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Screamride – Review

Quando a Microsoft anunciou Screamride para o Xbox One, eu e, imagino eu, todo o mundo, achou que a companhia estava para lançar um simulador de parque de diversões para o console. E não é que estávamos todos enganados? Screamride não é exatamente isso, ou melhor, é isso e não é isso, e é outras coisas também, e é sobre isso que vamos falar no review de hoje.

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Em Screamride, você tem não um, mas três modos de jogo. No primeiro deles, seu objetivo é andar de montanha russa da forma mais radical possível e, se der, fazer os participantes do brinquedo enfartar. Para isso, você tem que deslizar pelos trilhos em duas rodas, correr o mais rápido possível, enfim, fazer todas aquelas coisas que fazem a adrenalina ir nas alturas. Esse foi o modo que a companhia mais divulgou quando anunciou o jogo. E é de longe o mais divertido deles.

A ideia aqui é você controlar os vagões da montanha russa testando a física ao limite, freando o mínimo possível (e causando freadas nos participantes da brincadeira) e, enfim, tentando ter uma experiência de gritos, velocidade e tudo aquilo o que nós queremos quando entramos numa montanha russa. Há uma série de fases e de manobras possíveis, e o repertório delas vai aumentando conforme você avança no jogo, meio que lembrando um pouco o que a Ubisoft faz em Trails Fusion, te carregando pela mão pelos primeiros estágios e depois te jogando no liquidificador pra você mostrar do que é capaz. Como eu disse antes, esse é o melhor modo do jogo.

O segundo modo é meio estranho e divertido também, mas parece mais uma demonstração técnica de como as leis da física funcionam. Nele, você e seus screamriders entram numa bola que é arremessada em prédios e construções. O objetivo aqui é causar o máximo de destruição o possível e ver prédios implodindo, um se acertando no outro, enfim, o objetivo é criar destruição em massa.

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Como eu disse, o modo é divertido também, mas ele é meio.. estranho. Para arremessar as esferas, você tem uma espécie de funda gigante e alguns controles como força e afins. Além disso, após a esfera ser arremessada, você teoricamente pode controlar um pouco da direção que ela vai, mas ela te dá esse controle por um tempo tão breve que ele mal adianta em alguma coisa. No começo, você erra bem mais do que acerta, e quem acaba sofrendo com isso é o teto, que leva várias pedradas sem ter feito nada para merecer isso.

Novamente, conforme o jogo vai avançando, mais mapas com uma maior complexidade vão aparecendo, até que você fica livre para destruir os cenários da forma como você bem entender.

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O modo final de Screamride é um modo de criação de pistas. Aqui, você tem que criar sua montanha russa e, novamente, tentar enfartar os participantes da brincadeira. E ele é bem chato. Para começar, o modo é meio ruim de se usar no controle. Esse é um dos raros momentos em que um mouse seria bem melhor que um controle. Você imagina uma montanha russa com vinte mil piruetas e acaba descobrindo que você não consegue cria-la porque é complicado fazer as tais piruetas e também porque o jogo te dá um número limitado de trilhos por fase para criar.

Novamente, a cada estágio mais opções e um tamanho maior de trilho vai sendo disponibilizado, mas, sinceramente, esse foi o modo que menos me interessou no jogo, e que teoricamente era para ser o modo que venderia o jogo.

Esses três modos descritos até agora são os do modo carreira. Além deles, há o modo Arcade do jogo, onde você está livre pra criar as pistas, andar nelas como quiser e por aí vai. Também é possível pegar pistas criadas por outros jogadores e baixa-las pela internet para jogar, compensando a minha total imprestabilidade na tarefa de criação de pistas mais legais.

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Graficamente, Screamride é um jogo bonito, mas que apresenta slowdowns no simulador de destruição, principalmente quando os prédios estão desmoronando. Ok, imagino que deva ser uma trabalheira do caramba pro processador do Xbox One calcular a física dos prédios caindo, mas é meio chato o jogo ficar todo lento enquanto você tenta mirar o próximo tiro. Às vezes é necessário acertar locais enquanto eles estão caindo pra propagar a destruição, e isso acaba atrapalhando um pouco. A trilha sonora do jogo, entretanto, é bem divertida, apesar de não ter nenhuma composição de destaque e poucas falas.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One fornecida pela desenvolvedora.

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Resumo para os preguiçosos

Screamride é um jogo três em um que tem dois modos divertidos (apesar de não espetaculares) e um modo bem chato. Há bastante conteúdo para você se entreter aqui, se você gostar de montanhas russas sem Kinect e de destruir prédios e simulações físicas. Quem gosta de brincar de construir coisas, pode acabar se divertindo no modo de construção também, apesar de eu ter achado ele o mais chato dos três. Só não compre o jogo achando que ele é um simulador de parque de diversões. Ele não é.

Nota final

70
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Destruir prédios é divertido
  • Assim como andar de montanha russa
  • Bastante conteúdo

Contras

  • Modo de construção bem chato
  • Divertido, porém longe de ser espetacular em qualquer uma das coisas que tenta
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.