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Sniper Elite 4 – Review

Uma das coisas mais prazerosas em qualquer jogo de guerra é encontrar um ponto com um bom campo de visão, empunhar a sua sniper e limpar o cenário, matando dezenas de inimigos à distância. Entretanto, quase nenhum jogo com essa temática permite que o jogador se faça valer apenas da sua habilidade com uma arma de longo alcance. A franquia Sniper Elite foi lançada justamente com o intuito de colocar-nos no papel de um Ás do rifle de precisão, dando a possibilidade de ir do início ao fim do jogo utilizando unicamente este tipo de arma.

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Sniper Elite 4, novamente nos leva para os eventos da Segunda Guerra Mundial, mas dessa vez em terras italianas, em meio a uma paradisíaca ilha tomada por soldados fascistas e nazistas. O objetivo é o de sempre: eliminar generais do Eixo Nazista e coletar informações vitais para auxiliar as forças Aliadas a fechar o cerco sob Adolf Hitler. Mas, nem sempre o objetivo é tão simples quanto parece.

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Com uma série de sub-missões e objetivos secundários, Sniper Elite 4 nos dá a incumbência de mudar os rumos da guerra através da ótica de Karl Fairburne, que foi enviado ao país para auxiliar a Reistência Italiana a se livrar das garras do Fascismo de Mussolini.

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Totalmente focado em combates estratégicos, stealth e na capacidade do jogador de identificar alvos e o momento certo de agir sob eles, Sniper Elite 4 traz pequenas evoluções em relação a seu antecessor, especialmente nos quesitos gráficos e no combate direto. Embora neste jogo a mecânica de combates à curta distância com armas como metralhadoras e pistolas tenha sido aprimorada, ela continua servindo apenas de apoio à boa e velha sniper, arma com a qual Karl sempre pode contar, mesmo nos momentos mais complicados.

Um dos grandes atrativos do jogo são as câmeras lentas e x-rays na hora de disparos perfeitos. É absolutamente gratificante ver o seu projétil cortando o ar em câmera lenta e atingindo o coração, cérebro, pulmões ou rins de seus inimigos. Explosões de barris, veículos e bombas também ativam esses momentos, e neles é possível ver os ossos dos inimigos sendo reduzidos a pó pelo impacto violento das explosões.

O momento principal do jogo é o derradeiro tiro em direção ao inimigo, mas em Sniper Elive 4, um bom tiro não é apenas mirar e apertar o gatilho. Observar e marcar o alvo à distância com o binóculos, encontrar um local que ofereça uma boa visão do inimigo, posicionar-se e só então apertar o gatilho. O problema é que muitas vezes um único disparo de seu rifle é capaz de atrair uma dezena de inimigos, para evitar isso, é sempre importante observar o ambiente e os inimigos à volta, e tentar buscar um ponto de tiro que conte com algum som ambiente, como um rio, ou até mesmo os aviões que cortam o céu e oferecem cobertura para o barulho do disparo.

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Assim como seu antecessor, Sniper Elite 4 não é um jogo de pura ação, é extremamente importante que o jogador compreenda que seu personagem não está preparado para enfrentar um exército inteiro em combate aberto. As mecânicas de stealth – movimentação silenciosa, esgueirar-se pelas folhas, sobras e cantos, e pensar muito bem antes de disparar um tiro em meio a uma área com muitos inimigos – tornam o título um jogo muito mais estratégico do de ação, já que alertar inimigos em uma área aberta ou ser descoberto siginifica a morte quase certa.

Apesar disso, o quarto título da série é bem mais acessível a jogadores casuais e novatos do que os anteriores. Suas mecânicas foram simplificadas, e os comandos estão mais bem distribuídos nos botões, tornando sua curva de aprendizado muito mais suave e atrativa àqueles que não são hardcores da franquia ou desse estilo de jogo.

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Com uma grande liberdade de ações dentro da cada missão, o jogo é pouco linear, e nos dá a possibilidade de escolher quais objetivos serão concluídos primeiro e como serão as ações para cumpri-lo. Basicamente no início de cada missão, somos colocados em um cenário de mundo aberto com diversas missões principais e secundárias espalhadas por ele. Com diversos coletáveis, a escolha fica inteiramente por conta do jogador, que dentro daquela missão pode escolher por onde começar a sua jornada em meio às forcas Fascistas.

Essa liberdade é um dos grandes pontos positivos do jogo, pois ajuda a trazer variedade de gameplay, que inclusive é bem representada pelos objetivos principais de cada missão, que vão desde matar e coletar documentos no corpo de um general de alta patente, até destruir uma arma de alto calibre que está dizimando a frota de aviões dos Aliados.

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Para os jogadores mais exigentes, os gráficos de Sniper Elite 4 decepcionam um pouco. É um título que não apresenta nem de perto a qualidade visual dos jogos top da oitava geração, na verdade, embora seja um título exclusivo para PCs e consoles da oitava geração, os gráficos ficam muito mais próximos dos últimos jogos da sétima geração do que da oitava.

Apesar disso, a experiência não é comprometida por essa deficiência, e uma boa notícia é que o jogo está quase livre de bugs. Sniper Elite 3 teve muitos problemas com bugs, que atrapalhavam muito os jogadores especialmente na hora de tiros a distâncias muito longas, estes problemas não se apresentaram durante o tempo em que Sniper Elite 4 foi testado para a produção deste review, o que é um alívio, já que a premissa do jogo que é a de efetuar disparos precisos à longa distância sofreria bastante caso os bugs do seu antecessor se repetissem,

Um dos destaques da parte sonora do jogo é o estampido do disparo do rifle de Karl. O eco e reverberação do disparo varia de acordo com o ambiente em que você se encontra. Em locais mais fechados, como túneis e vales de montanhas, o eco vem mais rápido e mais seco. Já em áreas mais abertas como uma praia, ou em florestas, o eco quase não vem, mas é possível perceber a propagação do som em ondas mais longas e que vão se dispersando.

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A trilha do jogo ajuda a criar o clima de ser um verdadeiro sniper. Quando posicionado à distância, o jogador conta apenas com o som ambiente do cenário (pássaros, vento, rio, mar, etc), além do som de seu próprio batimento cardíaco. Quando o combate é mais aberto, uma música mais tensas e animadas embalam o combate – e muitas vezes a sua fuga.

Além da campanha principal, que garante entre 8 e 12 horas de diversão, jogo ainda conta com uma série de desafios de habilidade que facilmente adicionam mais 4 a 6 horas de jogo. Além disso, o modo multiplayer do jogo (que ainda não estava disponível no momento deste review) promete ajudar a dar mais longevidade para o título.

Resumo para os preguiçosos

Com importantes melhorias em relação a seu antecessor, ao mesmo tempo que Sniper Elite 4 é diversão garantida para os fãs do gênero, é também mais amigável para jogadores casuais.

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Controles simplificados, curva de aprendizagem suave, e menos bugs ajudam o jogador de primeira viagem e se habituar à pegado do jogo, enquanto desfrutam de uma campanha com pouca linearidade e com boa variedade de missões.

A possibilidade de mudar os rumos de uma nação através da ótica do rifle é uma das propostas mais interessantes em um jogo de guerra. Aqui, o foco não é tanto a ação, mas sim o stealth e a estratégia de saber o momento e a posição certa de disparar seu rifle contra os inimigos.

Os gráficos decepcionam um pouco, mas não chegam a atrapalhar a experiência. Para compensar, os efeitos sonoros e trilha dão a sensação de ser um verdadeiro atirador de elite, tendo apenas a companhia de seu rifle, de seus batimentos cardíacos e do som ambiente.

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Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Jogabilidade simplificada
  • Curva de aprendizagem suave
  • Boa variedade de missões
  • Missões não-lineares
  • Belas cenas de morte

Contras

  • Gráficos
  • Falta de personalidade do protagonista
  • Cenários um tanto genéricos
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Ceraldi
Ceraldihttp://criticalhits.com.br
UX & UI Manager, Ceraldi se dedica (menos do que gostaria) ao Critical Hits e tentar cumprir seu papel de pai de família em meio à gatos, bacon, video games, séries, MCU, futebol e NBA.