Sonic Frontiers é o mais novo jogo de um dos personagens mais icônicos da história do videogame. Prometendo novos desafios e uma chacoalhada na fórmula ao oferecer um componente de mundo aberto dentro da jogabilidade normal de Sonic, o ouriço tem tudo para agradar não só seus antigos fãs, mas os que já estavam achando que só correr não era o suficiente. Mas será que esse jogo consegue?
Em Sonic Frontiers, Sonic e seus amigos são transportados para as Ilhas Starfall após caírem num buraco de minhoca. Juntamente com ele, Robotinic também é transportado para esse local, e promete causar muita confusão por lá ao unir as ideias malignas dele à tecnologia desta terra desconhecida.
Agora, Sonic deve lutar para resgatar seus amigos e explorar as Ilhas Starfall, mas ele acaba sendo advertido por uma nova e misteriosa personagem chamada Sage de que aquele lugar pode ser muito mais perigoso do que ele imagina.
Como é de se imaginar, a exploração é uma das grandes novidades de Sonic Frontiers. O jogo se divide em dois basicamente, com uma parte dele você explorando o mundo aberto das Ilhas, e outra dentro de fases mais tradicionais dentro o que Sonic costuma propor.
Começando pelo componente de mundo aberto do jogo, a ideia é correr pelo mapa enquanto você faz atividades nele para liberar o acesso às fases tradicionais. Você precisará liberar pontos do mapa para enxergar novos objetivos, correr muito enquanto tenta encontrar mais moedas e também enfrentar inimigos.
Aqui, temos uma grande novidade de Sonic, que é um sistema de combate um pouco mais complexo do que os sistemas tradicionais da série. Além de inimigos normais e fracos que morrem em um ou dois golpes, Sonic também terá que enfrentar guardiões, que são uma espécie de mini-chefes espalhados pelas ilhas. Cada chefe desses te dá uma ou mais engrenagens que servem para você acessar as fases tradicionais.
O combate contra esses inimigos é bem divertido e como era de se esperar, cheio de velocidade. Apesar disso, também há alguns problemas durante as lutas, como por exemplo um chefe gigante que você enfrenta logo no começo do jogo onde a ideia é subir pelo corpo dele e destruir umas torres que ficam lá na parte de cima.
Durante esse combate, eu encontrei mais de um bug que me arremessou de lá de cima do nada, então fica o registro de que às vezes coisas fora do esperado podem acontecer.
Outro ponto que precisa ser ressaltado é que Sonic não possui uma barra de vida, a energia dele funciona mais ou menos como em jogos mais tradicionais da série, ou seja, se você leva um golpe, você perde suas moedas, e se você não recupera nenhuma, o próximo golpe te mata.
Além disso, também há golpes que acabam matando de primeira, como numa vez lutando contra esse mesmo chefe que eu falei há pouco, onde ele me pisou com o pé gigante dele e eu acabei morrendo na hora. Além desse bug, eu também encontrei alguns problemas em partes de plataforma tentando subir morros, onde o jogo também me arremessou pra morte.
Para combater seus adversários, Sonic possui o seu tradicional encontrão que ele usa desde os tempos do Mega Drive, mas conforme você avança no jogo, o seu personagem vai desbloqueando novas habilidades. É verdade que às vezes é difícil de usar tudo o que o jogo tem a oferecer por causa da velocidade em que tudo se desenrola, mas é legal ver que a SEGA tentou trazer novidades significativas em Sonic Frontiers.
Finalizando sobre a parte de mundo aberto do jogo, ela é interessante, traz alguns momentos de bastante velocidade e um loop de gameplay legal de se sentir ocupado, mas às vezes fica aquela sensação de “oba, lá vou eu repetir mais uma vez tudo de novo” que pode acabar cansando o jogador que queira alguma variação dentro do gameplay, ainda que seja legal que o jogo te largue para explorar esse mundo da forma como você desejar.
Depois de derrotar os mini chefes e conseguir as engrenagens, você começa a ganhar acesso às fases tradicionais do jogo. Cada uma exige uma quantidade x de engrenagens para ser acessada. Dentro das fases, o que encontramos são fases ou tridimensionais ou bidimensionais onde o objetivo é chegar ao final dela o mais rápido possível.
Além disso, você também tem o objetivo de encontrar as Rings Vermelhas, pegar um número mínimo de anéis e alguns outros objetivos opcionais. Cada objetivo rende uma chave de baú a mais, e depois de uma certa quantidade de chave de baús, você desbloqueia o acesso a um baú com uma Esmeralda Caos, que você deve adquirir para continuar avançando no jogo.
Basicamente, esse é o loop de gameplay de Sonic Frontiers, onde você passa uma parte do tempo no mundo aberto explorando e outra dentro de fases clássicas jogando-as uma ou mais vezes.
Quanto às fases clássicas, eu acho que elas poderiam ser maiores. Algumas duram menos de um minuto e você mal consegue ver o que está acontecendo nelas por causa da velocidade. Tudo bem que seria demais recriar 20 a 30 fases clássicas de Mega Drive dentro do Sonic Frontiers, mas a maioria delas não tem nem perto de ter a profundidade que as fases nas quais elas foram inspiradas possuíam, já que há quase nenhuma exploração, por exemplo, no máximo caminhos mais rápidos pra você chegar o quanto antes no final e pegar o Rank S da fase.
Graficamente, Sonic Frontiers é um belo jogo. A sensação de velocidade do jogo é impressionante e ele roda muito bem no PlayStation 5, plataforma na qual eu fiz o review do jogo. A trilha sonora do game também é boa, e ele vem com legendas em português.
Mas e aí, Sonic Frontiers vale a pena?
No fim das contas, o loop de gameplay de Sonic Frontiers é divetido, mas poderia oferecer um pouco mais de variação no componente de mundo aberto e fases um pouco mais ambiciosas dentro dos momentos mais clássicos. O jogo diverte? Sim, com toda certeza, e é uma bela fundação pra uma sequência grandiosa, por exemplo, caso a SEGA venha a corrigir os problemas que esse apresentou e colocar um pouco mais de criatividade nos oferecimentos.
Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecida pela publisher.
Resumo para os preguiçosos
No fim das contas, o loop de gameplay de Sonic Frontiers é divetido, mas poderia oferecer um pouco mais de variação no componente de mundo aberto e fases um pouco mais ambiciosas dentro dos momentos mais clássicos. O jogo diverte? Sim, com toda certeza, e é uma bela fundação pra uma sequência grandiosa, por exemplo, caso a SEGA venha a corrigir os problemas que esse apresentou e colocar um pouco mais de criatividade nos oferecimentos.
Prós
- Ótima sensação de velocidade
- Boas fases
- Uma base bem sólida pro futuro da franquia
Contras
- Fases clássicas simples demais
- Alguns bugs de gameplay
- O jogo poderia oferecer mais variação