Pikmin 4 – Análise – Vale a Pena – Review

Pikmin 4 é o mais novo capítulo de uma das franquias mais interessantes que Shigeru Miyamoto criou para a Nintendo. Com um novo protagonista e diversas novidades, será que o jogo de estratégia em tempo real da Nintendo consegue ser mais uma adição forte ao catálogo do Nintendo Switch?

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Em Pikmin 4, você controla um personagem criado por você mesmo, e que faz parte de uma missão de resgate. No prólogo do jogo, controlamos brevemente o Capitão Olimar, protagonista dos jogos anteriores da franquia, que acabou ficando preso no planeta PNF-404 após um acidente. Depois de fazer amizade com um cão e mandar um SOS, Olimar some novamente, e agora cabe a você resgatá-lo.

Como a mensagem do Capitão Olimar viajou pela galáxia toda antes de chegar a você, chegando no planeta PNF-404, você descobrirá que você não é o único por lá, e que além dele, você terá que resgatar civis e também uma equipe de resgate que foi até lá e que acabou se perdendo.

Assim como Olimar, você terá a ajuda de um cão do esquadrão de resgate, Otchin, além dos Pikmin, e agora deve explorar a superfície desse planeta enquanto recupera tesouros para consertar a nave do esquadrão e assim encontrar outros sobreviventes e continuar expandindo suas operações de busca.

Para isso, você terá que explorar diferentes mapas da superfície do PNF-404. Cada um deles conta com uma quantidade diferente de Pikmin, além de tesouros, criaturas que você tem que enfrentar e também cavernas.

Falando um pouco sobre os Pikmin, há 10 tipos diferente deles em Pikmin 4, sendo que cada um deles tem sua especialidade. Os Pikmin vermelho por exemplo são invulneráveis a fogo e podem quebrar paredes de maneira eficiente. Os Pikmin amarelo são invulneráveis a eletricidade e ótimos cavadores. Pikmin azuis podem respirar em baixo d’água, Pikmin Pedra podem quebrar paredes de cristal e não podem ser esmagados e assim por diante.

Como em todo novo jogo da franquia, Pikmin 4 adiciona à série dois tipos: os pirilampos, que servem para missões noturas (já falaremos sobre elas) e os de gelo, que servem para congelar inimigos, são invulneráveis ao gelo e também conseguem congelar lagos.

Conforme você vai coletando cada vez mais Purpuríneo, que é o recurso principal para você consertar a nave, mais cenários você consegue explorar, e assim vai encontrando novos Pikmin, seja de maneira selagem, seja conseguindo as Cebolas que servem para criá-los na sua base.

Cabe a você escolher um grupo que funcione bem contra o que os desafios do mapa oferecem, e garantir que todos estão à salvo no fim do dia para voltar à base com todo mundo. Caso isso não aconteça, felizmente há a opção de retroceder o tempo para algum ponto no passado, e assim corrigir jogadas erradas que eventualmente acabam acontecendo.

Além dos Pikmin, como eu comentei no começo do review, você ainda tem Otchin para te ajudar. Inicialmente, o cão de resgate não faz muita coisa, mas conforme você avança no jogo, ele ganha habilidades novas e pode inclusive ir melhorando as habilidades iniciais dele, tornando-se um valoroso companheiro na sua missão de resgatar todo mundo.

As cavernas são divididas em dois tipos, as cavernas tradicionais e os desafios Dandori. No primeiro, você tem uma sucessão de níveis onde vai enfrentando inimigos, coletando Pikmin selvagens e tesouros, e no segundo você terá que enfrentar os Folhosos, uma facção rival que também controla os Pikmin numa competição para ver quem consegue coletar mais recursos num determinado período de tempo, além de outros desafios bem interessantes.

Os desafios Dandori variam em dificuldade, e são uma quebra na monotonia do jogo bem legal, afinal de contas, você tem que correr para vencer o seu adversário, e conforme você avança no jogo, esses desafios vão ficando cada vez mais complexos e interessantes.

Ao completá-los, você recebe de volta um personagem para resgatar, que pode ser um membro da tripulação, ou pode acabar sendo apenas uma das pessoas atraídas pelo chamado de resgate de Olimar, mas há um porém: essa pessoa também foi transformada em Folhano, então você deve resgatar essa pessoa.

Depois de resgatar o médico da equipe de resgate, você descobrirá que terá que fazer missões à noite para obter o item necessário para interromper o processo de transformação dos personagens em folha.

Essas missões na parte da noite são outra novidade bem interessante que Pikmin 4 traz. Elas são tipo um modo Tower Defense onde você tem que usar os seus Pikmin luminosos (que são outra adição ao jogo) para derrotar os animais selvagens, que ficam ainda mais violentos nesse período.

As missões não chegam a ser muito difíceis, e também duram pouco tempo. Conforme você vai liberando mais e mais cenários, novas missões dessas vão surgindo para que você consiga salvar todo mundo.

Graficamente, Pikmin 4 é um jogo bem agradável aos olhos, tanto na versão portátil quanto na versão Dock. O jogo não tem problemas de performance mesmo quando há muita coisa acontecendo na tela, o que é bem legal de se ver.

A trilha sonora do jogo é boa e esse é um dos títulos que a Nintendo trouxe em português, o que ajuda bastante a entender não só o que está acontecendo no game, mas também todas as nuances de gameplay que os tutoriais vão ensinando.

No fim das contas, Pikmin 4 é um jogo bem interessante de se jogar. Eu nunca tinha jogado nenhum Pikmin anteriormente, e me diverti bem mais do que eu imaginava que fosse me divertir com o jogo. Só a Nintendo mesmo para colocar uma abordagem tão diferente num jogo de estratégia.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Nintendo Switch fornecida pela publisher.