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Resident Evil: Revelations 2 – Episódio 1 – Review

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Observação: Review apenas do primeiro capítulo do jogo. Ele terá um capítulo liberado por semana, além de dois capítulos extras que serão liberados na última semana. O review do produto completo será postado quando todos os capítulos forem lançados.

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2012 foi um ano interessante para Resident Evil. De um lado, nós tivemos Resident Evil 6, um título com um orçamento gigantesco que pretendia agradar a gregos e a troianos e que na verdade desagradou muita gente e deu prejuízo pra Capcom. De outro lado, nós tivemos Resident Evil: Revelations, um título de 3DS com uma certa volta às origens da série e que foi muito bem recebido, tanto que ganhou uma versão atualizada para os consoles e para PC. Desde aquele ano, nenhum outro título da franquia novo havia sido lançado, até que Revelations 2 chegou. Será que ele consegue manter o bom momento vivido por Revelations ou a peteca cai novamente? Vamos descobrir em breve.

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Em Resident Evil: Revelations 2, você novamente controla mais de um grupo de personagens. Inicialmente, a trama se desenrola com Claire Redfield e Moira Burton. Todo mundo já conhece Claire Redfield de Resident Evil 2 e Code Veronica. Moira Burton é uma novata na trama. Ela é a filha de Barry Burton, um dos personagens mais queridos de Resident Evil. Além deles, também temos a volta de Barry Burton e a estreia de Natalia. Como são dois cenários isolados (até que se cruzem, o que provavelmente acontecerá nos próximos capítulos).

A história inicial do jogo é a seguinte: Claire trabalha numa agência anti-terrorismo chamada TerraSave. Ela encontra Moira Burton no primeiro dia de trabalho desta, mas infelizmente a sede da agência é atacada e ambas são capturadas, juntamente com todas as outras pessoas de lá. As duas acordam numa espécie de prisão onde um experimento está sendo conduzido e aparentemente com os presos e seu objetivo é sobreviver e fugir de lá. Antes de serem presas, Claire e Moira são injetadas com alguma espécie de líquido que provavelmente será revelado no futuro para que serve, mas seu objetivo básico no momento é armar-se e dar no pé dali, pois o lugar está cheio de criaturas bizarras.

A colônia penal é o lugar onde boa parte da ação do primeiro episódio se desenvolve e podemos notar que boa parte do manual de Revelations 1 é adotado aqui. Há sustos (mais de um, inclusive), há a tensão de andar sem munição ou quase sem, há inimigos fortes pra cacete e também há um momento ou outro em que você quer atirar o controle na parede, mas no fim das contas, eu percebi que, pelo menos até agora, isso foi por burrice minha do que pelo jogo. Ou seja, a dificuldade de Revelations 2 até o momento é muito honesta.

A exemplo de Revelations, você controla dois personagens por vez, mas com novidades e relação ao game anterior, agora é possível alternar os personagens. Claire carrega as armas e Moira aponta uma lanterna para tontear inimigos, além de usar um pé de cabra para matar/tontear os inimigos (afinal de contas, ela não usa armas, por mais que estejamos num lugar cheio de monstros que querem comer o cérebro dela, sabe como adolescentes são teimosos, né?). Há vários momentos em que você precisa usar uma ou outra personagem, ou usar as duas nas mesmas áreas. Moira é uma personagem de suporte que pode tontear os inimigos (fazendo assim que Claire bot ataque eles com chutes mortais) e que também pode encontrar itens jogados pelo cenário, sendo ela uma versão humana do scanner de Revelations.

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Além disso, há alguns breves momentos em que você tem que alternar as duas, ou seja, colocar uma pra fazer algo enquanto a outra executa outro trabalho em paralelo. Isso é pouco explorado no primeiro capítulo de Claire e Moira, mas que tem bastante potencial para ser algo bem legal mais pra frente. Além disso, assim como em Revelations, há bastante backtracking, ou seja, o cenário é bem aproveitado pelo jogo, e você precisa ir e voltar das salas várias vezes para finalmente prosseguir. Ao todo, temos uma hora de campanha com as duas personagens no primeiro capítulo.

Já no caso de Barry, você controla o velho durão que está a caminho da colônia penal onde Claire e Moira foram levadas para resgata-las. Lá, ele encontra Natalia sozinha e ela começa a acompanha-lo por achar que isso é uma opção mais segura do que ficar esperando por Barry. Ou seja, você basicamente sempre tem um fardo consigo. Como Barry está bem melhor armado que Claire, Natalia serve basicamente para encontrar itens e detectar inimigos e ameaças. Há um quê de The Last of Us no cenário dele, mas bem de leve. Felizmente, até o momento, a Capcom manteve a originalidade.

Se no caso de Claire e Moira nós tínhamos backtracking, no caso de Barry, a ação é bem mais direta mesmo. Você avança pela mesma colônia penal em que Claire e Moira estiveram e o negócio é meter balas nos inimigos e dar um jeito de prosseguir pelo caminho deixado por elas. Os inimigos são diferentes também, em relação ao outro cenário, apesar do nível de dificuldade ser mais ou menos o mesmo pelo fato de Barry trazer um belo arsenal de armas para o resgate (ao invés de uma pistolinha e meia dúzia de ervas).

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O combate funciona de maneira bem confortável. Enquanto Resident Evil: Revelations parecia meio desajeitado, Revelations 2 corrigiu isso totalmente. É mais fácil mirar e atirar, os controles respondem de uma forma melhor e também há um novo comando de esquiva, que desta vez finalmente funciona, não como no jogo anterior. É verdade que os inimigos não são tão criativos assim, mas encaixam-se dentro dos padrões da série.

Ao fim de cada um dos cenários, você pode dar level up em algumas habilidades chave dos seus personagens. Eu fiquei de cara com o jogo no começo por fazer Barry e Claire atacarem os inimigos de faquinha enquanto eu controlava Natalia e Moira. Depois de terminar o primeiro capítulo de ambos e ir dar level up, o jogo me mostra a opção de eles desbloquear o uso de armas deles enquanto a IA os controla (e o melhor, sem gastar a preciosa munição). Além dessa opção importante, outras são bloqueadas.

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No geral, eu gostei bastante da história desse jogo. Ok, é mais uma conspiração e mais perguntas que ninguém fez conectando dois capítulos que não são tão interessantes assim (o jogo se passa entre Resident Evil 5 e 6), mas o que eu mais gostei no roteiro do jogo foram as próprias piadas internas que o jogo faz consigo. Quem jogou Resident Evil 1 recentemente, ou lembra de algumas falas clássicas de Barry, vai entender o que eu quis dizer.

Para completar, ainda temos o modo Raid, que por si só já valeria um jogo completo e que faz as duas horas necessárias para terminar os dois episódios dessa semana em várias horas a mais.

Graficamente, Resident Evil: Revelations 2 tem belos gráficos. Eu joguei a versão de PC com tudo no máximo e, apesar deles não tentarem ser o jogo mais bonito de todos os tempos, a Capcom escolheu um estilo de arte que lembra os últimos capítulos da franquia e que é bem executado. A ação rola a 60 frames por segundo, apesar de eventuais engasgadas que não deveriam acontecer. Imagino eu que elas serão corrigidas na versão final.

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No departamento sonoro, a trilha ajuda bastante a criar o clima de tensão das áreas mais assustadoras do jogo e a dublagem está muito bem feita. O jogo ainda vem com legendas em português brasileiro, e é possível escolher entre idioma das legendas e língua falada (dá pra jogar com o áudio em japonês e as legendas em português, por exemplo).

Review elaborado com a versão digital de PC do jogo fornecida pela Capcom

Resumo para os preguiçosos

Resident Evil: Revelations 2 – Episódio 1 traz uma boa introdução a um jogo que promete ser um dos melhores capítulos da história recente da franquia. O jogo alterna bem os momentos de tensão e ação e a história, pelo menos no que foi mostrada até agora, parece também ser bem interessante. Além disso, há algumas mecânicas novas que, se usadas de maneira correta nos próximos capítulos, prometem tornar este título especial.

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Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Boa alternância entre ação e suspense
  • Sistema de combate melhorado
  • Bom roteiro e dublagem no capítulo
  • Modo Raid
  • Legendas em português

Contras

  • Alguns engasgos que não deveriam acontecer na versão de PC
  • Esperar até a semana que vem pra jogar a próxima parte
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.