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Resident Evil 6 – Demo (Review)

[Alerta, spoilers do demo no review, caso você sinta que tem alguém ofendendo a sua avó ao ler um spoiler, sublinharei essas partes para que a história do demo não seja prejudicada]

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Resident Evil foi um jogo que me marcou bastante no PlayStation. Lembro de passar várias tardes jogando e do meu irmão perdendo noites de sono por causa da cena inicial do primeiro jogo (http://www.youtube.com/watch?v=Mgr1zoSB9dM).

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Com a mudança de casa da série para o DreamCast e futuramente para o Game Cube na geração seguinte, acabei não jogando as próximas versões, até que saiu Resident Evil 4 para o PlayStation 2. A princípio, foi uma experiência legal, mas o jogo ficou repetitivo demais a partir de uma etapa, o que me fez largar o jogo e nunca terminá-lo. Com Resident Evil 5 foi pior, eu joguei mais ou menos meia hora e nunca mais voltei.

Ontem saiu o demo de Resident Evil 6 na Xbox e eu resolvi dar mais uma chance à série. Vai que o jogo é bom e eu esteja perdendo a chance de jogar algo por traumas passados, pensei. Quem dera eu não tivesse ouvido a mim mesmo.

O demo de Resident Evil lhe dá a opção de jogar três cenários, Leon, Chris e Jake, cada um composto pelo personagem principal e sua ajudante. Durante a tela de carregamento do jogo, um esquema de controles aparece. É tanto botão que é óbvio que eu só olhei para onde mirar e atirar.

No cenário de Leon, o ex-policial começa mandando o presidente dos Estados Unidos (que agora virou um zumbi) afastar-se e, após o inimigo não dar a mínima bola para as ordens de Leon (afinal, é um zumbi), o nosso protagonista mete bala na cabeça dele. Após a dramática cena de início, sua parceira e você decidem ir para um lugar onde ela diz ter uma pista sobre quem estaria espalhando o vírus, agora em forma de gás, e é aí que o meu martírio começa.

A ação no jogo é em terceira pessoa, como em todos os outros jogos da série. A diferença principal é que os controles, pelo menos desse demo, são meio duros e a câmera não ajuda muito, mas nada que atrapalhe nesse. Matar zumbis lentos foi bastante fácil nesse esquema. Na verdade, seria mais fácil ainda se o jogo não tentasse te ajudar.

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O esquema de mira é exatamente o mesmo dos dois últimos jogos da série, mas quando a mira se aproxima dos zumbis, o jogo tenta corrigir um pouco ela para que os tiros saiam mais facilmente no alvo. Até aí, tudo bem, o jogo quer só dar uma mão, não fosse o fato de eu estar mirando na cabeça do zumbi e os tiros saindo no pescoço, ou nem pegando no zumbi mesmo. Em algumas partes, atirar é bem frustrante…

…Mas nada que eu passei com Leon se compara ao que o jogo se torna no cenário de Chris Redfield. O protagonista do primeiro Resident Evil encontra-se na Europa Oriental tentando combater os bio-terroristas com uma equipe militar. Sim, o jogo virou Call of Duty e isso não é nada bom.

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O que parecia ruim para Leon torna-se o inferno em Chris. A movimentação do jogo não ajuda em nada e pior, o jogo vira uma espécie de cover-based shooter (daqueles onde você deve se esconder atrás das paredes e só sair quando o inimigo parar de atirar para meter bala na cara dele). Para esconder-se atrás das paredes, você deve estar mirando e ir contra elas. Isso traz dois problemas: o primeiro é que Chris caminha feito uma tartaruga enquanto mira, lhe deixando exposto a toda artilharia adversária enquanto não chega na parede, o segundo é que o jogo não reconhece que você quer se esconder atrás da parede às vezes, tornando as cenas de tiro bastante chatas.

Para completar os meus problemas com o tiroteio, o jogo meio que torna os inimigos imortais às vezes, como quando eles estão durante a animação de reação aos tiros e descendo escadas/pulando obstáculos. Nem preciso dizer que isso DEVE ser corrigido na versão final do jogo, né? Uma coisa engraçada é o fato de Chris Redfield ser imortal. Sim, eu levei toda sorte de tiros, como bazuca, metralhadora, sniper e não morri. Até Wolverine ficaria com inveja dessa super resistência do herói.

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O capítulo final é algo intermediário ao de Chris e Leon, com alguns inimigos sendo os zumbis burros do inicial e outros armados, além de um lagarto de pedra bastante irritante. O cenário é o mais curto dos três, ou vai ver eu já estava mais habituado aos controles horríveis e consegui lidar melhor com o que o jogo tinha a oferecer.

Os visuais e o som do jogo são legais, os zumbis são bastante diversificados e a música se adecua bem ao clima de não-terror que o ambiente tenta criar. Nisso eu não tenho nada a reclamar, mas também não há muito a elogiar, o jogo não tem nada que chame muito a atenção. É bonito, mas nada de diferente em relação ao que temos visto nesse fim de ciclo de vida do Xbox e do PS3.

Eu sinceramente não sei o que a Capcom pretende com esse demo. Se é afastar o público do jogo, meus parabéns, Capcom, vocês acertaram em cheio na mão. Se a ideia for o contrário, bom, voltem pra mesa de desenvolvimento e corrijam a mecânica de jogo. Correndo. Eu já fui fã de Resident Evil um dia e até me senti tentado a voltar a jogar a série. Depois desse demo, quem sabe só na sétima versão.

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Nota final

20
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

!

Contras

!

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1 COMENTÁRIO

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.