Ninja Gaiden: Ragebound promete trazer o sentimento dos jogos clássicos da franquia com um toque moderno na gameplay, mas será que o jogo realmente vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

História de Ninja Gaiden: Ragebound

O jogo começa quando a barreira do mundo demoníaco é rompida e uma invasão acontece na Vila Hayabusa, que precisa lidar com isso na ausência de Ryu, já que ele fez uma viagem aos Estados Unidos com urgência.
Para conseguir lidar com os demônios, o protagonista Kenji Mozu trabalha junto com uma ninja do clã da aranha negra. Sendo inimigos mortais, ambos os clãs precisam de uma pequena trégua perante a ameaça da invasão demoníaca.
Gameplay e combate

Ninja Gaiden: Ragebound foi feito pela mesma equipe de Blasphemous, um dos melhores Metroidvania dos últimos tempos, e apesar de Ragebound não ser um Metroidvania, você ainda percebe o DNA dessa equipe no decorrer do jogo.
Ragebound é um jogo de ação em Sidescroll 2D totalmente focado no combate e nas habilidades do jogador com a lâmina. Kenji pode atacar, rolar, escalar paredes e mais. Depois de conhecer a ninja da Aranha Negra, habilidades de ataque a distância são adicionadas no repertório do Kenji e o nível de profundidade da gameplay fica ainda melhor.
O combate é bem divertido e extremamente desafiador, o jogo não vai segurar na sua mão em nenhum momento e as coisas podem sair do controle facilmente se você errar alguns golpes. A travessia dos cenários também é divertida e com puzzles bem interessantes em certos momentos.
A grande ressalva em relação ao combate é a baixa variedade de inimigos. Não demora muito para você conhecer todos os tipos e o que eles fazem, com muitos dos inimigos sendo uma Re-skin de outros e fazendo exatamente a mesma coisa.

No geral, o jogo tem somente 2 tipos de inimigos: Os que morrem com 1 único golpe normal e os mais “Tanks” que precisam de vários golpes ou de um ataque carregado, e praticamente todo o jogo tem variações desses mesmos 2 tipos, sem trazer algo realmente novo até o fim.
Ragebound é curto e zerei com cerca de 5 horas de gameplay, então a repetição de inimigos não chega a ser um problema tão grande assim, mas é um pecado em um jogo tão pequeno rolar reciclagem de chefes também, e existe um chefe em especifico que enfrentamos 3x durante a jornada.
Mas tirando o fator reciclagem, os chefes em si são bem feitos, desafiadores e divertidos de enfrentar. É de longe o ponto mais forte da gameplay e o desafio que eles oferecem faz a luta ficar muito divertida.
Audiovisual

Já pulando para a parte Audiovisual, Ninja Gaiden: Ragebound praticamente não erra nesse quesito, a Pixel Arte do jogo é simplesmente linda e temos uma boa diversidade de cenários ao decorrer da campanha.
A trilha sonora também é boa e combinada com ambientação em pixel arte ela te leva diretamente para os anos 90, com o jogo fazendo um excelente trabalho ao homenagear os grandes clássicos da franquia.
Mas e aí, Ninja Gaiden: Ragebound vale a pena?

Ninja Gaiden: Ragebound é um excelente jogo de ação e obrigatório para os fãs da franquia, especialmente para os apreciadores dos clássicos dos anos 80.
O jogo tem seus defeitos na variedade de inimigos, reciclagem de chefes e tamanho da campanha, que para alguns pode ser o suficiente, mas senti que 5 horas para zerar foi pouco e continuaria jogando facilmente o dobro de tempo.
Com legendas em português, Ragebound vira uma recomendação obrigatória para amantes de jogo ação e com certeza vai divertir qualquer fã da franquia.
Análise feita com uma chave para PC cedida pela Publisher.
Resumo para os preguiçosos
Prós
- Pixel Arte
- Combate
- Cenários
Contras
- Variedade de inimigos comuns
- Reciclagem de chefes
- Duração do jogo