NBA 2K14 – Review

NBA 2K14 volta nesse ano com a sua primeira edição para os consoles de próxima geração. Como um jogo anual, você poderia olhar a princípio, torcer o nariz e dizer “ok, é um título anual, não deve ter mudado muita coisa, afinal, é sempre assim com títulos anuais”. Amigo, você está profundamente enganado.

Se tem uma coisa que a franquia de basquete da 2K Games consegue fazer é se reinventar e se fortalecer todo ano. É incrível como NBA 2K14 mudou em relação à sua edição do ano passado. O jogo começa nos derrubando o queixo da boca por causa dos gráficos. Como os próprios trailers do jogo diziam, você só tem uma palavra para descrevê-los: wow.

Eu sou fã da NBA desde 2005 e uma das coisas que mais me tirava a sensação de “ok, não estou numa partida de verdade” era a mecanização dos jogadores em quadra. Aqui é bem diferente disso, os jogadores têm a maioria dos trejeitos de um jogador de basquete de verdade, desde quicar a bola de uma maneira característica até algumas expressões corporais. É simplesmente incrível.

Como ninguém vive de gráficos, o jogo obviamente vai muito além disso. NBA 2K14 apresenta uma jogabilidade bem semelhante à da edição anterior, com adições nos controles de drible e de assistências que acabam aumentando a complexidade do jogo para quem quer jogá-lo de forma mais realista.

Eu vou ser sincero com vocês, NBA2K14 não é um jogo fácil de ser aprendido. Aliás, o basquete em si não é um esporte tão simples assim, é um jogo que requer estratégia e bastante pensamento antes de qualquer jogada, não é simplesmente pegar a bola, correr pra cesta do adversário e arremessar. Ficar fazendo isso vai resultar apenas em fracasso.

Tendo isso em mente, o jogo ainda assim consegue ser acessível a quem não está tão acostumado assim com jogos de basquete, mas você obviamente vai tomar uma surra gigantesca nas primeiras partidas. Ele é fácil de ser aprendido, mas requer um pouco de dedicação.

Lembra que eu falei que a série vive se reinventando? Então, NBA 2K14 apresenta uma série de modos, todos já conhecidos pelos jogadores, mas a profundidade de cada um deles é o que impressiona. Além das partidas normais contra outro jogador, você ainda tem um modo onde vive a vida diária de um jogador de basquete, desde os treinamentos antes do draft até o dia-a-dia na liga, com treinamentos e até entrevistas.

Além desse modo, ainda há um onde você pode bancar o GM de uma franquia, no melhor estilo “elifoot”, definindo orçamentos, contratações e tudo mais. Nesse modo, você tem que responder ao dono da franquia e entregar relatórios de desempenho. Volta e meia, o que você quer fazer não é bem o que o dono da sua franquia quer, por exemplo, daí você tem que decidir se entra em conflito com ele ou não.

Aliás, esse foi o modo que mais me surpreendeu no jogo todo. Eu já gostava bastante do modo antigo de simulação de franquias, mas achava que ele podia melhorar, já que recebia poucas atualizações a cada ano. Dessa vez, ele evoluiu pra caramba, é como se NBA 2K14 tivesse outro jogo dentro dele. Aliás, NBA 2K14 é um 3 em 1, já que temos um jogo de basquete, um jogo de simulador da vida de jogador e um jogo de simulador de GM.

Apesar de tudo isso, o jogo também tem suas falhas. Um dos principais problemas que eu encontrei nele é que os menus são bem pouco intuitivos. O fato dele não oferecer um tutorial de como navegar pelos menus também não ajuda muito. Volta e meia eu fico perdido pra caramba tentando apenas começar uma partida, e olha que eu jogo NBA 2K desde a edição 2007, imagina para quem é novo na série.

Outro problema que eu encontrei no jogo foi a monetização do jogo. No modo de simulação de GM, você precisa usar uma moeda do jogo para ir liberando mais controle dentro da sua franquia, seja para poder demitir o técnico, seja para poder escalar o time etc etc etc. Para ganhar essa moeda, você tem que jogar partidas e completar objetivos.

Se essa moeda fosse usada apenas para bônus, como velocidade de recuperação mais rápida para jogadores (e eu aposto que o Lakers gastou todos os pontos que eles tinham e que não tinham no tendão de aquiles do Kobe), tudo bem, mas ter que jogar antes um monte de partidas para ter controle total da sua equipe na simulação, e tomar esporro do dono da franquia por não ter acesso às features que ele pede a menos que você jogue um monte de partidas ou pague, é meio chato.

No mais, NBA 2K14 mostra como uma franquia anual pode sim entregar cada vez mais qualidade e conteúdo sem se desgastar. O jogo é completo em todos os aspectos e merece não só o título de melhor jogo de basquete do mercado, mas de melhor título esportivo, já que faz mais e melhor do que qualquer Fifa ou NHL faz.