A Capcom tem aproveitado os últimos anos para revisitar sua história da geração do PS2 e PS3 com remasterizações de franquias importantes, e Onimusha 2 Remastered é mais um passo nos esforços em reativar essa franquia, juntamente com um novo capítulo. Trazendo gráficos atualizados e novas opções, será que esse pacote é o suficiente para antigos e novos fãs em potencial?
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Em Onimusha 2, nós conhecemos a história de Jubei Yagyu, um espadachim que retorna à sua vila natal apenas para encontrá-la destruída pelos demônios Genma.
Após este evento traumático, Jubei descobre ser descendente dos Oni, uma raça ancestral em guerra contra os Genma. Com a missão de reunir guerreiros e deter o avanço do maligno Nobunaga Oda, ele embarca em uma jornada cheia de encontros sobrenaturais, decisões morais e alianças estratégicas, que moldam o desfecho da narrativa.
A princípio, o jogo parece basicamente mais do mesmo se comparado com Onimusha: Warlords, mas após cerca de uma hora e o fim do capítulo 1, Jubei chega a uma grande cidade que é meio que o hub de metade do jogo.
Aqui, vemos como Onimusha 2 se diferencia do primeiro jogo e como tem uma proposta bem mais ambiciosa que o título inicial da franquia. O jogo introduz mecânicas de amizade com os aliados, com você podendo oferecer itens a eles para melhorar seus vínculos e assim receber recompensas, além de você poder ajudar outros NPCs do mapa com tarefas simples.
O sistema de batalha de Onimusha 2 muda pouco também em relação ao primeiro jogo, os combates são cadenciados e você enfrenta uma boa quantidade de inimigos ao mesmo tempo, reúne as almas deles para melhorar seus equipamentos, encontra itens espalhados pelo cenário como nos Resident Evil clássicos de PS1, resolve puzzles e agora também pode encontrar ouro que serve para você comprar itens que podem ser usados para sidequests, para a aventura principal e também para dar para seus aliados.
No geral, a campanha de Onimusha 2 é divertida de se jogar, ainda que na maior parte do tempo o jogo seja bem fácil, até para compensar o fato dos inimigos darem respawn e serem bem numerosos a cada cenário que exploramos.
A maior dificuldade do jogo está nos chefes de cada capítulo, que são bem mais resistentes e causam bem mais dano do que os inimigos comuns do game, mas nada que chegue a criar grandes problemas também.
Além disso, foram adicionadas melhorias de qualidade de vida, como o sistema de auto-save e a troca rápida de armas, que facilitam a progressão do jogador. O remaster também inclui um novo modo de dificuldade, o Hell Mode, no qual o personagem morre com apenas um golpe, exigindo domínio absoluto das mecânicas. Outra adição é a liberação imediata dos mini-games — como The Man in Black, Team Oni e Puzzle Phantom Realm — que agora podem ser acessados desde o início da campanha.
Além disso, os controles também foram atualizados: agora é possível usar um esquema mais moderno em vez dos tradicionais controles de tanque, o que torna a movimentação mais fluida sem descaracterizar o gameplay, mas caso você prefira, os controles de tanque, exatamente como nos Resident Evil clássicos, também estão lá, ainda que eles tornam o jogo um pouco mais difícil.
Por fim, o remaster apresenta um modo Galeria com mais de 100 esboços de personagens criados por Keita Amemiya, oferecendo uma visão aprofundada do desenvolvimento visual do jogo e reforçando a importância das interações entre os personagens na narrativa. Essas melhorias garantem uma experiência mais acessível e atualizada, sem perder o charme e a estrutura do jogo original.
Graficamente, Onimusha 2 Remastered recebeu uma melhoria de resolução e de texturas dos personagens e cenários, e parece até que estamos jogando o jogo num emulador de PS2 com a resolução interna no máximo e uns filtros a mais, ou seja, não é nada demais, e nada foi refeito, mas é legal ver que o estilo de arte do jogo permanece bastante coeso e nos dá uma lembrança de como são os gráficosde PS2 “de verdade”.
A trilha sonora do jogo é bastante funcional, ainda que não chegue a ser memorável, e a dublagem é terrível, como muitas eram na época. Para completar, ainda é importante ressaltar que o jogo vem com legendas em português, algo que não aconteceu no seu lançamento original lá em março de 2002, e que é uma grande adição para o nosso mercado.
Mas e aí, Onimusha 2: Samurai’s Destiny Remastered vale a pena?
Onimusha 2: Samurai’s Destiny Remastered é um bom pacote de remasterização de um clássico do PS2 e serve bem tanto para quem quer conhecer e jogar os jogos da franquia pela primeira vez, junto com o remaster do jogo inicial dela, como para quem está querendo revisitar a série.
Dando a opinião de quem nunca havia jogado o jogo anteriormente, ele não é ruim e dá para ver em comparação com o seu antecessor que ele evolui a fórmula da franquia em diversos pontos, mas também não chega a ser um dos jogos mais memoráveis da geração do PS2.
Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecida pela publisher.
Resumo para os preguiçosos
Onimusha 2: Samurai’s Destiny Remastered marca mais um esforço da Capcom em revisitar clássicos da era PS2, trazendo gráficos atualizados, melhorias de qualidade de vida e novos modos, como o Hell Mode e a liberação imediata de mini-games. A história acompanha Jubei Yagyu, um espadachim que descobre ser descendente dos Oni e parte em uma missão para enfrentar Nobunaga Oda, em uma narrativa repleta de encontros sobrenaturais e escolhas morais. O sistema de batalha mantém a cadência do original, com pequenas adições, como a coleta de ouro e mecânicas de amizade com aliados, que ampliam as possibilidades de interação e recompensas.
Apesar das melhorias visuais e de jogabilidade, o remaster não reimagina profundamente o clássico, mantendo o estilo artístico coeso, mas com gráficos que lembram uma emulação aprimorada de PS2. A dublagem segue datada, mas as legendas em português são uma adição valiosa. No geral, Onimusha 2 Remastered é uma boa oportunidade tanto para novos jogadores conhecerem a franquia quanto para veteranos reviverem a aventura. Embora não seja um dos títulos mais memoráveis da geração PS2, sua evolução em relação ao primeiro jogo e as atualizações no remaster garantem uma experiência divertida e acessível.
Prós
- Boa evolução na franquia
- Recebeu legendas em português
- Boa remasterização
Contras
- O jogo não é bom e nem ruim, apenas ok, há jogos melhores na franquia