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Somerville vale a pena? Análise – Review

Somerville é um dos jogos Indie mais aguardados desse ano, pois é dos mesmos criadores de Limbo e Inside, dois ótimos jogos do estúdio, mas será que Somerville corresponde as expectativas? É isso que falaremos aqui hoje.

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Em Somerville você controla o pai de uma linda família com uma esposa, um filho e um cachorro que moram no campo bem afastados, um belo dia uma guerra alienígena estourou no planeta terra e eles foram pegos no meio de todo esse caos.

No começo do jogo quando a guerra estoura, você tenta correr para o carro com sua família, mas ele foi rapidamente explodido por uma espécie de arma alienígena. Nesse momento todos correm para o porão, mas a casa também é atingida e o protagonista desmaia. Nós acordamos sem a mulher e o filho ao lado, apenas o cachorro permaneceu ali e nós ganhamos poderes envolvendo luz graças a uma nave que acertou a casa. Não sabemos o que aconteceu com nossa família e a jornada do protagonista começa para entender o que está acontecendo no mundo e desesperadamente tenta achar a família novamente.

A ambientação do jogo é muito boa, a história do jogo não é contada com todas as letras para o jogador, e sim mostrada indiretamente através dos belos visuais e acontecimentos que podemos ver enquanto exploramos os cenários e resolvemos puzzles.

Alguns pequenos aliens em forma de bolinha nos ajudam durante a jornada, seja guiando a luz que precisamos para avançar ou nos ajudando a correr de inimigos hostis. A beleza desse mundo e a forma como a história é contada para nós é sem dúvidas o ponto alto desse jogo.

Além disso, o jogo é extremamente curto e eu senti que poderia ser um pouco mais longo, mas não chega a ser um verdadeiro problema, pois alguns puzzles são desafiadores e você perde um bom tempo neles

Somerville – ReproduçãoInfelizmente, o gameplay do jogo é onde ele não brilha de forma alguma e é a parte mais frustrante dele, a ideia em si é muito boa e te empolga, mas a execução é simplesmente terrível. Somerville é um jogo de exploração com puzzles envolvendo o cenário inteiro, e quase todos eles de alguma forma envolvem a misteriosa luz que conseguimos emitir do nosso braço após o acidente dentro da casa com a nave espacial. Essa luz precisa ser direcionada de alguma forma em cima dos obstáculos alienígenas que nos deparamos depois da invasão.

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O problema aqui é que o jogo não é nada intuitivo e nem mesmo te ensina direito as mecânicas do jogo, na minha gameplay os objetos interagiveis do mapa não eram mostrados de forma alguma pelo jogo, que nem mesmo tem uma HUD. Isso me fez questionar seriamente se essa é a verdadeira intenção do jogo ou é algum tipo de bug enorme, e meu questionamento faz sentido baseado nos outros bugs que irei falar daqui a pouco.

Os objetos que você pode interagir tem uma marcação amarela que muitas vezes é difícil perceber, nada aparece quando você chega perto deles e os controles nem sempre funcionam corretamente. É possível ver no vídeo da nossa análise que muitas vezes eu estava tentando interagir com o objeto certo, mas o jogo não entendia por mais que eu pressionasse loucamente os botões do controle. Isso me fazia pensar que eu não estava no local certo e perdia muito tempo tentando achar o que tinha que fazer, só pra voltar e ver que o jogo bugou e simplesmente não tinha me permitido interagir anteriormente.

Isso é um problema ainda maior quando muitas das interações exigem mais de um passo do jogador e o jogo não te fala o que é possível fazer com determinado objeto. Um ótimo exemplo disso é no inicio da jogatina quando me deparo com um obstáculo alienígena que precisa ser removido com luz, um poste está bem ao lado e era óbvio que precisava apenas energizar ele, mas quando eu energizava, somente uma parte da estrutura era destruída e a que estava em cima do jogador caía e nos matava.

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Isso me fez procurar por muito tempo uma alternativa no cenário para passar dali, até perceber que era possível redirecionar o poste usando os analógicos para cima e destruir a estrutura que matava o jogador primeiro. Em nenhum momento o jogo deu uma demonstração ou “tutorial” de que era possível fazer esse tipo de interação com certas coisas, e claro, nenhum indicador visual é mostrado também. Isso aumenta e muito a dificuldade de forma artificial, o que é extremamente nocivo para o jogo e apenas estressa o jogador.

Outro exemplo que mostra a jogabilidade quebrada é o puzzle do poço no inicio do jogo, é necessário jogar o balde do poço dentro dá água com gosma alienígena e puxar o balde pela manivela do poço para atrair as esferas para o local certo. Mas durante a jogatina eu falhei várias vezes tentando fazer o certo, que era simplesmente puxar o balde da água, mas quando o personagem tocava na manivela, o balde automaticamente era sugado de dentro da água instantaneamente e isso me fazia perder o timing pra puxar ele e trazer as esferas corretamente, foi necessário repetir o puzzle até o jogo decidir fazer da forma correta.

Somerville – Reprodução
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Além dos problemas citados acima, os problemas dos controles vão muito além disso, eles são simplesmente inconsistentes demais. Por muitas vezes você não consegue botar o personagem na direção certa para executar uma ação.

A análise foi feita utilizando a versão de PC e o jogo simplesmente não tem suporte a mouse e teclado na plataforma, o que é um completo absurdo. Quando fui testar o teclado e mouse eu percebi que não funcionou, removi o controle, reiniciei o jogo e continuou não funcionando. Ao ir nas configurações tentar entender, eu percebi que a aba de “controles” ou “teclado e mouse” simplesmente não existe, não tem nada que possa ser feito em relação aos comandos do jogo.

Além disso, enquanto estava testando o teclado para ter certeza que ele realmente não funcionava, eu descobri que a tecla HOME fazia o jogo bugar e jogava o personagem pra debaixo da terra sempre que era apertada, e ironicamente essa é a única tecla que funciona, nem mesmo o ESC faz algo no jogo.

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Os gráficos do jogo são belíssimos, com estilo visual fazendo você ficar imerso na atmosfera do jogo, com medo dos aliens e de estar sozinho o tempo inteiro. Mas infelizmente o jogo não está bem otimizado, era para ser um jogo leve, mas constantemente o jogo sofre travadas e faz o FPS cair para abaixo dos 60. Além disso, o serrilhado presente no jogo é enorme, mesmo com a configuração de anti-serrilhado no ultra dentro das configurações do jogo.

Mas e aí, Somerville vale a pena?

Somerville – Reprodução

Somerville tinha tudo para ser um grande Indie, pois seus puzzles são muito interessantes e a ambientação é maravilhosa, mas tudo isso é ofuscado pelos problemas de desempenho e jogabilidade do jogo que vão te deixar muito frustrado tentando resolver os enigmas. Se o jogo estivesse mais polido, ele com certeza valeria uma nota maior, felizmente isso é algo que pode ser corrigido no futuro pela desenvolvedora, mas nesse momento, Somerville é um jogo bugado demais para valer a pena a compra.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para PC fornecida pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

Somerville tem uma ambientação maravilhosa, uma boa ideia, mas que é mal executada. Enquanto os cenários são de cair o queixo, a jogabilidade é terrível e por muitas vezes os controles não funcionam direito, mostrando claramente que o jogo ainda precisa de polimento.

Nota final

50
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Ambientação magnifica
  • Puzzles inteligentes

Contras

  • Teclado e mouse não funcionam na versão de PC
  • Controles não funcionam direito e as vezes não da pra interagir com objetos que deveríamos interagir
  • Mal otimizado
  • Bastante serrilhado nos gráficos
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Valteci Junior
Valteci Juniorhttp://criticalhits.com.br
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.