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Retro City Rampage – Review

A nostalgia descreve a saudade de um tempo vivido e que muitas vezes é idealizada e irreal. Quer um exemplo? Todo mundo que nasceu na era 8/16-bit diz que ela foi a era de ouro dos videogames, onde a criatividade não tinha limites, onde cada jogo era uma descoberta nova. Eles eram charmosos e instigantes. Retro City Rampage é sobre isso, e é muito bom no que faz.

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O jogo conta a história de Hero, um capanga de uma gangue qualquer que acabou sendo levado para o passado e deve retornar ao seu tempo, sendo ajudado por Doctor, um personagem que faz uma clara homenagem a Doc Brown, de De volta para o futuro, numa série de missões pela Theftopolis do passado.

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O jogo não para por aí e é uma gigantesca homenagem a praticamente tudo o que foi feito de bom naquela era. Ele tem aquele visual de cima de GTA 1 e 2 onde você pode sair tocando o terror na cidade toda (curiosamente chamada de Theftopolis) mas ele vai muito além disso.

Além de GTA, ele presta homenagem a uma porrada de jogos em seus diversos estágios, como The Legend of Zelda, Mega Man, Bionic Comando, Donkey Kong etc, das mais variadas formas. Para dar um exemplo apenas, há um carro igual ao Donkey Kong que pode atropelar outros carros e pessoas pela rua.

Aliás, tudo isso é algo que gera empolgação em qualquer pessoa nascida na época, mas qual o resultado final? Ele é sensacional. O jogo é bastante fiel ao que os jogos antigos foram, além de fazer um ótimo serviço em modernizar algumas mecânicas para não tornar a experiência chata. Se pensarmos que tudo isso é o trabalho de apenas uma pessoa, o fato torna-se mais impressionante ainda.

Para quem nunca ouviu a história de desenvolvimento de Retro City Rampage, vamos a um rápido resumo dela, pois ela acaba tornando o jogo mais interessante ainda. Ele é a criação de Brian Provinciano, um canadense que não tinha mais nada para fazer e resolveu fazer um clone GTA que prestasse homenagem a diversos jogos que ele gostava.

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O projeto acabou atraindo a atenção de outras pessoas e ele decidiu levar a brincadeira a sério. Tudo isso foi três anos atrás. O cara ficou desenvolvendo o jogo por três anos sozinho, salvo por mais uma pessoa que fez a trilha sonora dele. Ao olhar o resultado final e a quantidade de coisas e de detalhes que o jogo traz, é de cair o queixo.

Os gráficos do jogo seguem exatamente o padrão 8-bit, com apenas algumas cores a mais, mas isso pode ser alterado nos diversos filtros gráficos que o jogo traz nas opções nostálgicas, incluindo até a opção de deixar os gráficos dele com cor de Gameboy, aquele amarelo e branco, lembram?

 

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A música do jogo e os efeitos sonoros são bem legais e, diferente do que eu lembro de toda a era 8-bit, não são irritantes. Sinto muito, eu odeio música de jogos 8-bit. Não as composições em si, mas os chips musicais do NES e do Master System eram sofríveis. Que bom que não é o caso aqui.

Eu já falei um pouco sobre o conteúdo do jogo, mas gostaria de tocar nesse ponto de novo. Há MUITA coisa para se fazer nele. Além das 50 missões normais e os 30 desafios, o jogo é carregado de referências a jogos antigos e minigames no fliperama da cidade, onde você pode jogar Meat Boy (em 3d estereoscópico, aquele do óculos vermelho e azul), Bit Trip e o programa favorito do autor: Epic Meal Time, num minigame semelhante às fases bônus do Mortal Kombat original, onde você tinha que torturar o botão de ação até a barra subir o suficiente.

O jogo traz também uma grande quantidade de armas, carros e localidades. Tudo nesse jogo cheira a velho, mas aquele velho que nós olhamos com uma cara de “pqp, eu não acredito que ele lembrou desse jogo!”.

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O único problema que eu encontrei em Retro City Rampage foi o som. Eu não sei porque, mas ele não funciona direito no meu computador quando eu tento jogar nas caixas de som. Vai ver o jogo se perde com sistemas 5.1, o que me força a jogar de fones de ouvido. Nâo é um sacrifício, mas foi um problema que eu encontrei.

Retro City Rampage é um jogo bom demais, ainda mais para quem tem seus 20 e poucos anos, como eu. Faça um favor à sua infância e compre ele de uma vez, ainda mais que o dia das crianças acabou de passar e você provavelmente não ganhou nada.

Dados:

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Nome do jogo: Retro City Rampage
Desenvolvedor/Publisher: Vblank Entertainment Inc
Plataformas: PC, PS3, PS Vita, Xbox 360
Preço: US$ 14,99
Onde Comprar: Steam, Retrocityrampage.com

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

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Contras

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.