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Need for Speed – Review

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Need for Speed é uma franquia que tem um lugar especial no coração de muita gente. Apesar disso, todo mundo sabe que a franquia já teve dias melhores, principalmente no PlayStation 2 e, após um ano de molho, todo mundo esperava que o novo Need for Speed fosse ser um retorno triunfal da série. Será que esse jogo consegue atingir esse objetivo? É o que vamos descobrir.

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Em Need for Speed, você basicamente nota três coisas nos primeiros instantes de jogo: ele é bonito pra cacete, ela tem uma baita trilha sonora, seja na música, seja nos efeitos especiais, e as cenas de FMV são algumas das mais lamentáveis que eu já vi na vida.

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Tentando não ser negativo, comecemos pelo que é muito bom. O jogo é realmente muito, muito bonito mesmo, seja nos modelos dos carros, seja na cidade. O jogo é realmente muito bonito, principalmente à noite, apesar de durante o dia também ser, seja nos efeitos de luz, seja nos próprios carros mesmo. Apesar disso, há algo bem engraçado que acontece, que é a transição entre dia e noite, que pode acabar acontecendo durante uma corrida. O efeito é bizarramente estranho, ainda mais quando acontece mais de uma vez durante uma corrida de cinco, dez minutos.

Apesar de não ser a pessoa mais fissurada em jogos de corrida, eu gosto de jogar um de vez em quando, e outra das primeiras coisas que dá para notar em Need for Speed é que o esquema de controles do jogo é um pouco diferente do que estamos acostumados. Para começar, fazer curvas é mais difícil que em Forza ou em Project Cars, por exemplo. No jogo da EA, parece que o carro responde muito mais aos toques que você dá no controle, e é fácil acabar se perdendo no começo do game e ficando pra trás nas corridas. Apesar disso, também é fácil acostumar-se com esse estilo de novo mais sensível, e logo logo você já consegue correr sem maiores problemas.

Por falar em correr, eu acredito que a principal dificuldade que você vá encontrar no jogo é exatamente isso, os controles, já que a inteligência artificial do jogo não é lá das mais desafiadoras. Na maioria das vezes, os adversários deixam você passar por eles numa boa e nem tentam combate-lo para que isso não aconteça. Isso se repete pela maioria das corridas do jogo.

Need for Speed oferece cinco tipos de corrida durante o jogo. Cada uma delas é apresentada por um dos personagens que são seus amigos durante a campanha do jogo. Como eu havia falado no começo do review, esse é um dos detalhes que chama a atenção negativamente: a atuação da campanha do jogo é lamentável. Sério mesmo, não dá pra levar a sério. Eu não sei se é de propósito, mas os personagens são extremamente forçados tentando ser “cheios de vida” e acabam sendo irritantes pra caramba, a menos que você leve pelo lado de “pelo amor de deus, essa atuação é tão ruim que chega a ser boa”. Sabe aqueles filmes ruins que você assiste com os amigos só pra dar umas boas risadas? Dava pra fazer um desses só compilando as FMVs do jogo.

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Como eu havia dito, cada personagem te apresenta um tipo de corrida, e cada um desses cinco tipos acaba te levando a enfrentar um corredor famoso do mundo real. Essa é uma ideia interessante, e que vai te colocar em diferentes estilos de corrida, como pegas normais e fugas da polícia, que acabam remontando os dias de Rivals e Hot Pursuit, por exemplo.

Um dos pontos que eu menos gostei em Need for Speed foi a insistência do jogo numa conexão de internet para poder funcionar. Ao fazer isso, outros jogadores aparecem no seu mapa (como em The Crew, ou Destiny) correndo por aí, e podem acabar participando dos eventos que você correr. Isso é legal por um lado, já que não é preciso criar lobbies para jogar com outras pessoas “de verdade”. A desvantagem disso é que você não pode pausar o jogo. Nunca. Sabe aquela coceira maldita que te dá no rosto do nada? Aguente ela na carne, pois você não pode pausar a corrida. Eu obviamente descobri isso da pior forma possível, me esborrachando numa parede e tendo que recomeça-la. E não foi nada legal.

No fim das contas, o jogo tem 79 corridas durante a campanha que podem ser repetidas após a conclusão. Apesar desse número grande de corridas, elas são bem curtas, e você gasta quase metade do seu tempo correndo de uma para a outra, como acontecia em The Crew. No fim das contas, parece que acaba faltando conteúdo para podermos aproveitar de verdade o que o jogo tem a oferecer de bom. É como se a desenvolvedora do jogo tivesse se focado mais na experiência de dirigir do que nas pistas em si, e isso acaba sendo um pouco desapontador, já que dá a sensação de o jogo ter ficado incompleto.

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Além disso, o jogo também não oferece lá muitas opções de customização. Na maioria dos casos, tudo o que você vai poder mudar é o visual do seu carro (e também não há tantos carros assim). Essa parte também parece que acabou ficando incompleta.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One

Resumo para os preguiçosos

Need for Speed é lindo e tem belos controles, mas parece que a EA não soube exatamente o que fazer com isso, e acabou lançando um jogo com poucas corridas. Talvez se o game tivesse ficado mais tempo em desenvolvimento, o jogo talvez atingisse o seu verdadeiro potencial, mas ele ainda é divertido de se jogar. Ah, e a atuação da campanha é lamentável. De tão ruim, ela chega a ser boa.

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Nota final

70
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Belíssimos gráficos
  • Excelentes controles

Contras

  • Campanha curta
  • Atuação terrível nas FMVs
  • A exigência de internet constante matou o botão de pause (um contra 2 em 1)
  • Poucas opções de customização
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.