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Rocket League – Review

Os jogos de esporte estão numa fase bem interessante. Tudo de “tradicional” já foi explorado. Todos os principais esportes já têm o seu representante virtual estabelecido, e dificilmente vemos grandes novidades no gênero. Para continuar no mercado sem ser um PES ou um FIFA, pegando o exemplo do futebol, algumas empresas estão trabalhando em formas diferentes de disputar um esporte conhecido. Esse é o caso de Rocket League, o jogo de futebol com pneus ao invés de chuteiras.

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As vezes, uma ideia é tão boa, que te deixa surpreso por ninguém ter pensado nisso. Por outro lado, você fica receoso e pensa em como a execução dessa ideia pode ser complicada e gerar um pedaço de lixo radioativo. Será que Rocket League conseguiu usar a boa ideia sem pecar na execução? Já antecipo que sim.

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Primeiramente, fica o lembrete de que Rocket League não é um jogo de futebol normal. Eu sei que isso já estava óbvio por ser um jogo de carro, mas eu posso explicar melhor: O jogo é disputado em arenas futuristas, com uma bola mais pesada e maior, pelo menos em escala, já que aparentemente são carros de brinquedo, daqueles de controle remoto mesmo. As partidas são divertidíssimas e normalmente caóticas.

O visual futurista, aliado a gráficos bons – mas sem nada de especial – para a geração atual, é parte do que torna o jogo cativante. As possibilidades de customização do jogo são quase infinitas, apesar de todas serem meramente estéticas, o que tem seu ponto positivo e negativo, mas já eu chego nessa parte.

São partidas de 5 minutos, podendo ter de 1 a 4 jogadores por time, inclusive com a possibilidade de jogar sozinho contra um time de 4 adversários, mais ou menos o que o Neymar fazia no último ano que jogou pelo Santos ou na seleção brasileira desse ano. Em caso de empate nesses 5 minutos, prorrogação, com tempo ilimitado e gol de ouro. A forma de disputa é um convite para o caos, e por falar nele, sabe aquele conceito de posicionamento de jogos de esporte normais? Aqui o caos reina, e isso não existe. O jogo te torna goleiro, zagueiro e atacante ao mesmo tempo, e te dá pontos por defesas, chutões pra frente, assistências e, claro, gols.

Apesar da sensação de velocidade ser bem legal, não é nada recomendado ficar com a aceleração máxima durante a partida, porque, como você deve imaginar, é muito difícil acertar uma bola em alta velocidade, e o número de “furadas” é absurdo. Sim, é muito divertido subir pelas grades e paredes da arena enquanto tenta acertar a bola, mas você não vai acertá-la assim, muito menos no começo.

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Por falar em começo, é interessante ressaltar a curva de aprendizado do jogo. Pode parecer exagero, mas Rocket League é muito mais profundo do que aparenta, e o aprendizado é constante. São necessárias muitas e muitas horas de jogo para “pegar a mão”. E a melhor parte é que você quase não sente esse tempo passar. É o primeiro jogo em algum tempo que me faz repetir, sem sucesso, a frase “Só mais uma partida”. Todos os dias desde que o jogo terminou de ser baixado, foram várias “saideiras”, nenhuma delas cumprida até eu perceber que já tinha passado umas 5 horas jogando.

Infelizmente, o jogo ainda tem um pouco de trabalho a ser feito: Os servidores online estiveram muitas vezes indisponíveis quando fui jogar, e em algumas partidas o lag predomina. Tudo bem, essa segunda parte pode ser culpa da minha internet, mas a parte dos servidores realmente preocupa. O problema é reduzido por um single-player divertidíssimo, mas muitas vezes a IA da sua equipe fica semelhante à de uma ameba. Sim, só a da sua equipe. Por fim, a parte da customização pode deixar a desejar, já que todos os itens e carros só são diferenciações estéticas. Claro que isso tem o ponto positivo de balancear o modo online, mas as vezes é um pouco frustrante ver tanta variação visual e NENHUMA variação de performance.

De modo geral, Rocket League é uma das melhores surpresas de 2015. O jogo cumpre tudo que promete e consegue até superar expectativas. Da parte da experiência pessoal, posso garantir que o jogo é tão divertido que por vezes até me fez esquecer de que estava jogando-o para fazer um review.

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Review elaborado numa versão para PC do jogo. Jogo comprado pelo avaliador.

Resumo para os preguiçosos

Rocket League é uma ideia quase absurda que deu ridiculamente certo. Jogue partidas de futebol sem jogadores, mas sim com um carro. O jogo é caótico e divertido, e você não vai querer parar de jogar.

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Divertido pra caramba
  • Visuais cativantes
  • Gameplay profundo e aprendizado recompensador
  • Fórmula ideal para o caos

Contras

  • Servidores deixam a desejar *resolvido após a semana de lançamento
  • IA dos companheiros pode emburrecer de uma hora pra outra
  • Customização quase infinita, mas meramente estética
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4 COMENTÁRIOS

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Vander Lissi
Vander Lissihttp://criticalhits.com.br
Vanderlei Rodrigues Lissi é colaborador do Critical Hits. Mascote da equipe, ele, que prefere ser chamado de Vander,talvez por não aguentar mais piadinhas na pré-escola com aquele técnico de futebol, até hoje ainda acha que Pokémon Stadium é o melhor jogo dos monstrinhos de bolso.