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Momodora: Reverie Under the Moonlight – Review

A franquia Momodora é um caso muito interessante de um jogo brasileiro que deu muito certo lá fora, mas que é virtualmente desconhecida por aqui. Com o lançamento de Momodora: Reverie Under the Moonlight para PC, PS4 e Xbox One, entretanto, a Bombservice, desenvolvedora do jogo, tem mais uma oportunidade para reverter isso, e eu já adianto, se você der uma chance ao jogo, você não vai se arrepender.

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Em Momodora: Reverie Under the Moonlight, você controla uma sacerdotisa chamada Kaho, que viaja ao reino oriental de Karst para impedir uma maldição de se espalhar pelo mundo e afeter o vilarejo dela. Quando Kaho chega a Karst City, ela descobre que a fonte dessa maldição é a própria rainha de Karst, e a sua única maneira de impedir que a maldição tome o mundo é matar a rainha. Para tal, você precisa coletar quatro partes de um item que abre o castelo e assim desafiá-la e dar um fim em tudo.

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A primeira coisa que podemos notar em Momodora é que o jogo tem um estilo de arte muito bonito e bem animado pra caramba. Os gráficos 16 bit do jogo estão muito bem desenhados e animados, sendo esse um dos pixel art mais bonitos que eu me recordo de ter visto recentemente. A segunda coisa que notamos (e eu não pretendo fazer uma lista assim durante o review todo) é que o jogo não é nem perto de ser um passeio no parque, e você vai apanhar um pouco dele.

Quando o jogo diz que é um Metroidvania com elementos de roguelike, isso significa que o jogo vai te fazer explorar o mapa dele e vai te dar umas bordoadas por aí e por ali. Como não poderia deixar de ser, a abordagem aqui é mais ou menos a mesma que você teria em jogos do estilo Soulsborne, ou seja, vá com cautela, não se atire feito bicho nos inimigos e respire fundo, pois você vai acabar morrendo mais do que você gostaria às vezes. Momodora não é um jogo fácil, mas um detalhe que talvez me deixasse um pouco mais feliz com essa decisão da dificuldade elevada seria se o jogo mantivesse o seu progresso depois da morte, o que não acontece aqui. Morreu? Pena, perdeu o que você havia conseguido depois de salvar o jogo nos sinos (que recuperam suas energias, restauram os inimigos da tela e assim por diante, como você-sabe-quem).

Por ser um jogo difícil, Momodora não poderia pecar no combate do jogo, e ele realmente não decepciona nisso. O combate é bem interessante, e conta com ataques, esquivas, e muito uso do cérebro, seja nos inimigos mais simples do jogo, que, como em você-sabe-quem, às vezes te dão uma trabalheira no primeiro encontro e depois ficam triviais, seja nos chefes, que são bem variados e interessantes, e contam até com uma monstrona gigante cujo ponto fraco são os seios (dizem as mulheres que uma porrada lá dói pra caramba, e eu que não vou duvidar, então se você chegar a dar de cara com um monstro gigante mulher, você já sabe onde bater).

Outro ponto forte de Momodora é a capacidade do jogo em deixar o jogador curioso com a história dele. A cada novo NPC, você quer descobrir o que está acontecendo e tentar entender melhor como a maldição funciona, como o mundo vai acabar, quem são os personagens que estão ali e quais os objetivos deles.

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O único ponto realmente negativo de Momodora: Reverie Under the Moonlight é a trilha sonora do jogo. Infelizmente, ela poderia ser melhor trabalhada. Ela não chega a incomodar nem nada do tipo, só não conta com nenhuma música memorável e, se isso acontecesse, o jogo poderia destacar-se ainda mais dos outros Metroidvanias que tem por aí (não que o jogo já não se destaque, só a mais mesmo).

No geral, Momodora apresenta um jogo bem interessante, com um mapa que poderia ser um pouco maior, e uma aventura que provavelmente vai te levar um fim de semana para concluir. O jogo não vai revolucionar o gênero de Metroidvania, mas ainda assim, oferece um combate sólido, um bom sistema de exploração, uma dificuldade que vai te fazer penar em alguns momentos e um estilo gráfico dos mais bonitos que eu vi nos últimos tempos. Ah, e se isso conta pontos pra você, o jogo é brasileiro ainda por cima!

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One fornecida pela publisher.

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Resumo para os preguiçosos

Momodora apresenta um jogo bem interessante, com um mapa que poderia ser um pouco maior, e uma aventura que provavelmente vai te levar um fim de semana para concluir. O jogo não vai revolucionar o gênero de Metroidvania, mas ainda assim, oferece um combate sólido, um bom sistema de exploração, uma dificuldade que vai te fazer penar em alguns momentos e um estilo gráfico dos mais bonitos que eu vi nos últimos tempos. Ah, e se isso conta pontos pra você, o jogo é brasileiro ainda por cima!

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Bom desafio
  • Metroidvania competente
  • História interessante
  • Um pixel art muito bonito e bem animado

Contras

  • Às vezes o jogo espaça demais os save points e você morre entre eles perdendo um progresso considerável
  • A trilha sonora deixa a desejar
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.