Sonic Racing: CrossWorlds – Análise – Review – Vale a Pena

Sonic sempre foi sinônimo de velocidade, então é natural que a franquia tenha vários spin-offs onde o objetivo é justamente correr por aí no mais puro caos com os amigos. Sonic Racing: CrossWorlds chega tentando fazer frente aos grandiosos jogos de Kart do mercado, mas será que realmente vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

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Se há uma palavra que define CrossWorlds, é variedade. Cada corrida é imprevisível, graças ao sistema de anéis dimensionais, portais que se abrem após a primeira volta e levam os corredores a diferentes dimensões. O jogador que estiver em primeiro escolhe entre duas opções, decidindo qual mundo todos irão enfrentar no meio da corrida. Essa mecânica transforma radicalmente a experiência, já que um circuito que começa em um museu pode terminar com os jogadores desviando de esqueletos de dinossauros vivos ou enfrentando ondas em alto-mar.

Além disso, os veículos voltam a se transformar em carro, barco ou avião, uma das características mais queridas de Sonic & All-Stars Racing Transformed. A transição é fluida e acrescenta desafio, exigindo domínio de diferentes tipos de controle em poucos segundos.

Um dos pilares de CrossWorlds é a liberdade para personalizar não apenas o visual, mas também o desempenho dos veículos. É possível misturar peças de diferentes carros, ajustando atributos como aceleração, velocidade máxima, manuseio e potência. Quer combinar a dianteira do carro do Sonic com a traseira do Shadow? Pode. Prefere usar pneus que favorecem drifts em pistas técnicas? Também é possível.

Além disso, o jogo apresenta um sistema de Gadgets, que funcionam como habilidades passivas pré-corrida. Eles podem aumentar a quantidade de anéis coletados, acelerar o carregamento de boosts ou facilitar a execução de curvas. Essa mecânica, junto com a customização de peças, abre espaço para diferentes estilos de jogo, tornando cada corrida única.

Como todo bom kart racer, CrossWorlds não seria completo sem seu arsenal de power-ups. São 23 itens no total, incluindo clássicos da franquia e novas adições, como o Monster Truck, que literalmente pode esmagar adversários. O equilíbrio entre sorte e estratégia está satisfatório: um item bem usado pode levar um corredor da última posição direto ao pódio, criando momentos de puro caos e diversão.

Durante minha experiência, a intensidade foi tanta que, em algumas corridas, passei de líder absoluto a quase último colocado em questão de segundos. Essa imprevisibilidade, apesar de um pouco frustrante as vezes, faz com que o jogo nunca perca a graça com o passar do tempo.

Outro ponto positivo do jogo é que a Sega não poupou esforços ao montar o maior elenco da franquia até hoje. No lançamento, teremos 23 personagens jogáveis, incluindo ícones como Sonic, Tails, Knuckles e Shadow, mas também nomes de outras franquias da Sega.

E não para por aí, participações especiais de fora do universo da Sega também já estão aparecendo. Entre os nomes confirmados estão Hatsune Miku, Ichiban Kasuga (Like a Dragon), Pac-Man e até mesmo Steve, de Minecraft. Cada personagem traz seu próprio estilo, veículos temáticos e até detalhes sonoros exclusivos, no caso de Miku, por exemplo, o tema da tela de resultados é cantado por ela.

Esse cuidado amplia o apelo do jogo e o coloca em uma posição de rival direto com Mario Kart em termos de celebração da cultura pop gamer.

Com 24 pistas principais e pelo menos 15 CrossWorlds adicionais, a diversidade é excelente já no lançamento do jogo. Os cenários vão de cassinos iluminados a ilhas tropicais, passando por arenas futuristas e até navios piratas em batalha contra um kraken. A cada corrida, a sensação é de estar em um novo jogo, tamanha a criatividade envolvida.

Outra novidade que merece destaque é o sistema de rivais. Em cada corrida, o jogador é automaticamente pareado com um competidor específico que servirá como seu “arqui-inimigo” temporário. Além de diálogos e provocações, derrotar o rival pode render recompensas adicionais e torna a disputa ainda mais pessoal.

Mas nem tudo é perfeito em CrossWorlds, é possível notar bugs ocasionais, como colisões estranhas ou controles não funcionarem direito. A física de alguns veículos ainda precisa de ajustes, especialmente no controle de curvas mais fechadas, onde mesmo carros focados em manuseio tendem a deslizar demais.

Outro ponto que pode incomodar alguns jogadores é a progressão. Muitas opções de customização estão bloqueadas por trás de uma moeda interna, os Donpa Tickets, o que exige bastante tempo de jogo para desbloquear tudo.

O maior mérito de Sonic Racing: CrossWorlds é que ele finalmente parece competir de igual para igual com Mario Kart, algo que os fãs de longa data esperavam há anos. A combinação de pistas criativas, sensação de velocidade, elenco variado e mecânicas imprevisíveis torna o jogo não apenas divertido, mas também memorável.

Se a Sega conseguir polir os aspectos técnicos e manter o suporte pós-lançamento com novos personagens, pistas e eventos sazonais, há grandes chances de CrossWorlds se tornar um dos melhores jogos de corrida arcade da geração.

A única coisa que pode realmente joga contra o sucesso de Sonic Crossworlds é quão exageradamente frenético e caótico ele é e isso pode não agradar algumas pessoas.

Usando minha própria experiência como base, no começou eu senti que era muita informação, luzes piscando e tudo acontecendo na tela ao mesmo tempo e enxerguei como algumas pessoas poderiam não gostar desse jogo, mas foi só dar mais umas voltas e correr alguns Grand Pixs que entendi a grandeza de Sonic Crossworlds. Uma vez que se acostuma com o caos, ele é um dos caos mais divertidos que você poderia querer em um jogo de kart.

Mas e aí, Sonic Racing: CrossWorlds vale a pena?

Sonic Racing: CrossWorlds é, até o momento, a experiência mais ambiciosa e divertida que a franquia já ofereceu no gênero de corridas. Ele honra o legado de Transformed, corrige os tropeços de Team Sonic Racing e adiciona ideias inovadoras que fazem cada corrida parecer única. A imprevisibilidade dos portais, o retorno das transformações, o sistema de rivais e a riqueza de customização elevam o título a um novo patamar.

Ainda há ajustes a serem feitos, mas a base já é sólida o suficiente para garantir horas de diversão, seja sozinho, online ou no sofá com amigos. Se você é fã de Sonic, da Sega ou simplesmente de kart racers, prepare-se: CrossWorlds tem tudo para ser o melhor jogo de Kart dos últimos tempos, superando até mesmo o seu grande rival, Mario Kart, que teve um lançamento bem morno e cheio de polêmicas nesse ano.