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Shadow Labyrinth – Análise – Review – Vale a Pena

Shadow Labyrinth é uma espécie de mistura entre a franquia Pac Man e o gênero Metroidvania, expandindo o conceito do curta apresentado durante a série Secret Level da Amazon no ano passado, mas será que um jogo com esse conceito da liga?

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Em Shadow Labyrinth, você controla o personagem Nº 8, que foi despertado por um orbe misterioso chamado Puck, e agora ambos devem escalar a misteriosa Torre Negra, numa história que vai sendo desenvolvida vagarosamente aqui e ali conforme você explora um mundo cheio de desafios e que possui áreas acessíveis e áreas que você só pode entrar após obter alguma melhoria em específico, ou seja, um jogo do gênero Metroidvania bem tradicional nesse sentido.

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Shadow Labyrinth - Análise - Review - Vale a Pena

A grande inovação de Shadow Labyrinth é tentar adicionar algumas mecânicas de Pac Man ao jogo. Ainda no começo, Puck mostra ao Nº 8 que vocês podem se fundir para andar por certos trilhos espalhados pelo cenários do game. A ideia até é um conceito interessante a princípio, mas não chega a ser algo que realmente faça o jogo se diferenciar de outros jogos do gênero, já que ela é usada mais em desafios de navegação, mas o gameplay enquanto você “vira o Pacman” é meio engessado e deixa você extremamente vulnerável a golpes dos seus adversários, e às vezes esses golpes podem te fazer voar bem longe, fazendo você ter que repetir alguns longos percursos após cair de algum penhasco, por exemplo.

No mais, o jogo apresenta basicamente as mesmas coisas que a maioria dos Metroidvanias apresentam durante suas histórias, ainda que aqui o progresso pareça demorado demais, já que você fica boa parte do jogo com o mesmo conjunto de poderes e os novos custam a mudar a gameplay de uma maneira significativa.

Isso acaba prejudicando o ritmo do jogo, o que é o grande pecado de Shadow Labyrinth: há muitos momentos em que o jogo se arrasta demais e parece mais uma sucessão de corredores com inimgos e desafios onde você está andando meio que sem objetivo e torcendo para chegar em algum lugar, já que, diferente de outros jogos, este te dá missões muito vagas e quer que você se vire explorando os cenários até, com sorte, chegar onde o jogo espera.

Em mais de um momento eu me perdi por cuasa disso, sem saber exatamente o que o jogo queria de mim. Essa abordagem minimalista funciona em outros jogos, mas aqui talvez pela falta de checkpoints mais frequentes ou por ficar muito tempo na mesmice e sem apresentar grandes novidades e também sem ter uma gameplay tão divertida assim que justifique a lenta evolução, o que eu mais senti no jogo ao descobrir que eu fui pro lugar certo foi alívio ao invés de algo mais próximo da diversão.

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O combate do jogo não chega a ser muito difícil na maior parte do tempo. Você pode atacar usando sua espada e possui algumas habilidades com ela que vai aprendendo conforme avança no jogo. Você também pode esquivar dos golpes com um botão de esquiva e possui uma barra de stamina, além de uma quantidade de poções de cura que pode ser carregada no seu checkpoint (e que basicamente é a sua única cura dentro do jogo).

Além disso, você também pode se fundir com Puck após uma determinada parte do jogo para transformar-se num “robô gigante” basicamente imortal e que consegue causar grandes quantidades de dano aos seus inimigos, mas para isso deve consumir as carcaças dos seus adversários após derrotá-los.

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A maior parte da dificuldade do combate de Shadow Labirynth vem do fato de que o caminho que você deve percorrer entre um checkpoint e o outro costuma ser bem longo, e nem todo checkpoint costuma recarregar o seu item de cura, apenas os que possuem uma energia especial em cima e que são os que você pode usar para dar level up.

Os inimigos em si não chegam a ser difíceis de se derrotar e também não costumam ter uma grande quantidade de vida, mas o jogo tem a péssima mania de colocá-los em plataformas apertadas onde o seu personagem tem o péssimo costume de cair sempre em cima deles, e quando isso acontece, você toma dano por encostar no inimigo, então prepare-se para passar bastante raiva com isso acontecendo.

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Shadow Labyrinth - Análise - Review - Vale a Pena

Os chefes de Shadow Labirynth são bem desafiadores em alguns casos, e bem fáceis em outros. Há chefes que eu consegui vencer de primeira, e teve alguns que eu tive que enfrentar 5~10 vezes até conseguir derrotar, o duro foi quando algum chefe difícil ficava longe do checkpoint dele, pois daí a experiência lembrava alguns momentos dolorosos de Dark Souls, onde você tinha que torcer pra chegar inteiro o suficiente no chefe que não estava tão próximo assim ao seu checkpoint.

Outro ponto que me desagradou no jogo foi o mapa dele. O mapa é muito mal feito e confuso. Você precisa colar a cara na tela do seu portátil (no caso do Switch) ou da televisão para entender onde você está e o que o jogo tem de caminhos disponíveis próximo a onde você está.

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Shadow Labyrinth - Análise - Review - Vale a Pena

Graficamente, Shadow Labirynth não tem lá o melhor estilo de arte do mundo, os personagens são meio genéricos e os cenários também. Eu joguei a versão de Switch original no meu Switch 2 pois fiz besteira na hora de ativar as chaves do jogo, mas mesmo com essa versão o jogo não apresentou nenhum problema de performance, só rodou numa resolução bem feia mesmo.

A trilha sonora do jogo é quase inexistente e nada marcante quando ela aparece. Felizmente, o jogo vem com legendas em português para ajudar você a entender o que está acontecendo.

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Mas e aí, Shadow Labirynth vale a pena?

Shadow Labyrinth - Análise - Review - Vale a Pena

Eu queria ter me divertido mais com Shadow Labirynth, mas infelizmente não foi o que aconteceu. O jogo tem um ritmo muito arrastado, é “punitivo” pelos motivos errados e acaba se tornando mais irritante do que desafiador mesmo, e quando eu vencia algum chefe difícil, o que eu sentia era alívio de não precisar fazer mais aquilo, e não felicidade. Infelizmente não tem como recomendar o jogo.

Rewiew elaborado com uma cópia do jogo para Nintendo Switch 2 fornecido pela publisher.

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Resumo para os preguiçosos

Shadow Labyrinth é um jogo que mistura elementos da franquia Pac-Man com o estilo Metroidvania, expandindo a premissa do curta da série Secret Level. Nele, o jogador controla o Swordsman Nº 8, guiado por um orbe chamado Puck, em uma jornada para escalar a Torre Negra. O jogo tenta inovar ao incorporar mecânicas inspiradas em Pac-Man, como trilhos de movimentação e fusão com Puck, mas essas ideias não se desenvolvem de forma marcante. A progressão é lenta, com poucas habilidades sendo desbloqueadas ao longo do tempo, o que prejudica o ritmo e transforma a exploração em algo repetitivo, sem objetivos claros.

O combate é funcional, mas pouco empolgante, com inimigos simples e chefes com dificuldade inconsistente. O jogo frustra mais pelo sistema de checkpoints distantes e mapas mal elaborados do que pelos desafios em si. Visualmente genérico, com trilha sonora esquecível e uma direção de arte sem impacto, Shadow Labyrinth falha em cativar, mesmo tentando homenagear o legado da Namco. Ao final, a sensação deixada é de alívio por avançar, e não de diversão — um jogo que prometia mais do que entregou.

Nota final

50
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Algumas boas ideias
  • Alguns chefes desafiadores

Contras

  • Ritmo arrastado demais
  • Pouca diversão
  • Estilo de arte genérico
  • Trilha sonora quase inexistente
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.