Soulstone Survivors acaba de sair do Early Access e receber sua versão 1.0, e hoje vamos compartilhar como foi a nossa experiência com o jogo.
Soulstone Survivors é um bullet heaven no estilo de Vampire Survivors ou Brotato, no qual enfrentamos hordas intermináveis de inimigos que avançam constantemente em nossa direção. Ao derrotar esses inimigos, eles deixam cristais de XP no chão. Coletando esses cristais, subimos de nível e escolhemos entre três opções de melhorias, iniciando assim a construção da nossa build naquela run. Esse é o loop básico de gameplay de qualquer bullet heaven, e em Soulstone Survivors isso não é diferente.

Soulstone Survivors conta com três modos de jogo distintos, embora apenas o primeiro esteja disponível no início. Para desbloquear o segundo modo, é necessário completar as cinco fases do primeiro com 100%. Já o terceiro é liberado ao concluir o segundo, mantendo uma progressão bem intuitiva.
Diferente de outros jogos do gênero, aqui não há uma corrida contra o relógio. O objetivo é eliminar uma certa quantidade de inimigos comuns até que um chefe apareça. Derrotando cinco chefes, a fase é concluída. A partir daí, você pode retornar ao menu ou continuar enfrentando novos desafios, como a Arena, onde o espaço é reduzido a uma pequena área circular com novos inimigos e chefes, ou o Modo Infinito, onde outros cinco chefes surgem após uma nova leva de inimigos.
Ao completar uma fase, a próxima é desbloqueada, e é possível rejogar o mesmo cenário com personalizações de dificuldade. A cada novo grau de dificuldade vencido, são liberadas mais recompensas, modificadores e desafios. Apesar dos belos visuais e da presença de inimigos únicos, os cenários não apresentam grande complexidade: todos seguem o mesmo formato de um grande quadrado com alguns obstáculos. Durante as fases, também é possível encontrar minérios (usados para forjar armas), cristais de vida e eventos de XP, como áreas onde é necessário permanecer por um tempo para abrir um baú.

A jogabilidade de Soulstone é simples, mas eficiente. A variedade de builds e personagens evita que o jogo se torne repetitivo rapidamente. Além disso, as partidas podem ser curtas: se o foco for apenas completar a fase principal, é possível finalizá-la em menos de 10 a 15 minutos, dependendo da build utilizada.
Os objetivos podem variar entre os modos, mas a estrutura se mantém: derrotar chefes para avançar. Um bom exemplo é o segundo modo, em que é preciso ativar quatro círculos enfrentando chefes específicos, até finalmente lutar contra o chefe principal — que, na minha opinião, proporciona a batalha mais divertida e diferente do jogo. Isso se deve ao fato de que os chefes comuns se repetem bastante e não oferecem grande desafio, a menos que modificadores de dificuldade estejam ativos.

O jogo conta com uma boa variedade de personagens, cada um com armas únicas e habilidades exclusivas. Além disso, é possível equipar bônus passivos na aba de Habilidades e usar runas que aprimoram ainda mais os personagens, de acordo com o estilo de jogo de cada jogador.
Para desbloquear novos personagens e runas, é necessário concluir desafios específicos, como derrotar 500 chefes ou vencer determinadas fases em níveis de dificuldade elevados. Isso mantém o jogo sempre interessante, já que há metas a se perseguir. Novas armas também são desbloqueadas conforme se progride no nível de Maestria de cada personagem — o que ocorre naturalmente jogando.

Os upgrades disponíveis durante uma run são bastante variados. É possível encontrar ataques ativos com efeitos únicos, como choques elétricos em cadeia, buracos negros que atraem e causam dano em área, ou até chuvas de meteoros. Cada um desses poderes pode ser melhorado com upgrades adicionais, aumentando dano, área de efeito ou velocidade de ativação. Já as habilidades passivas afetam aspectos como velocidade de movimento, dano geral e chance de acerto crítico. Conforme a build se fortalece, a quantidade de efeitos visuais na tela aumenta a ponto de ser difícil acompanhar tudo, tornando essencial o foco em desviar dos ataques.
Visualmente, Soulstone Survivors é competente. Os cenários são simples, mas distintos entre si, e os inimigos possuem boa variedade e design único. O mesmo não se aplica aos chefes, que apesar de visualmente interessantes, se tornam repetitivos com pouco tempo de jogo.
O jogo está completamente legendado em português, com menus localizados e falas dubladas em inglês durante as partidas. A localização é bem feita e torna o jogo mais acessível para jogadores brasileiros.
Mas e aí, Soulstone Survivors vale a pena?
Soulstone Survivors é um ótimo representante do gênero bullet heaven. Com jogabilidade simples, mas viciante, ele oferece conteúdo o suficiente para entreter tanto jogadores casuais quanto aqueles em busca de inúmeros desafios e metas a longo prazo. Apesar do objetivo de cada run ser basicamente o mesmo, a variedade de personagens, armas e poderes garante que a experiência permaneça divertida por muitas horas.
Review elaborado no PS5 com uma cópia do jogo fornecido pela publisher.
Resumo para os preguiçosos
Soulstone Survivors acerta ao apostar em uma jogabilidade simples e viciante, com conteúdo suficiente para prender tanto quem busca partidas rápidas quanto quem gosta de desafios mais longos. A repetição de chefes e a simplicidade dos cenários não comprometem a diversão, graças à variedade de personagens, armas e poderes. No fim das contas, é uma experiência sólida e divertida, ideal para quem curte o estilo bullet heaven.
Prós
- Variedade de builds e personagens
- Partidas rápidas e dinâmicas
Contras
- Chefes repetitivos
- Objetivo das fases pouco variado