Plants vs Zombies: Garden Warfare 2 – Review

A Electronic Arts recebeu narizes torcidos ao anunciar Plants vs Zombies: Garden Warfare original, e surpreendeu muita gente com um jogo que era muito bom, ainda que tivesse seus defeitos. Será que a companhia conseguiu consertar o que evitava que o jogo chegasse ao próximo nível nessa continuação, ou Plants vs Zombies: Garden Warfare 2 é simplesmente mais do mesmo e pouca inovação? Dica: é o primeiro.

Em Plants vs Zombies: Garden Warfare 2, você retorna ao jardim da eterna batalha entre as plantas e os zumbis. Desta vez, o jogo realmente vem com um modo campanha, e não apenas missões single player sem sentido algum, como no título anterior. Ambas as facções ganharam campanhas, e, ainda que não sejam já muito extensas, ambas as campanhas servem para que você aprenda a jogar melhor com cada uma das mais variadas classes do jogo.

Além dessa campanha de ambas as facções, o jogo agora conta com um sistema de menu bem diferente, onde você explora um mundo aberto em busca de colecionáveis, missões e outras coisas do tipo. Você ainda começa perto das opções como multiplayer, e loja de figurinhas (mais sobre isso em breve), mas é possível sair por aí atirando em tudo o que você vê pela frente e ganhando níveis assim que o jogo inicia.

Apesar dessa característica interessante inicial, Plants vs Zombies: Garden Warfare 2 parece ser um jogo que só funciona enquanto você estiver online. Durante a semana que eu passei com o jogo para fazer o review dele, a minha conexão caiu bastante nos primeiros dias, e mais de uma vez eu fiquei travado no jogo por causa disso, então, se você quer jogar, lembre-se de ter uma internet melhor que a minha.

O mundo apresentado pela Popcap e pela EA nesse jogo é bem rico, e é cheio de estilo. Uma das características mais legais de Garden Warfare original era a direção de arte do jogo. Ele é bonito, e casa muito bem com os carismáticos zumbis e plantas da série. Aqui, o caso é o mesmo, o mundo continua super bonito e detalhado, além de ser cheio de estilo também.

Caso você queira atirar em pessoas reais, Plants vs Zombies: Garden Warfare 2 continua sendo um jogo de tiro extremamente competente, também no modo multiplayer. Encontrar partidas é bem simples, e os servidores são bem povoados, ainda que eu tive que jogar apenas nos servidores americanos, pois os da América Latina não encontravam partidas para mim. Pode ser que eu tenha tentado em alguns horários ruins para isso, mas mesmo jogando em servidores americanos, eu consegui jogar numa boa, e o lag não afetou quase nada a minha experiência.

É exatamente aqui, no modo multiplayer, que Plants vs Zombies: Garden Warfare 2 brilha. O jogo é caos total. Com times de 12 jogadores de cada lado, você encontra inimigos a cada instante, e as paridas são bem movimentadas. Algo que eu gostaria que a EA mudasse, entretanto, fosse o número de frags para que as partidas acabem. Com 12 de cada lado, é bem rápido pra chegarmos a 50 mortes, e às vezes você acaba pegando uma partida no fim e consegue fazer pouco antes dela acabar.

Obviamente, o jogo não teria tanta graça assim se fosse apenas um jogo de tiro. Plants vs Zombies: Garden Warfare 2 tem um meta game bem divertido onde você ganha dinheiro a cada partida e deve comprar figurinhas com esse dinheiro. As figurinhas servem basicamente para você desbloquear customizações de personagens, armas novas, além de ajudantes para as suas missões na campanha do jogo. A cada partida, você ganha bastante dinheiro, e todo o jogo vem com zero microtransações, o que é muito bom, afinal de contas, seria muito simples colocar a opção de comprar dinheiro de verdade usando umas verdinhas.

Esse sistema funciona exatamente da mesma forma como em Garden Warfare original, mas felizmente ele foi refinado para que os jogadores precisem jogar menos partidas para conseguir mais cartas, o que é sempre muito bom. Caso você já tenha personagens desbloqueados em Garden Warfare, aliás, é possível importar os personagens para o seu jogo. Como eu havia jogado Garden Warfare no Xbox One e fiz o review desse jogo no PS4, não consegui importar meus personagens, mas pelo que eu li por aí, o sistema tem funcionado de acordo.

Mas e como é a experiência de jogo? É muito boa. Eu gosto bastante do estilo de jogo da série Garden Warfare, onde cada personagem tem a sua jogabilidade, além de seus pontos fortes e fracos. Ao todo, são 10 formas diferentes de se jogar, e é bem provável que você vá encontrar pelo menos uma classe da qual gosta. Eu, por exemplo, gosto de jogar como Soldado nos Zumbis e como Cactus nas Plantas, mas também há outras classes divertidas de se jogar. O jogo foge bastante do estilo tradicional do jogo de tiro, onde o que muda é a habilidade do jogador, e pouco além disso. Provavelmente é difícil de tornar o jogo extremamente competitivo dessa forma, mas Garden Warfare 2 acaba sendo um jogo de tiro descontraído sensacional.

Aliás, caso você não queira jogar contra humanos, mas ainda quer umas partidas competitivas, é possível jogar apenas contra a inteligência artificial, que também faz um excelente papel. Isso é bom para treinar, afinal, você consegue descobrir melhor quais classes funcionam bem com você sem passar vergonha na frente dos outros.

Graficamente, o jogo está praticamente igual ao anterior. Eu gosto pra caramba da direção de arte de Garden Warfare 2, e os cenários novos apresentados aqui são bem bonitos, coloridos e cheios de vida. Além disso, a resolução da versão de PlayStation 4 é melhor do que a de Xbox One (1080p contra 900p), mas o desempenho de framerate em ambas as versões é perfeito. Na versão de PC, fica a cargo da máquina do jogador, é claro.

Na trilha sonora, o jogo conta com várias músicas legais, e como Garden Warfare 2 tem uma língua própria, o jogo veio apenas legendado em português, o que já é mais do que o suficiente para o jogador aproveitar a experiência.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PS4 fornecida pela Electronic Arts do Brasil.