Starbound – Review

Sabe quando você vicia de uma forma extrema em algum jogo novo que resolveu conferir? É o que provavelmente vai aconteceu com você quando colocar as suas mãos em Starbound. O jogo ainda não está 100% finalizado, entretanto, já agrada bastante a legião de fãs que conseguiu juntar nos últimos meses. Por enquanto, ele está disponível somente na versão de acesso antecipado da Steam, e muita coisa ainda vai ser adicionada com o passar do tempo.

Starbound segue o modelo de jogo criado por Minecraft e Terraria. Na verdade, podemos dizer que ele é uma mistura muito legal entre esses dois títulos, só que de uma forma muito melhorada. De Minecraft, o jogo herdou aquele charme de coisa nova e o sistema de biomas e exploração muito bem feito, já de Terraria ele herdou a tentativa de fazer vários itens ficarem disponíveis para o jogador, alem da interatividade, mecânicas de exploração e é claro, o modo de visão. A grande diferença entre Starbound e os outros jogos que já vemos por ai, é que a princípio, o jogo te da um motivo pra estar naquela situação, algo que promete ser melhor trabalhado daqui em diante nas novas atualizações que estão por vir.

Antes de sair batendo picareta por ai, você deve criar o seu personagem. O jogo oferece por enquanto 6 classes para a escolha do jogador, cada com vantagens e desvantagens específicas. Todas elas possuem uma história diferente uma das outras, o que te proporciona o background diferente para o jogo dependendo da raça que você escolher. Você pode escolher entre as seguintes:  Human, Avian, Apex, Floran, Hylotl e Glitch.  Abaixo você vê uma ilustração contendo um exemplo de cada um dos personagens citados acima nas suas respectivas ordens.

Como eu falei acima, cada uma tem uma vantagem e desvantagem em relação ao outro, mas descobrir o que cada um faz é parte da diversão do jogo, então não vou dar spoilers por aqui. De qualquer forma, após a criação do seu char, você é apresentado a sua nave e descobre que por algum motivo se encontra preso a um planeta novo e hostil.

Sua missão é sobreviver ao planeta coletando todos os recursos necessários para isso. Conforme vai coletando itens e minérios diferentes, vai conseguindo novos equipamentos que facilitam o seu dia-a-dia, num esquema bem conhecido pelos jogadores de minecraft e afins. O mais legal de tudo, é que a quantidade de armas, ferramentas, armaduras e outros itens é imensa e pelo que os desenvolvedores dizem por ai, nem metade do que se pretendo por no jogo foi adicionado. Acho que podemos esperar muita coisa por vir ainda.

Cada planeta que você visita possui um bioma predominante. Isso faz com que alguns recursos que serão necessários para a sobrevivência podem estar disponíveis somente em outro planeta, e ai você vai precisar correr atrás do prejuízo e coletar uma quantidade “x” de combustível, para que a sua nave possa cruzar o espaço atrás de novas aventuras.Alem disso, outra coisa que você precisa fazer sempre é atualizar o sistema de mapas da sua nave para que possa chegar até outros sistemas. Cada sistema é um pouco mais “hardcore” do que o outro, mas sempre tem uma coisinha nova que faz você ter mais vontade de explorar.

É claro que Starbound não poderia deixar de seguir a velha regra do “quanto mais fundo mais foda”, e isso quer dizer que você provavelmente vai ter que gastar muito do seu tempo batendo picareta e procurando dungeons por ai. Nessa parte o jogo ainda peca um pouco, pois o método mais eficiente fica muito a critério de cada jogador já que o próprio jogo não facilita muito como Terraria pro exemplo, que te possibilita jogar algumas cordas por ai, a fim de descomplicar a sua movimentação.

A alternativa pra quem não quer descer tanto, é explorar o planeta a pé mesmo, procurando casas, vilas abandonas – ou não-, ruínas e laboratórios antigos que geralmente contem uma grande quantidade de riquezas. O problema é que nem sempre é muito fácil de se achar algo do tipo, mas a exploração pela superfície vale muito a pena em alguns casos.

Uma coisa que me chamou muito a atenção é que você não precisa se entocar debaixo das cobertas quando a noite cai, pois a falta de luz não gera muitos monstros alem daqueles que você já enfrenta durante o dia. Isso significa que se você tiver uma boa quantidade de tempo, pode sair andando por ai sem se preocupar com o dia virar noite. Caso você canse e queria voltar pra casa rapidinho, basta ligar o seu tele-transporte para a nave, que funciona em qualquer lugar sem um teto muito espesso.

O jogo ainda tem muito potencial e boas ideias por parte da equipe de criação não falta. Após o último patch -que me fez perder o erilipito, diga-se de passagem- várias coisas novas foram adicionadas como chapéus -sério, eles são muito legais-, armas de fogo e um interessante sistema de pets onde você pode capturar alguns animais com auxílio de um equipamento muito parecido com uma poke bola.

Tem tanta coisa no jogo que não da pra mencionar tudo em um texto só. Só acho importante mencionar que você com certeza vai se surpreender com a quantidade de coisas bacanas que vai encontrar. Se na fase beta o jogo já agrada bastante, imagina então quanto estiver pronto. Por esse motivo, eu acho que o jogo merece uma boa nota nesse review não só pelo que já apresenta, mas pelo que esta por vir e pelo que provavelmente ele vá se tornar.