum Valley, e o centro da cidade está completamente inacessível desde o começo do jogo. Não sei se é por isso, mas o incentivo a exploração é bem menor em Lifeline, fazendo com que o DLC seja um pouco mais “linear” e orientado às missões do que o game original, que privilegia o aspecto “sandbox” do jogo.

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O foco nas missões fica ainda mais evidente com a novidade mais interessante trazida pelo DLC: as “sieges”. Periodicamente, e dependendo do seu desempenho em manter seus personagens protegidos, sua base é fortemente atacada por zumbis. E é aí que os momentos mais intensos do game acontecem, com bombas e minas explodindo a todo instante, e o desespero aumentando ao tentar proteger os civis dentro da base, enquanto os zumbis invadem tudo pelos três portões principais. O dia só passa ao sobreviver a siege, com a chegada de suprimentos vindos da capital por helicóptero.

Infelizmente, são nas sieges que um dos principais problemas do game aparece: a fraca inteligência artificial dos personagens controlados pela máquina, que às vezes simplesmente não reagem aos ataques (ou reagem muito mal a eles), fazendo com que pontos (e vidas) importantes sejam perdidos no final do jogo.

Conforme você progride, os intervalo entre as sieges fica cada vez menor – ao contrário da dificuldade, que só aumenta. Nas horas finais, você inevitavelmente vai acabar perdendo alguns personagens, então é bom não se apegar muito aos poucos que possuem alguma história ou personalidade mais interessante.

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O roteiro, aliás, é melhor do que no game original. A dublagem continua um pouco sem graça, mas há diálogos mais interessantes, principalmente quando exploram os conflitos morais e éticos dos soldados na relação com seus superiores e com os sobreviventes de Danforth.

Por ser um jogo dinâmico, onde a morte é definitiva para qualquer personagem, suas decisões tem um peso muito maior do que em jogos similares. Eu gostei bastante disso no game original, e mais ainda em Lifeline, já que elas podem influenciar diretamente no final do jogo. Independente do final ser “feliz” ou não, ao terminar o DLC você recebe um pequeno “relatório” mostrando quantas pessoas foram salvas, quantas morreram, além de uma pontuação que, pra ser sincero, não serve pra muita coisa.

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As únicas coisas que realmente incomodam em State of Decay: Lifeline são os problemas que existem desde o lançamento do jogo: inteligência artificial ineficiente, efeitos sonoros mal trabalhados, movimentação lenta da câmera, e efeitos de luz que mais atrapalham do que ajudam (e que sequer deixam o jogo mais bonito).

Portanto, se você não gostou da experiência original, não será este DLC que fará você mudar de ideia. Mas se o apocalipse zumbi da Undead Labs também te agradou, em Lifeline você vai encontrar mais alguns bons motivos para enfrentá-lo novamente.

Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.

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Resumo para os preguiçosos

State of Decay: Lifeline é o segundo DLC de um dos melhores jogos de zumbi já lançados. Desta vez sob a farda do exército, você deverá vasculhar a nova cidade de Danforth em busca de recursos para fortificar sua base e manter seus soldados e civis vivos, enquanto tenta encontrar o que pode ser a última esperança de salvação da humanidade. Tudo isso em um novo mapa, com novas armas, personagens, veículos e missões – porém com os velhos bugs e glitches que praticamente já fazem parte do universo de State of Decay.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Novo mapa e mais armas
  • História mais interessante
  • Múltiplos finais

Contras

  • Os de sempre: inteligência artificial ineficiente, efeitos sonoros fracos, dublagem sem graça
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Diego Melo
Diego Melohttp://criticalhits.com.br
Diego Melo é graduado em jornalismo pela Unesp de Bauru. Gosta de joguinhos eletrônicos desde que se entende por gente. Prefere o PC, mas não deixa de jogar em seu New 3DS, PS3, e Xbox One de vez em quando.